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Os dias se passaram, todo dia era dia de ir ver as cobras e o ovo.

Por uns dias eles acharam que aquilo não estava funcionando, acharam que tinham feito isso por nada, mas depois de três semanas a coisa começou a mudar.

O ovo ficava mais disforme, parecia tomar uma forma mais longa, estava mais mole, como se fosse cozido, e logo, manchas escuras começaram a aparecer pelo ovo. O filhote de Basilisco já estava ali dentro.

As cobras sabiam disso e avisaram Aurora, e o comportamento das cobras mudou no mesmo momento. Elas pareciam muito mais preocupadas com o ovo, e mesmo quando iam ser alimentadas, pelo menos três delas ficavam com o ovo, pareciam revezar entre elas, a reverência sobre o ser ali dentro já era vista com clareza.

Foi quando estavam chegando perto do fim do ano que algo a mais aconteceu, Aurora tinha ganhado uma carta de sua mãe, o que não acontecia quase nunca, a não ser quando ela precisava de algo, ou algo estava muito errado. Quando viu sua coruja chegando, quando viu o selo de serpente na carta e o nome de sua mãe, Aurora sabia que tinha algo errado. Ali no café mesmo, ela decidiu ler logo e acabar com isso:

"Querida Aurora,

Sei que pode ser muito cedo para falar sobre isso, mas este ano não passaremos o Natal em casa. Iremos nos juntar aos Malfoy, assim como os Parkinson e os Zabini.

Lúcio sentiu algo sobre sua tatuagem, podemos assim dizer, e achamos que talvez seja hora de introduzimos todos nós a este mundo, de forma mais completa.

Esperamos que você e seus amigos estejam prontos, e quando chegar em casa, estarei com tudo pronto para você. E antes que me mande uma carta reclamando sobre está decisão, devo lembrá-la sobre seu pai, este é o sonho dele, não o estrague.

Leia bem está carta, ela irá se queimar assim que você a fechar, não devemos comentar sobre a marca de Lúcio ou sobre o que faremos, conto com seu silêncio.

Com carinho, mamãe."

Aurora leu mais uma vez, pra ter certeza que não estava delirando, e não estava mesmo. Fechou a carta que pegou fogo no mesmo momento, virando cinzas encima da mesa de café da manhã. Aurora estava estática, seus pais iriam virar Comensais, iriam entrar na magia das trevas pra valer, e iriam arrastar ela junto.

Foi quando viu ao seu redor, seus amigos também tinham recebido cartas que agora queimavam, todos com as mesmas caras preocupadas do mesmo modo que ela estava.

- Vamos sair daqui. - Draco chama.

Todos se levantam, não tinham mais fome depois disso. Saíram do Grande Salão e foram para os jardins, aonde se sentaram no lugar de sempre, debaixo de grande árvore as margens do Lago Negro.

- Algo na marca? O que isso quer dizer? - Pansy foi a primeira a falar.

- Meu pai diz que a marca queima quando o Lorde chama os Comensais, ou quando está fazendo algo muito importante. - Draco diz lembrando do que seu pai falava. - Ele diz que era assim que o Lorde chamava seus Comensais.

Eles trocaram um olhar desconfortável, isso quer dizer que Voldemort estava por aí, e estava ficando mais forte, agora forte o bastante para fazer algo importante. Que é que ele estava tramando?

- E sobre nos introduzir a esse mundo? - Aurora pede. - Que é que isso quer dizer? Eles não podem nos colocar marcas, nem tem o por que, Você-Sabe-Quem nem está com eles.

- Não acho que seja pela marca que eles estão nos chamando. - Draco nega. - Na minha carta meu pai falou que vocês irão para entender os desejos do Lorde, quem ele foi e tudo mais. Acho que meu pai está convencido o bastante para falar sobre ele, mas ainda não está convencido o bastante para ir procurar o Lorde.

Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora