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O caos era algo complexo e rápido. Ele se espalhava pela multidão como uma praga, acertando todos eles, não deixando ninguém de fora. Em menos de dois minutos muita coisa poderia acontecer, e em menos de dois minutos, tudo ia piorando.

O pai de Cedrico chegou, se debruçando sobre o corpo morto do menino, a prantos altos. Potter foi levado para longe dali por Moody, e Dumbledore começou a dar ordens para as pessoas irem direto para seus Salões Comunais e esperassem la por noticias, ele não queria mais ninguém ali.

Os monitores logo tomaram consciência de sua parte e começaram a chamar as pessoas de sua Casa, as movendo dali rapidamente. Os cinco amigos se deixaram levar pela multidão dos alunos da Sonserina, e todos foram rapidamente para o castelo, indo para as masmorras e entrando no Salão Comunal da Sonserina. Quando o quadro se fechou e estavam somente entre eles, os burburinhos de conversa tomaram todo o lugar rapidamente.

- Acham que isso é verdade? - Blasio sussurra, estavam em um canto perto da lareira, afastado dos outros.

- Pode muito bem ser, estamos vendo sinais a tempos. - Draco diz.

- E se for verdade? Nossas famílias vão se unir, que vai ser de nós? - Pansy se preocupa.

- Não estamos prontos para confronto, não somos fortes o bastante ainda. - Oliver sussurra, afobado.

- Não temos como evitar, se precisarmos vamos ter que fazer. - Aurora esfregou as mãos, agitada.

- Vamos esperar. - Blasio diz. - Se for verdade nós iremos saber.

E a única coisa que puderam fazer foi esperar e esperar. O tempo se passou e ainda estavam todos no Salão Comunal, e talvez tenha se passado horas ate que alguma noticia viesse. Quando todos estavam quase desistindo de esperar e indo para suas camas, Severo Snape entrou no lugar, o rosto tão firme e sério quanto sempre não deixava nada passar.

- Atenção a todos. - Ele chamou. - Agradeço pela paciência. O diretor Dumbledore pede que todos mantenham a calma sobre os acontecimentos de hoje a noite, tendo em mente que nenhum de nós tem poder pra os mudar. Esta noite iremos todos dormir, o quadro será fechado ate amanha as oito horas, ninguém poderá sair ou entrar antes deste horário, e amanha, iremos ter um memorial para o aluno Cedrico Diggory.

- Ele morreu mesmo? - Alguém pergunta. - Não esta paralisado e nem apagado como os outros? Ele morreu mesmo?

- Sinto dizer que sim, o senhor Diggory, aluno da Lufa-Lufa, faleceu. - Snape concordou.

- E o que o Potter diz? - Outra pessoa perguntou. - Sobre Você-Sabe-Quem ter voltado?

Severo parou por um momento em silencio, mas quando voltou a falar estava como sempre, calmo, frio e sério, nada podia ser lido em seu olhar:

- Amanha no memorial ao senhor Diggory, creio que o diretor ira adereçar tais informações, não é de meu poder falar sobre elas. Por hoje quero que saibam que toda a escola esta fechada e segura, e todas as Casas estão sobre proteção de seus diretores de Casa. Irei eu mesmo colocar um feitiço na entrada daqui, e somente o retirarei no horário de saída. Amanha as oito horas da manhã, eu quero todos vocês aqui no Salão Comunal, todos vestidos de preto em memória ao senhor Diggory, todos com respeito e classe, não será aceito menos que isso, e todos sem nenhum segundo de atraso. Entendidos?

Todos eles concordam prontamente, sem nenhuma vontade de contradizer Snape. O professor concorda, então sai dali sem mais nenhuma palavra, fechando a entrada e colocando feitiços encima para não ser aberta por mais ninguém além dele. As pessoas logo começaram a se dispersar, indo dormir.

- Que dia. - Blasio murmura.

- Isso é uma loucura. - Pansy concorda.

- E só estamos começando. - Aurora suspira, sabendo que aquilo ali era o começo de coisa muito maior que estava por vir.

Logo se despediram, indo todos dormir, e mesmo que tivessem passado um bom tempo deitados olhando para o teto, pensando preocupados, eles caíram no sono. As preocupações eram reais, e mesmo que sentissem muito pela morte de Cedrico, suas mentes não pararam de pensar sobre o que poderia acontecer se Voldemort voltasse ao poder.

No dia seguinte todos acordaram cedinho, o clima era mórbido antes mesmo de saírem do Salão Comunal. Se arrumaram como Snape pediu, Aurora colocou um vestido negro, de mangas longas ate os punhos, justo em sua cintura, e solto ate seus joelhos, calçou saltinhos pequenos e negros, e se juntou aos outros la embaixo no Salão Comunal, esperando Snape abrir a porta.

Sem demora, todos os alunos estavam juntos ali, sem atrasos como foi pedido, e todos de preto pelo luto. Aurora e Pansy logo viram os meninos em um canto juntos, e se juntaram a eles.

- Que dia hein? Nem começou direito, mas que dia. - Blasio suspira.

- Eu nunca pensei que estaríamos passando por isso. - Oliver conta. - O garoto estava bem, ele fez tudo certo em todos os desafios, e do nada...

- Ele não teria chances contra o Lorde das Trevas. - Pansy suspira, os braços cruzados contra o corpo, como se tentasse se proteger de algo. - Ninguém tem. Nenhum de nós vai ter.

- Não pensa nisso. - Aurora pede.

- Você sabe que eu estou certa. Se ele matou o Diggory que não tinha nada haver com nada, o que ele vai fazer com a gente quando negarmos algo a ele?

Todos pensavam sobre isso, era um medo real. Aurora cruzou os braços, se fechando como se também tentasse se proteger de algo, os olhos perdidos em ponto nenhum do Salão Comunal. Draco passou um braço pela cintura da menina, a mantendo perto contra seu peito, os dedos afagando levemente seu braço.

- Nós vamos dar um jeito nas coisas, mas não tem por que ficar paranóicos agora, temos que esperar e ver em que caminho isso vai se tomar. - Draco pede, tentando acalmar os amigos, enquanto isso, eles viram a porta sendo aberta e Snape entrando. - Por hora, vamos nos acalmar antes que chamemos mais atenção, nossas famílias vão ser questionadas, todos sabem que antigamente eramos adeptos ao Lorde, não temos que levantar mais questões do que já vão ter. Vamos somente ir no memorial e prestar nossas condolências.

Todos concordaram, e eles foram juntos para fora do lugar, seguindo Snape.

O professor estava a frente, muito firme em sua capa negra habitual, e liderava o grupo da Sonserina, que andavam todos elegantemente atrás deles, com passos silenciosos e rostos firmes, espelhando seu professor a frente. Logo quando saíram das masmorras puderam ver os outros professores vindo com suas Casas atrás, e logo, as outras escolas também.

Todos se juntaram no Grande Salão, para o que seria o começo de um dia triste, e mesmo que eles não soubessem, o começo de uma era triste.

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Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora