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O Grande Salão estava calado, nunca foi visto tão silencioso quanto agora.

A multidão de capas negras estavam todos acomodados em bancos, olhando em direção ao palco. Não havia mais mesa de professores, era somente uma mesinha de Dumbledore com a grande coruja de ouro de assas abertas, sua imensa poltrona, e um caixão ao lado, todo negro e fechado como o pai de Cedrico quis, uma bandeira da Lufa-Lufa deitada encima.

Dumbledore estava serio, os ombros caídos, esfregava a ponte do nariz, então empurrou o óculos de volta para cima. Se levantou, parecia muito cansado, tinha passado a noite toda discutindo com professores, o Ministro, mais conselheiros sobre o que fazer e como prosseguir. Estava esgotado, mesmo assim, ele se aproximou de seu palanque, e quando falou, sua voz estava segura:

- Hoje estamos aqui, no fim de um ano que pareceu cheio de gloria, e se tornou uma tragédia imensa. Quero em primeiro lugar, prestar minhas imensas condolências a família Diggory, e a Casa da Lufa-Lufa, por sua imensa perda. Cedrico Diggory foi um aluno impecável, uma pessoa bondosa ao extremo, e seu senso de justiça sempre foi imenso. Tudo que existe de melhor e mais puro, mais bondoso e mais carinhoso, eu podia ver no Sr. Diggory, um aluno que prometia se tornar um bruxo incrível, e um homem melhor ainda. É por isso que eu me sinto obrigado a contar a verdade, e não denegrir a memoria de nosso aluno querido. O Ministério não quer que eu diga isso, mas eu preciso, o Sr. Diggory não morreu em nenhum tipo de acidente, Cedrico Diggory foi assassinado por Lorde Voldemort.

Todo o lugar foi envolto em sustos, prendidas de respiração e choramingos. Ninguém sabia o que fazer com a informação, todos pareciam chocados de mais para dizer algo ou até mesmo se mover.

- Voldemort retornou... - Dumbledore continuou, somente o nome deixava todos com calafrios. - Sua volta na noite anterior mostra o que sempre tememos, e o que tentamos por anos evitar, o que por anos nós lutamos para erradicar. A magia é um ramo perigoso, e todos nós sabemos disso. Por isso eu peço encarecidamente, por consciência de todos vocês. Não se deixem cair no vale do mal, não se deixem ser levados para este lado. Estamos entrando em tempos difíceis, e estes tempos vão nos exigir um posicionamento, de que lado iremos ficar. Quando se sentirem tentados, por que sabemos que muitos de vocês vão sentir, eu peço que lembrem de Cedrico Diggory, e pensem no futuro incrível que ele poderia ter, o futuro que foi negado a ele. Se afastem do mal, sejam melhores.

Aurora fungou, sentindo lagrimas querendo sair. Ela odiava chorar em publico, mas aquele pensamento era de mais, tudo aquilo era de mais. Se encolheu em seu lugar, pensando o que estava a esperando pela frente.

O memorial para Cedrico foi logo terminado, e todos saíram para terminar de empacotar as coisas, era hora de voltar para casa, hora de mais umas ferias.

Aurora e seus amigos passaram primeiro na Câmara Secreta, aonde deram comida para as cobras, se despediram de todas e avisaram sobre passarem um tempo fora, Blasio jogou um feitiço no lugar, para que ratos fossem liberados assim que a marca de 15 dias chegasse, e garantindo que tudo estava em ordem, deixaram a porta da sala de cobras aberta para que elas pudessem sair pelo lugar, e deixaram também uma rampa para que pudessem descer se quisessem ir nadar nas águas do lugar ali embaixo.

Garantindo que pelo menos a entrada da Câmara Secreta estava bem fechada, eles saíram dali. Jogaram feitiços de proteção ao entorno, para barrar o som das cobras la dentro, e proteger a entrada. Suas coisas estavam arrumadas, e logo eles se juntaram aos outros, saindo da escola, terminando seu quarto ano, indo para suas ferias. O caminho de volta para a Estação Kings Kross foi feita em tom mórbido, ninguém estava animado, ninguém estava feliz, e sinceramente, todos eles estavam amedrontados.

O caminho de trem foi longo e tenso, e logo estavam desembarcando. Não demorou nada para os cinco amigos verem seus pais ali juntos, e irem se juntar a eles também.

- Ola queridos, como foi o ano? - Sra. Zabini sorri tranquilamente.

- Espero que estejam com fome, iremos todos jantar juntos lá em casa. - A Sra. Parkinson sorri.

Eles somente concordam, desconfiados sobre qualquer movimento. Todos foram direto para a casa dos Parkinson, aonde iriam todos jantar juntos. Todos os adolescentes estavam esperando a vinda de Lorde Voldemort ser mencionada, mas nenhum tipo de comentário foi feito sobre isso, e sobre a morte de Cedrico, a única coisa dita foi:

- Ah, que tragédia não é? Era tão novo.

Nada a mais. Nadinha mesmo, nem mesmo uma indireta, nem um comentário a mais, nem mesmo um tipo de conversa sobre o caso. Absolutamente nada, e o silencio talvez fosse pior ainda.

Quando tinham conversas terríveis e brigas, pelo menos eles sabiam o que esperar pela frente, sabiam o que poderia acontecer e podiam pensar em como se defender. Agora quando so havia o silencio, a grande questão ficava no ar, não tinham ideia do que esperar, e isso era terrível.

- Então, Aurora... - Narcisa puxou assunto no meio do jantar. - Recebemos a carta de que você nos chamou para um jantar especial em sua casa.

- Sim, chamei. - Ela concorda, dando um sorrisinho educado.

- Ah, estamos sendo excluídos! - Sr. Parkinson brinca, um sorrisinho discreto.

- Longe de nós querer os excluir. - Draco diz. - Só temos algumas coisas a acertar, não é nada de mais.

- Não mesmo. - Aurora garante.

- Muito bem, e alias, convido a todos a comparecer uma noite depois, para todos estarmos juntos depois de... Seja lá qual for o assunto a ser tratado. - Tereza da um sorrisinho.

Aquilo agradou a todos, que concordaram na mesma hora. Aurora e Draco se olharam, dando um leve sorrisinho entre si. Aquilo era a única coisa que eles tinham as rédeas, e a única coisa que eles acharam que poderia acalmar os pais. Olhando agora, os achavam até calmos de mais, era suspeito.

Final da noite, Oliver deu discretamente um pequeno frasco de poção para cada um de seus amigos, e eles tomaram sem seus pais verem.

- Cura praticamente qualquer tipo de veneno, vai durar uns dez dias mais ou menos. - Ele sussurra, então da de ombros. - Só por precaução, peguei a receita de um dos livros de Salazar.

Todos eles aprovam, então se despedem com abraços apertados. E que comece mais uma ferias.

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Oi pessoal! Lembrem de curtir e comentar bastante, quero mandar novos capítulos logo.

Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora