92

17.8K 1.9K 2.2K
                                    

O resto do jantar foi mais desconfortável do que os dois pensaram que iria ser. Suas famílias queriam saber se eles tinham planos para o futuro, como casal, e não gostaram muito da ideia de "estamos vivendo o momento, sem pressa" que eles tinham, mas aceitaram, já que eles mesmo já tinham planejado o que deveria acontecer segundo eles.

Logo depois do jantar, os mais velhos foram para uma sala de reuniões, aonde iriam passar um bom tempo fumando cachimbos, bebendo whiskie de fogo, e conversando. Enquanto isso, Aurora e Draco preferiram sair da casa para tomarem um ar.

Lá fora estava frio, e o vestido de alcinhas de Aurora a fez arrepiar por não estar coberta, mas ela não ligava. Estavam de mãos dadas, andando pela propriedade.

- Qual é a da reforma? - Aurora quis saber.

- Não faço ideia. - Draco diz, tão confuso quanto ela. - Meus pais tem estado mais distantes do que nunca, eles saem do nada e passam o dia fora, como eu te contei nas cartas. Não sei o que esta rolando, mas eu sei que tem haver com o Lorde.

- Eles devem estar indo ate ele. - Aurora concorda, não podiam falar esse tipo de coisa em cartas, era perigoso, e era bom colocar isso para fora agora. - Fazer... Seja lá o que Comensais fazem agora.

- Fico feliz o bastante por não estarem tentando nos enfiar no meio.

- Feliz e confusa. Ainda acho tudo isso estranho de mais, Draco. Um dia eles querem que a gente entenda tudo isso, e no outro dia ignoram o fato de que ele esta de volta. Não entendo.

- Nem eu. - Confessa. - Afinal de contas, pra onde é que estamos andando?

Aurora sorri:

- Meu lugar preferido da casa, claro. O porto dos barcos.

Draco também adorava aquele lugar, era lindo. Deram a volta pelo lado da casa, e logo chegaram ao porto, aonde os barcos estavam atracados.

- Você tem acesso pra dentro do barcos? - Draco pergunta, curioso.

- Sim. Já esteve em um?

- Não, quando eu viajo é sempre de pó de flu.

- Barcos são bem legais, vem, vou te mostrar la dentro. Vamos no meu preferido.

Ela se apressa para o fim da linha do porto, aonde ela passou pela rampa com cuidado, arrastando Draco atrás de si. O menino parecia tremulo ao andar na rampa, não gostando nada da ideia de cair no mar.

- Isso daqui é seguro? - Ele questionou.

- Claro que é. - Olhou para trás, dando um sorrisinho. - Ta com medinho, Draco?

- Claro que não! - Ele fecha a cara. - Só estou me perguntando o quanto de peso esse pedaço de madeira suporta.

Aurora sorri maldosa, então, para o horror de Draco, ela da pulinhos encima da rampa e fazendo tudo balançar, Draco se desesperou na hora e arregalou os olhos:

- Para com isso!

Aurora cai na risada, vendo os olhos de Draco grandes pelo medo de cair. Ele bufou, deu passos rápidos para a frente, agarrando Aurora pela cintura e a jogando em seu ombro, a barriga apoiada em seu ombro, agarrando as costas do menino para tentar levantar o corpo.

- Draco, me coloca no chão agora!

Ele não deu ouvidos, passou pela rampa rapidamente, então pulou para dentro do barco ainda com Aurora em seu ombro. Deu uma olhada envolta. O barco era imenso e branco, com grandes janelas de vidro com as cortinas brancas fechando a visão, a polpa do barco continha cordas e grandes mastros abaixados. Ele colocou Aurora de volta no chão, e ela arrumou o vestido rapidamente.

- Você é um homem das cavernas. - Ela acusou.

- Com licença, eu sou o homem da relação, aposto que nossas famílias não iriam gostar de te ouvir falando nesse tom comigo. - Ele brincou, um sorrisinho maldoso.

- Seria meu fim! - Ela deu risada. - Vem, vamos entrar.

Ela foi ate as pequenas escadinhas que davam para uma porta branca, Aurora abriu, sabendo que estava destrancado. A parte de dentro era clássica, com cores claras e pasteis, as cortinas brancas bloqueavam o que acontecia lá fora, uma mesa grande de vidro no meio, e a decoração era com quadros belos e delicados.

- Meus pais não vem muito aqui, acho que eles só tem os barcos pra dizer que tem mesmo. - Ela conta. - Eu por outro lado, amo ficar aqui. É meu cantinho de paz, me fez aguentar varias brigas em família, por que vinha pra cá sempre pra me acalmar. Aqui tem tudo, quartos, banheiro, e la embaixo tem uma cozinha imensa e um estoque cheio.

- Que de mais. - Draco sorri, andando pelo lugar.

Aurora se jogou no sofá que rodeava a sala, preso três de quatro paredes, contornando em formato de U.

- Acha que eles vão estar mais maleáveis agora? - Aurora pergunta, se referindo a seus pais.

- Aposto que sim. Os filhos deles estão em relacionamento com famílias poderosas e amigas, é tudo o que eles queriam. - Draco comenta, ia entrando por um corredor, observando o lugar, sua voz ficando longe, mas Aurora ainda o ouvia. - Que lugar é esse aqui?

Aurora se levantou com preguiça e foi pelo corredor, achando as portas abertas, Draco dentro de uma sala. Era cheio de cordas, bandeiras, estacas e um bando de outras coisas. Aurora se encostou na porta, olhando.

- Coisas pra manutenção do barco. - Ela contou. - Temos gasolina, cordas, bandeiras, mastros extras, tudo essas coisas. Meus pais guardam aqui pro caso de um dia eles forem viajar e precisarem de algo no caminho.

Draco a olhou:

- Seus pais nunca vão viajar em um barco, é trouxa de mais pra eles.

- Eu sei. - Aurora deu risada. - Mas eles gostam da ideia, acho que ate querem usar, mas tem medo de serem confundidos com trouxas, ou nossa comunidade achar que eles estão simpatizando com artefatos trouxas.

- Isso que eu chamo de ego frágil. - Draco deu risada, saindo da sala e voltando a andar. - Algum de vocês sabe como usar isso? Tipo, fazer funcionar.

- Eu sei. - Se orgulha. - Um dia eu ainda quero ir até uma ilha que tem aqui perto, mas acho que meus pais iriam me matar se eu tentasse usar um veículo trouxa como esse.

- Acho que sim.

Eles seguiram explorando o lugar enquanto conversavam. Quando chegaram em um quarto Aurora se sentou em uma das poltronas enquanto Draco andava pelo lugar.

- Uma semana e eu já sinto saudades dos nossos amigos. - Ela diz.

- Eu também! - Ele sorri, se jogando na cama de casal dali, se apoiando nós cotovelos para olhar Aurora na poltrona a sua frente. - E sinto falta de Salazar, e as cobras.

Aurora suspirou pensando no Basilisco lá na escola.

- Ah eu também! - Se levantou, um sorrisinho. - Tomara que o feitiço de Blasio funcione e os ratos apareçam no dia certo.

- Vai aparecer. - Ele se sentou, esticando as mãos para Aurora. - Vem pra cá, eu senti mais saudade de você.

Aurora sorriu, passando uma perna de cada lado do corpo de Draco, se sentando sobre seu colo dele.

Segurou seu rosto, puxando pra perto de si. Draco foi de bom grado, se agarrando na cintura de Aurora, seus lábios se encontraram em um beijo intenso.

Aurora suspira feliz, as mãos deslizando pelas costas de Draco, ele grunhe em aceitação, sentindo o arrepio passar por seu corpo.

Suas mãos deslizaram pelas coxas de Aurora, a barra do vestido subindo vagaroso a fez se apertar contra ele.

Os dedos de Draco dardilharam para dentro da barra do vestido de Aurora, um arrepio passou pelo corpo de Aurora e ela soube que a noite não iria acabar tão cedo.

🐉

Oi pessoal!
Eu acho que o melhor do que postar um hot, é insinuar que eu vou postar e depois sumir, então beijinhos e tchau.

Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora