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Os olhos estavam em Aurora, e mesmo que somente pouquíssimas pessoas tivessem entendido o que ela falou, todos a olhavam pelo o que ela causou. A cobra de Voldemort nunca ficava acuada, mas depois do alto sibilo de Aurora, ela estava quieta ao redor de Voldemort.

Aurora respirou fundo, e logo percebeu o que tinha feito. Quis fechar bem os olhos e se culpar, mas não o fez, por que não se sentia culpada, na verdade, ela se sentia muito bem.

Olhou para Voldemort, e ele estava a olhando nos olhos. Normalmente ninguém olha Voldemort nós olhos, mas Aurora não quis desviar. Tinha feito bobagem ao falar assim com a cobra do Lorde, mas não tinha como mudar as coisas, então era melhor ficar firme e aguentar o que quer que aconteça agora.

- E você deve ser Aurora Slytherin. - Voldemort disse.

- Sim senhor. - Ela concorda, firme.

- Eu vejo... - Ignorando Dante, ele se aproximou da menina.

Aurora era muito menor do que ele, mas o sentimento de grandeza ainda estava dentro de si, então ela não se deixou intimidar. Quando o Lorde parou em sua frente, ela levantou o queixo e o olhou nos olhos, sem desviar, sem medo. O Lorde deu um sorrisinho com isso, seus dentes eram quase pontudos e sujos, a língua era bifurcada como de cobra.

- Está é Naguini, minha cobra. Ela não parece ter gostado de você, e nem você dela.

- Eu só me assustei. - Aurora diz, tentando contornar a situação.

- Ah não, você não se assustou. - Os olhos vermelhos dardilharam para Dante, ele abaixou os olhos em respeito. - Você tem uma bela de uma filha, hein Dante? Pensei que você era grande por ser descendente de Salazar, como eu, mas ela... - Os olhos vermelhos voltaram para Aurora, ela manteve firme. - Fascinante, eu não vejo uma garota, eu vejo uma cobra.

- Somos todos cobras, meu senhor. - Dante disse, tentando fazer média, querendo chamar a atenção para si.

- Ah claro, claro que são. Mas você é diferente, você é uma cobra forte, mas comum. Ela... Ela é me parece grande, Naguini não se assusta nunca.

- Ela não teve a intenção de assustar Naguini, senhor. Não é mesmo Aurora?

Aurora engoliu em seco, mas as palavras escorregavam sem ela deixar:

- Ela me assustou primeiro.

- Não acho que você seja assustada facilmente.

- Eu não sou.

- Aurora! - Tereza repreendeu, assustada. - Meu Lorde, perdoe...

- Não a o que perdoar. Eu vejo muito de mim nela, quando eu tinha sua idade.

Ele se afastou, mas aquilo sim tinha a assustado. Ele via a si mesmo nela? Tinha algo nela que ele via, e somente a ideia a deixava enojada.

O homem passou pelo lugar, olhando, se familiarizando com os cantos da sala, a cobra o seguia a cada passo que ele dava, e todos os olhos da sala também, menos o de Dante, que agora se fincavam em Aurora, que não tinha perdido a compostura ainda, os olhos frios e irritados queimavam na pele de Aurora.

Depois de andar pela sala, Voldemort disse:

- Vamos começar.

As mascaras foram retiradas, e os mais novos puderam ver os verdadeiros rostos das pessoas que tinham entrado com o Lorde. Entre eles, não se assustaram tanto assim ao ver Severo Snape ali, o rosto duro como sempre.

Se juntaram todos na grande mesa, se sentando ali, Voldemort em uma das pontas, Snape na outra ponta. Aurora ainda estava agarrada a mão de Draco quando tomaram seus lugares lado a lado, os amigos ao redor com suas famílias juntos. Quando todos estavam em seus lugares, Voldemort começou a falar:

- Minha volta foi de certo modo, um desastre. Potter conseguiu escapar vivo mais uma vez, e isso causou comoção entre os bruxos, que agora se dividem entre acreditar e não acreditar sobre meu retorno. De certo modo, isso é bom. Nenhum irá confirmar nenhum boato, e nem ao menos dar a entender ou pistas de meu retorno, neguem a todo o custo, e teremos mais tempo para um planejamento dos próximos passos.

- Meu senhor... - Um deles pediu, baixinho.

- Sim?

- Senhor, quais os planos de sua volta?

Voldemort sorriu, parecia gostar de seus pensamentos.

- Quero grupos de busca, eu vejo que há rostos faltando em nosso meio, vários que antes me seguiam e agora não estão entre nos. Eu imagino o por que...

- Senhor, eles são fugitivos de seu nome! - Um outro diz.

- Sim, eles são. Fugitivos não irão ser perdoados facilmente. Eu quero ao menos três grupos de quatro pessoas para buscar alguns nomes que irei os dar, de antigos amigos Comensais. Vocês devem os capturar e os trazer até mim, não os matem, mas usem de... Artifícios necessários para os convencer a vir. - Um sorrisinho maldoso.

- E sobre os prisioneiros, senhor? - Narcisa pergunta, falando pela primeira vez.

Voldemort a olha, e seu olhar faz a mulher abaixar os olhos.

- Se preocupa com sua irmã? Certo, eu entendo. Os prisioneiros levaram minha verdade até o maximo, e como vocês, que vieram a mim, serão recompensados. Iremos os libertar, Narcisa, iremos tira-los da prisão, e eles se juntarão a nós o mais rápido possível.

- Obrigada mestre. - Narcisa concorda
Voldemort faz um movimento leve com a mão da varinha, como se a abençoasse.

- Senhor... - Um dos Comensais pede.

- Sim.

- E o que faremos com os novatos?

Todos os olhos se agarram aos mais novos, e eles mesmos sentiram a tensão aumentar. Aurora espiou ao redor vento todo mundo olhar para eles, e então, olhou Voldemort, que estava os olhando também. Estava olhando diretamente para ela, e isso a fez desviar os olhos rapidamente para a mesa a sua frente.

- Meus caros amigos... - Voldemort se levanta, começando a andar ao redor da mesa, os rodeando como uma predador faz com a presa. - Hoje vemos aqui a nova geração se unindo a nós, os novos rostos que um dia herdarão a terra, e em pouco tempo, herdarão nosso poder. - Parou atrás dos mais jovens, as mãos geladas na cadeira de Aurora e Draco, a voz fria vinda de trás deles os fazia arrepiar. - Sei que muitos de vocês os olham e vêem crianças brincando de fazer magia, mas eu vejo cabeças novas e prontas para aprender. O poder, meus amigos, vem daqueles que tem fúria o bastante para o agarrar, e o que melhor do que a fúria de um jovem poderoso? Não iremos os marcar como nossos, não hoje. Suas missões serão como as dos outros... - Voldemort se inclinou, Aurora agora sentia a respiração do homem perto de seu cabelo, e Draco também sentia, sua voz era um sibilado maldoso. - O silêncio as vezes pode ser o melhor caminho para a... Sobrevivência.

Eles entenderam no mesmos momento. As palavras não ditas eram claras para eles:

Fiquem quietos, ou morrão falando.

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Oi pessoal! Lembrem de curtir e comentar bastante.

Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora