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Mal tinha voltado para o Dormitório e tudo o que queria fazer era se jogar em sua cama e dormir ate semana que vem. Sua cabeça latejava de dor, e seu corpo estava exausto.

Talvez seja este o plano de Snape, a deixar tão cansada que ela não seria capaz de falar nada que não deveria.

Infelizmente, sua noite de sono ainda estava longe, pois assim que entrou no Salão Comunal da Sonserina, seus amigos pularam de pé, já a bombardeando de perguntas animadas sobre o que tinha acontecido. Aurora foi as respondendo enquanto se sentava no sofá, recostando sua cabeça no ombro de Draco, fechou os olhos, querendo descansar enquanto falava.

- Você esta bem? Me parece meio tremula. - Draco diz, pegando as mãos pálidas e suadas de Aurora.

- Estou exausta. Meu corpo dói, minha cabeça dói mais ainda. - Suspirou. - Alias, amanha vamos levar Snape na Câmara Secreta, ele descobriu sobre Salazar.

Todos ficaram estáticos de preocupação.

- Como é? - Oliver murmura.

- Ele viu em minha mente, não tinha como mentir, é impossível. - Aurora o olha. - Ele não vai nos dedurar, ele só quer saber se esta tudo sobre controle. Eu o entendo, se fosse eu em seu lugar também não iria confiar assim fácil.

- Então... Vamos mostrar Salazar a ele? - Pansy esfrega as mãos, nervosa. - E depois?

- Depois nada. - Deu de ombros. - Ele vai lá, vê que o Salazar esta me obedecendo, e é isso. Ele não é o inimigo, de verdade. Podemos confiar, eu sei que podemos.

E Aurora estava certa.

Snape não disse nada sobre o Basilisco para ninguém, e no outro dia, estava tão normal quanto qualquer outro dia em sua vida, não dava sinal algum de que sabia de algo que não deveria.

Isso animou os mais jovens, e logo depois de um longo dia de aulas, depois que todos estavam em suas camas, eles encontraram Snape e foram juntos em direção a Câmara Secreta, aonde Aurora liderava o caminho, abrindo as portas para que os outros passem também.

- Devo avisar que Salazar nunca recebeu visitas além de nos, então eu entro primeiro e falo com ele sobre você. - Aurora diz quando já estavam dentro da Câmara Secreta.

- Certo.

Aurora fez a escada e subiu, os outros ficaram la embaixo a esperando, Snape tinha os olhos curiosos para todos os cantos, observando Aurora subir para dentro da boca da estatua de Salazar. Aurora parou na grande porta da sala das cobras, e chamou:

- Salazar? Somos nós, estamos aqui.

- Mestre! Que bom que voltou, como está?

- Estou bem, posso entrar?

- Claro mestre.

Aurora entrou na sala das cobras, desviando das serpentes no chão. O Basilisco estava ali no meio, parecia ter acabado de acordar pois estava todo enrolado. Levantou a cabeça quando Aurora chegou, estava vendado, soltou a língua bifurcada, sentindo o cheiro no ar.

- Que cheiro é este? Tem mais alguém aqui.

- Tem sim. Eu queria te apresentar uma pessoa nova hoje, ele é professor daqui da escola. Ele é um amigo, não veio para fazer mal a nenhum de nós.

- Ok.

Aurora observou o Basilisco por um momento, ele não parecia avesso a ideia de conhecer alguem novo, isso a agradou.

- Venha comigo.

Aurora deu as costas começando a andar, e o Basilisco deslizou ao seu lado, a seguindo. Aurora deixou sua mão encostada em um dos chifres do Basilisco para que ele sinta quando ela virar e possa a seguir. Eles desceram as escadas, o Basilisco deslizando sobre os degraus. Snape tocou a varinha, preparado para fazer algo se algo desse errado, mas Aurora viu o movimento antes:

- Pode guardar a varinha, ele não fará nenhum mau. - Olhou para Salazar. - Meus amigos também estão aqui, e o outro se chama Snape, ele veio te conhecer.

- Mas ele não me entende?

- Não, ele não te entende, ele só quis vim dar um oi, ver como você esta.

- Oh sim. Diga oi por mim!

- Salazar disse oi. - Aurora diz para Snape, o homem levanta uma sobrancelha. - Ele é bem amigável, só esta curioso do por que você estar aqui.

O Basilisco jogou a lingua para fora, lambendo o ar e capturando os cheiros, reconhecendo os outros que estavam ali.

Quando sentiu o cheiro diferente, levantou a cabeça, se aproximando levemente. Snape fica estático enquanto o Basilisco se aproxima dele, ficando cara a cara. A lingua da imensa cobra lambeu o ar bem do lado do rosto do professor, o cheiro do veneno que vinha de suas presas podia ser sentido por Snape, e por um momento o professor achou mesmo que seria atacado.

Então, Salazar se abaixou de novo, rodeou os pés de Aurora, a imensa cabeça deitou-se sobre os pés da menina, grande parte ainda ficando no chão. Aurora deu um sorrisinho para o professor:

- Viu só? Inofensivo.

- Temos alimentado bem ele também. - Blasio garante. - Não o deixamos ficar com fome para não o dar motivos para querer atacar alguém, de 15 em 15 dias ratos são soltos na sala das cobras aonde ele fica com as outras serpentes.

- E ele sempre tem acesso aqui embaixo para vir pra água. - Oliver completa. - Algumas cobras que tem lá encima são cobras d'água, então elas sempre descem com ele, pra ele não se sentir sozinho.

- As cobras gostam muito dele, na verdade. - Pansy concordou. - Por ser o rei das cobras, e tudo o mais.

- Eu já entendi, vocês estão cuidando bem dele. - Snape diz, seus olhos voltaram para Aurora. - Ele já andou pelo castelo alguma vez?

- Não senhor.

Snape concordou, e parecia muito mais confortável agora que tinha visto por si mesmo. Guardou a varinha.

- Você sabe que se outras pessoas descobrirem, é muito provável que ele tenha o mesmo destino do ultimo, não é?

- Eu sei, sim senhor, mas eu tenho mantido cuidado. Todos nós estamos.

- Muito bem... Pelo menos eu sei o por que Naguini se assustou com você.

Aurora franziu o cenho, muito curiosa, olhou os amigos, mas eles também estavam tão confusos quanto ela.

- Perdão? - Ela murmurou.

- Por conta do Basilisco, é claro. - Snape diz.

- Mas ela não sabe que temos cobra nenhuma. - Draco diz. - Ela sente?

- Não digo que ela sinta que vocês possuem cobra alguma, muito menos um Basilisco, se ela soubesse teria contado ao Lorde. - Snape diz, cruzando os braços, como sempre. - Vocês devem saber, como a senhorita Parkinson disse, que o Basilisco é o Rei das Cobras. Todas as cobras se curvam a ele, e temem o rei, Naguini não é diferente, se ela estivesse na presença do Basilisco, ela provavelmente também seria subjulgada. O caso é, quando um Basilisco tem um mestre, no caso, senhorita Slytherin, o Basilisco logo não é o rei de todos, pois ela pode o dar ordens, e ele ira obedecer. Isso a torna então, um poder acima do Basilisco, obviamente. As cobras sentem o quão poderoso alguém é, Naguini sentiu que Slytherin era mais poderosa que ela, tão poderosa que ela se assustou.

Quando se colocava assim, Aurora podia entender os motivos, e gostou da ideia. Mas então algo veio em sua mente, e ela não se segurou de perguntar:

- O Lorde disse que via algo dele em mim, talvez ele esteja falando sobre isso.

Snape concordou levemente:

- Talvez, é uma teoria plausível. Ele pode ter sentido a sede por poder que você emana, e não é segredo que ele é um homem sedento por poder também. Poderes de maneiras diferentes, é claro, mas poder.

Aurora sorriu, ela gostava da ideia de ser poderosa desse jeito.

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Oi pessoal! Lembrem de curtir e comentar bastante.

Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora