O Rei dos Deuses (de acordo com os não-deuses)

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bom, resolvi mudar a forma como eu formato a história, acho que fica mais bonitinho desse jeito. Me digam o que acham.

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Catra se vê no topo de um prédio cinza, sob um céu cinza, numa cidade cinza. Ela retorce o nariz em desgosto.

– Como eu odeio esses humanos – ela deixa escapar entre os dentes. Melog a ignora e fixa o olhar numa construção similar a um palácio no horizonte – ah, claro! Típico do cara que se acha "o rei dos deuses"! Babaca!

Melog lembra Catra que foram os humanos que começaram a chamá-lo assim, e não ele mesmo.

– Para de arrumar desculpa pra ele, Melog! Eu, hein!

Catra percebe a presença de dois corvos a observando, não muito longe dali. Sente a magia de Ozpin emanando deles. Uma fisgada de raiva a faz bufar.

– Melog. Estamos sendo observadas – uma deusa-felina encara a outra por um momento – quê?! Como assim você já sabia?! Por que não me avisou?!

A justificativa de Melog soa algo como "eu já sabia que você ia perceber". Faz Catra revirar os olhos e bufar, impaciente.

– É bom essa merda ser produtiva, você já me tirou a oportunidade de acabar com a raça daquela maluca.

[...]

Os dois corvos mantêm-se por perto até Catra e Melog alcançarem a entrada do palácio, e então mergulham em sua direção. Catra mantém todos os seus sentidos concentrados neles, pronta para revidar em caso de ataque, mas em vez disso os corvos passam rente ao seu corpo e se transformam em humanos.

Um homem e uma mulher, ambos na casa dos 50 anos, pele clara, olhos vermelhos, cabelos negros. Catra diria que são irmãos. Em silêncio, ambos se tornam para encarar os deuses, enormes espadas já em mãos. Catra não consegue evitar um sorrisinho de lado: que mania é essa que humanos têm de achar que teriam alguma chance numa luta contra uma deusa?

– Nome. Objetivo – os dois dizem, ao mesmo tempo.

– O nome é não te interessa – replica Catra, e num piscar de olhos passa no estreito espaço entre os dois, feito um flash – o objetivo é socar um velho até a imortalidade dele acabar.

Catra continua seu caminho pelo hall do palácio, em direção à porta do lado oposto. Espera que os dois humanos a ataquem, mas isso não acontece.

– Ozpin. Há uma deusa aqui – ela ouve o homem anunciar por um rádio.

– Salem?

– Não. Uma de olhos de cores diferentes – a irmã esclarece – acompanhada por um tipo de pantera espectral.

Quando Catra vai botar as mãos na alça da porta, ela se abre de súbito, e um homem alto, de óculos, cabelos grisalhos e bengala, todo de preto, a espera do outro lado.

– Olá, Catra, Melog. Bem-vindos à Academia de Beacon.

– Ozpin.

O velho deus estende a mão com um sorriso leve no rosto, mas Catra recusa-se a apertá-la. Finge não ter visto. Suspirando, Ozpin recolhe a mão e indica com a cabeça que o sigam.

– Qrow, Raven. Esperem aqui.

– Oz...

A porta se fecha antes que o irmão possa dizer algo mais, e Ozpin dá as costas aos seus visitantes, subindo as escadarias do segundo salão, onde pegam um elevador. Catra e Melog o seguem de perto, Catra espumando de raiiva.

– Sua própria esposa está prestes a atacar Remnant, e você tá aqui brincando de rei na porra de um palácio? – cutuca Catra, assim que a porta do elevador se fecha. Ozpin respira fundo, reconhecendo suas palavras, porém nada diz – responde, velhote! E a porra do nosso tratado?! Você vai fazer eu, Melog e She-Ra limparmos a sua sujeira, é isso?! Como sempre fez!

Após a Morte de Um PanteãoOnde histórias criam vida. Descubra agora