Slytherin Heir - Draco Malfoy

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Estava arrastando os dois pelo lugar, e já tinha convocado suas outras cobras para voltar, as escondeu dentro de suas vestes, e quando chegou perto do corredor de Umbridge, viu os amigos chegando por outras direções, todos com pelo menos um aluno, Draco com três.

Se juntaram em silêncio e foram até a sala de Umbridge, aonde Draco bateu na porta que logo foi aberta. A mulher pequena e de rosa sorriu grandemente para eles ao ver o que traziam:

- Snape estava certo sobe vocês. - Disse, estão deu um risinho. - Podem deixar comigo agora, queridos, voltem para as camas, sim?

- Sim senhora. - Falaram juntos.

Largaram as crianças ali e deram meia volta, saindo apressados. Os rostos firmes e semblantes marrentos continuaram intactos por todo o caminho, mas no momento em que pisaram dentro do Salão Comunal, tudo caiu por terra.

Um suspiro coletivo e chateado foi ouvido, Aurora se jogou na poltrona perto a fogueira, enquanto os outros amigos se acomodaram pelo sofá e poltrona, todos muito chateados.

- Estou exausta. - Pansy resmunga.

- Eu também. - Oliver concorda. - E nem fizemos tanto esforço assim.

- Só estamos chateados. - Blasio murmura. - Não foi um de nossos melhores feitos.

- Vamos todos tomar uns banhos e ir dormir, amanhã é outro dia e temos mais coisas a tratar. - Draco diz.

Todos eles concordaram, cada um se levantou arrastado e murmurou um "boa noite" antes de sumir pelas escadas. Aurora a todo caso se manteu ali sentada na poltrona, e Draco se aproximou dela:

- Não está com sono?

- Sim, mas pensei em ficar aqui um pouco, está confortável perto do fogo. - O olhou cansada. - E você?

- Eu te faço companhia.

Aurora concordou. Draco estendeu as mãos e ela as tomou, se levantou e deu espaço para que Draco sente na poltrona, então se sentou no colo do garoto, jogando as pernas para cima dos braços a poltrona, apoiou o ombro no peito de Draco, se recostando nele e descansando a cabeça na curva de seu ombro e pescoço. Os braços de Draco se envolveram pela cintura de Aurora, a mantendo perto dele.

- Você teve má sorte com quem pegou hoje. - Ele murmurou. - Peguei um casalzinho de amassos e um garoto tentando sair do Castelo pra explorar, foi mais fácil de levar do que os seus dois.

- Um garoto com fome e uma menina querendo estudar. - Murmurou de volta. - O garoto confiava que eu estava ali pra ajudar ele, e a menina... Chorou o caminho todo. Não sei o que me chateou mais, desprezo ou culpa.

Sentiu a mão de Draco afagando levemente seus cabelos, uma tentativa de a acalmar. Aurora não podia dizer que ele tinha tirado toda sua tristeza da noite, mas ajudou bastante.

- Sinto muito. Tem algo que eu possa fazer?

- Não, mas tudo bem. Estamos todos juntos nessa, eu sei que não sou a única a me sentir assim hoje. Ao menos é reconfortante saber que eu não sou a única.

- É, eu sei. - Draco apoiou a cabeça na poltrona e fechou os olhos. - Eu tento não pensar sobre o que estou fazendo enquanto faço, se eu encher minha cabeça com coisas melhores as vezes eu esqueço que estou fazendo algo ruim. É idiota, mas as vezes funciona.

- Eu pensei em Salazar. - Aurora fechou os olhos também. - Na Câmara Secreta, nos nossos treinos, no por que estamos fazendo tudo isso.

- O fim justifica os meios. - Draco disse em um suspiro.

- Acho que sim. Mas ainda me chateia.

- A mim também. - Draco abriu os olhos e olhou Aurora. - Amanhã você tem aula com Snape?

- Só depois de amanhã.

- Então faremos assim... - Murmurou, um sorrisinho se formando. - Amanhã nós pegamos uma pessoa cada, e só. Depois vamos correndo para a Câmara Secreta e podemos passar o resto da noite treinando com os outros. Talvez possamos dar uma olhada naqueles livros de Salazar, e você pode tentar um feitiço mais poderoso para ver como é. Teremos tempo e não seremos mais pegos facilmente.

Aurora levantou o rosto e olhou Draco, um largo sorriso apareceu em seu rosto. Ela sabia que Draco estava tão chateado quanto ela por tudo isso, mesmo assim ele ainda tentava achar um jeito de a fazer melhorar.

- Eu adoraria. - Ela concordou. - Talvez possamos matar uma aula alguma hora e irmos pra Câmara Secreta... Só nos dois.

Draco deu um sorrisinho com a ideia, viu os olhos brilhantes e desejosos de Aurora o observando de perto. Sentiu borboletas no estômago e seu rosto corou, se sentindo quente.

Essa garota um dia seria o motivo de sua morte, ele tinha certeza.

- Não! - Se levantou em um pulo, trazendo Aurora em seu colo.

- Não? - Ela se assustou.

- Não vamos matar aula, nós estamos indo agora mesmo. - Ele começou a andar, Aurora ainda em seus braços.

A menina arregala os olhos ao ver o rosto decidido de Draco enquanto ele andava apressado para a saída do Salão Comunal. Seu rosto corou e ela sentiu o coração disparar.

- Agora?

- Sim.

- Draco!

- Você me ligou, não posso esperar até alguma hora para matarmos aula. - Parou na saída e olhou Aurora, vendo o rosto vermelho da menina. - A não ser que você não queira.

Aurora era uma boa mentirosa normalmente, mas ela sabia muito bem que se fosse tentar enganar Draco ali seria um completo desastre. Estava escrito em seu olhar que ela queria, e queria muito.

No mesmo momento toda a chateação parecia ter se esvaindo do corpo de Aurora, ela não pensava em mais nada além de Draco. Ela queria tudo que pudesse vir de Draco.

- Eu quero. - Disse, um sorrisinho maldoso nascendo em seus lábios.

O garoto sorriu sacana, um sorriso de lado cheio de significado. Se inclinou, precionando um beijo firme nos lábios de Aurora antes que ele volte a andar.

Foi rapidinho pelo corredor, mesmo achando que Umbridge não estava por ali, e poderiam mentir pra qualquer um da brigada, ainda existia Snape, e eles nunca iriam conseguir mentir pra Snape.

Deu um chutinho na parte certa da parede e a passagem se mostrou, então passou apressado por ela. Aurora falou qualquer coisa em língua de cobra e o portão de cobras de mármore se abriram para eles.

Aurora se segurava nós ombros de Draco, e ele tinha os dedos tensos na pele das costas e coxas da menina enquanto a carregava para dentro da Câmara Secreta.

- Mestre?

Aurora ouviu a voz de Salazar, e isso a assustou, estava tão distraída pensando sobre os braços de Draco, os beijos de Draco, e tudo que poderia fazer com Draco, que até esqueceu sobre as milhares de cobras e o imenso Basilisco que viviam ali.

- Ah? Ah! Sou eu Salazar! Sou eu. - Aurora avisa.

- Salazar? - Draco pergunta, Aurora concordou, o fez dar um sorrisinho. - Diga que vamos estar um pouco ocupados hoje.

Aurora não sabia de onde tinha vindo tanto desejo e atitude de Draco sobre isso, mas ela iria aproveitar cada momento que pudesse ganhar dele assim.

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