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Aurora acordou com um sentimento de paz, e contando que o dia anterior tinha sido uma confusão caótica e dolorosa, isso era uma mudança muito boa.

Sentiu braços fortes ao seu redor, e o cheiro muito conhecido de colônia masculina, maça, e o sentimento único de tempestade.

Era estranho como sabia exatamente como descrever Draco tão simplesmente, ela sabia exatamente como ele era, e sabia exatamente como o descrever. Talvez tempestade seja um termo estranho para se descrever alguém, mas não para Aurora. Aurora achava que tudo sobre Draco a lembrava uma tempestade.

O pele e os cabelos muito brancos como nuvens, veias pelos pulsos que a fazia lembrar dos trovões cortando o céu. E é claro, os olhos. Os olhos azuis cinzentos de Draco eram como tempestade.

Além disso, quando ela estava com ele, Aurora podia sentir no corpo os sinais de tempestade. Dizem que quando um raio cai muito perto de você, sua pele formiga pela eletricidade. Não precisa nem ser acertado por ele, somente a presença do raio cortando os céus, estourando por perto, somente aquilo era o bastante para fazer todo o corpo humano formigar, a avisando do perigo. Aurora sentia o mesmo sempre que Draco estava perto, não sentia perigo, mas podia sentir o formigamento por seu corpo, a adrenalina, o sentimento louco e indescritível que só entende quem já estava completamente apaixonada.

Aurora adorava sentir aquilo, e acordar sentindo aquilo se mostrava cada vez melhor. Abriu os olhos, a primeira coisa que viu foi uma camisa branca de botões, alguns estavam fora da casa, outros não, uma gravata da Sonserina frouxa pendia do pescoço branco, e então, o rosto completamente adormecido de Draco.

Deu um sorrisinho, observando. Ele ainda tinha os olhos fechados, entregue a um sono tranquilo ao lado dela. E mesmo que seu corpo esteja relaxado, ele ainda mantinha o corpo de Aurora firme com o dele. O detalhe fez Aurora sorrir, sabendo que se ela tivesse passado mal, ou precisado de ajuda a noite, ele teria acordado rapidamente.

Olhou envolta, vendo o quarto escuro e de porta fechada, completamente no breu. Acima dela, a palavra Astucia ainda brilhava para ela como se fosse a primeira vez que a via, e Aurora sorriu levemente para aquilo.

Não tinha mais dores, e seu corpo não estava mais cansado. Estava um pouco tensa por estar sem se mover por tanto tempo, mas era só. Sendo assim, com todo o cuidado do mundo, Aurora começou a se mover.

Não queria acordar Draco, então levantou a cabeça e pegou o próprio travesseiro, o segurou entre seu corpo, então deslizou para cima, enquanto movia seu corpo para se afastar. Não precisou de muito, e entregue ao sono, Draco foi facilmente enganado. Aurora levantou da cama, deixando Draco agarrado a um travesseiro em seu lugar.

Saiu do quarto com calma para não acabar chutando nada sem querer, abriu a porta e saiu sorrateira. Foi até o banheiro, fez xixi, escovou os dentes, então ligou a banheira.

Deixou na água morna, e enfiou sais de banho ali dentro, fazendo espuma aparecer. Sentou na beirada da banheira, esperando que ela se encha.

Enquanto isso, no quarto, Draco acordou com o barulho da água, abriu os olhos confuso, piscou um pouco. Foi quando percebeu que Aurora não estava ali. Olhou para os próprios braços, vendo o travesseiro, e não precisou de nada para entender o que estava acontecendo:

- Que mulher difícil. - Resmungou enquanto se levantava.

Levantou e saiu do quarto meio cambaleando, foi até o banheiro que era aonde vinha o som. A porta estava encostada e ele abriu sem pedir. Parou quieto na soleira da porta, ainda com sono.

Aurora estava na borda da banheira, seus dedos brincavam distraidamente com as pequenas cobrinhas que tinha em cada torneira, de água fria, morna, de sais de banho. Olhou quando Draco apareceu ali, então deu um sorrisinho:

Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora