XXXVI

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Tayla e Edmond se beijavam com a força de um grande exército, e uniam seus corpos com todo o desejo reprimido de vários meses separados. Tayla, estava cada vez mais recuperada das queimaduras e com a autoconfiança voltando a ser restaurada mediante a declaração apaixonada de seu marido, ela sabia que estava pronta para se entregar a ele novamente, largando sua armadura de lado como fez durante sua lua de mel, e como ansiava em fazer a muito tempo. 

Ela não era tola, sabia exatamente onde todos os carinhos que os envolviam poderia levá-la. Ela já estava bem madura para se considerar uma mulher mais velha, uma esposa ciente do que acontece na vida conjugal, e ainda que tivesse medo de engravidar e ser mãe, agora sabia que não tinha sido culpa dela perder sua criança, mas era culpa da tia de Edmond e Rose, com quem Tayla acertaria as contas mais tarde.

Agora ela tinha muitas saudades do marido, de seus toques e juras de amor, e não deixaria nada ficar entre os dois. Ela sabia que quando estivesse em seus braços esqueceria de tudo e de todos, e ansiava por esse momento.

Edmond não precisava sequer falar ou expressar seus sentimentos. Havia tomado os lábios da esposa com tanta urgência e afobação que Tayla quase caiu para trás, desequilibrada. Quando os lábios dos dois se tocaram, faíscas voaram por toda a parte, e Edmond sentiu sua pele de lobo a rigor queimar pela dama das chamas, arder em um desejo tão intenso e profundo, que era difícil até respirar.

Ele a amava, queria poder protege-la de todo o mal e garantir que ela não sofresse nunca mais. Também não queria que ela se sentisse mal ou se machucasse, então separou suas bocas e encarou Tayla fixamente, enquanto segurava seu rosto.

- O que foi? - Tayla riu, com um sorriso travesso e irresistível nos lábios, ela provocou-o mordendo seu lábio e Edmond achou impossível não perder o juízo no momento.

- Tayla... nós... - Edmond estava inseguro e gostava de conduzir as coisas da maneira mais correta possível. Queria ter certeza de que a esposa estava confortável com a situação e que ela não se arrependeria depois e nem ficaria triste ou incomodada.

- Sim. - Tayla respondeu, sem mesmo ouvir o que Edmond diria. Ela sabia exatamente o que ele ia falar, e a resposta era sim. Até o fim de suas vidas como marido e esposa, a resposta seria sim.

- Neste caso. - Edmond segurou a mão de Tayla. - Condessa Hughes. - Edmond falou bem perto do ouvido de Tayla fazendo sua pele queimar. Ela adorava ouvir o doce som de sua voz enquanto ele a chamava de condessa usando o sobrenome dele. - Vamos para casa. - Tayla estremeceu.

Tayla abriu um grande sorriso e concordou, seguindo o marido enquanto ele corria até os cavalos para irem em direção a sua residência. Os dois estavam extremamente feliz, sorridentes natos, e conduziam seus cavalos de maneira rápida até o centro da cidade, uma vez que era impossível cavalgar de Londres até Watford. Ambos deixaram os cavalos com o cocheiro que trouxe Tayla, enquanto entravam na carruagem que trouxe Edmond. Tayla se acomodou deitada nos ombros do marido, descansou tranquila e suspirou fundo, relaxando. 

Edmond estava aliviado, em ter Tayla tão próxima de si, confiando nele para descansar pelas horas que se seguiam até chegar na residência deles. Nada poderia atrapalhar o que sentiam, e mesmo que fossem obrigados a manter o respeito dentro da carruagem, eles sabiam que retornariam a unir seus corpos quando chegassem na mansão Hughes, e assim o fizeram. 

Edmond ajudou Tayla a sair da carruagem e passaram correndo tão rápido pela porta principal que Tayla quase tropeçou no rodapé ao estilo venezziano que completava a construção da casa. Ela mal teve tempo de cumprimentar os criados, que estavam radiantes com a volta da condessa a sua residência oficial, e felizes por eles terem feito as pazes, pois admiravam muito Edmond como empregador e chefe, e sabiam que o pobre conde merecia ser feliz depois de tudo o que passou.

Quando Um Conde Se ApaixonaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora