Cap. 13

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Eu pretendia dormir até tarde no outro dia, o que não aconteceu, pois ouvi alguém bater na porta, levanto meio desorientado da cama e ouço bater mais uma vez.

- Ja vai. - Grito do quarto.

Paul nem se quer se mexe, estando cansado de ontem, provavelmente não iria levantar.
Vou até a porta e abro, um homem ali.

- Sim ? - Pergunto meio sonolento.

O homem me olha, prestando a atenção.

- Você realmente se parece com sua mãe. - Ele diz, o que me faz despertar e prestar a atenção nele.

- O que você.. - Eu começo perguntando mas ele me interrompe.

- Não vai convidar seu tio para entrar ? - Ele diz sorrindo, demorei uns segundos para processar aquilo.

- Tio ? - Pergunto lhe dando passagem para entrar e guiei ele até a sala. - Você é Lucifer?

Ele vai até uma estante e pega um copo, o enchendo de Whisky, logo depois se sentando na poltrona em frente ao sofá.

- Claro, ou você acha que um ser tão lindo como eu, seria um humano. - Ele pergunta sorrindo, enquanto dá um gole no copo.

- Orion por que você.. - Paul diz chegando na sala sem camisa e para, quando vê que não estou sozinho.

Ele encara o homem um instante, depois olha para mim. Lucifer sorri ainda mais olhando entre nós dois.

- Vejo que ja descobriu maravilhosas por essa Terra. - Lucifer diz dando um sorriso malicioso.

Paul o encara, levantando uma sobrancelha, ele parecia neutro, não comentou sobre nada.

- Paul, esse é Lucifer, irmão da minha mãe. - Digo e Paul arregalou os olhos, virando para Lucifer, que agora estava se divertindo.

- Lucifer ? - Paul diz. - Eu imaginava algo diferente.

Paul parecia engasgar com suas próprias palavras, sem saber exatamente o que dizer.

- Prefere que seja assim ? - Lucifer diz e então, fica vermelho, algumas partes parecendo em carne viva, seus olhos, a iris vermelha brilhava.

Paul dá um passo para trás, no susto, eu vou ate ele e o toco.

- Está tudo bem. - Digo para Paul, ele não relaxou, parecia realmente assustado, certamente o lobo dentro dele, reconhecendo o perigo.

Lucifer ri e volta ao normal.

- Isso nunca perde a graça. - Lucifer diz risonho. - Eu estou com um pouco de pressa então serei rápido.

Ele diz e eu o olho, me sento no sofá em sua frente, Paul atrás em pé, mas com o braço em mim, em sinal de alerta.

- Eu falei com sua mãe e ela me contou sobre o ocorrido com a alma. - Ele diz sorrindo. - Eu adorei, você leva jeito com isso, não é atoa que é meu sobrinho.

Lucifer parecia orgulhoso, me olhava sorrindo.

- Creio que como saiu das garras daquele vampiro de merda, tenha pouco dinheiro, então, - Ele diz e me entrega um cartão preto. - É seu, pode usar, o limite é infinito, compre o que quiser, quando quiser.

Pego o cartão da sua mão e sorrio para ele.

- Obrigado Lucifer, isso é muito generoso da sua parte. - Digo ainda olhando o cartão.

- Não agradeça, está tudo bem. - Ele diz e então se levanta. - Bom foi divertido, mas eu realmente tenho que ir.

Eu também me levando e ele tira mais uma coisa do bolso.

- Esse aqui, é um celular para você, ja tem meu número nele, qualquer coisa que precisar, me ligue. - Ele diz. - Não prometo atender.

Ele foi andando até a porta, como se ja conhecesse o lugar, eu o segui, ele abriu a porta e se virou para nós, pela última vez.

- Foi um prazer conhecer vocês, - Ele diz e olha para Paul. - Eu entendo o por que fez aquilo com a alma, ele é bonito.

Ele se vira de volta e entra em um carro, sumindo de vista.
Tentei processar tudo em minha cabeça, as coisas aconteceram tão rápido que quase me deixou confuso.

- O que foi isso ? - Eu pergunto em voz alta.

- Não sei, - Paul diz ainda olhando por onde o carro saiu. - Mas foi estranho.

A gente se olha, por um segundo até cairmos na risada.

- Eu realmente estou preocupado em conhecer sua família baby. - Paul diz rindo.

Entramos em casa, e fomos para a
cozinha. Paul preparou um prato cheio de pão, ovos e bacon pra ele, enquanto eu estava meio sem fome.

- Como está se sentindo ? - Pergunto para ele preocupado. - Está com dor ?

Ele me olha, ja comendo, o prato dele era realmente enorme.

- Estou bem, eu to bem melhor, - Ele diz entre uma garfada e outra. - Completamente curado.

- Que bom, posso respirar melhor sabendo disso. - Digo o olhando e sorrindo.

Paul para por um instante.

- O que ele quis dizer sobre a tal alma ? - Paul diz curioso.

- Nada que tenha que se preocupar honey. - Digo sorrindo para ele, não queria que ele se preocupasse com isso.

- Ele falou, como se eu tivesse algo a ver com a tal alma. - Paul fala me olhando. Suspiro um pouco, aquilo realmente o afetaria.

- Fiz o que deveria ser feito. - Digo apenas, ele se cala, não querendo prolongar o assunto, sabendo que eu não diria mais nada.

Ouço a porta bater mais uma vez, e senti o cheiro imediatamente.
Corri para a porta, o abrindo sorrindo, Alice estava ali, impecável, com uma roupa muito formal.

- Achamos as duas, eu vi que eu iria junto e que precisava estar vestida assim, mas não consegui ver mais nada adiante. - Ela diz dando uma volta. - Gostou ?

Sorrio para ela.

- Está deslumbrante Alice. - Digo sorrindo. - Espere, vou me arrumar.

Vou até a cozinha.

- Honey, terei que resolver uma coisa, eu logo estarei em casa, assim que terminar. - Digo lhe dando um beijo em seus lábios, e me segurei para não aprofundar, Paul era viciante demais.

- Ta bom baby, cuidado. - Paul me responde sorrindo, ele confiava em mim e eu nele.

Subo para o quarto, pegando um terno, preto e elegante. Tomo um banho e depois me visto, arrumo o cabelo e vou até Paul para me despedir.

- Eu te amo honey. - Digo lhe dando um selinho.

- Te amo muito mais baby. Você está maravilhoso. - Ele diz sorrindo pra mim.

- É por que você ainda não se viu direito sem camisa. - Digo ja saindo.

Alice estava em um carro, todo preto.
Entro e ela começa a dirigir.
Faltava pouco para resolver uma questão que me intrigava.

O primogênito Where stories live. Discover now