RITMO l Taeyoonseok

Epílogo

Cinco anos depois, a família fazia mais uma de suas viagens. O período de férias das crianças era onde viviam grandes momentos em família. Mas desde a chegada de Heaven e Sun, os filhos gêmeos biológicos de Hoseok, as coisas voltaram a ser um pouco agitadas.

– Nem acredito que a família toda veio para o Japão. – sorriu Taehyung – Honey, meu bem, pode levar a mala do seu irmão pra mim? – pediu à garotinha de cabelos na altura dos ombros e sorriso rosado como do pai Yoongi.

Honey e Hope já tinham completado sete anos de idade. Cresceram muito, e estavam se saindo ótimos irmãos mais velhos para os dois recém-chegados.

– Claro, papá. – disse ela, pegando os pertences dos irmãos mais novos.

O casal de irmãos ajudava bastante os pais desde a chegada dos gêmeos. Cuidar de duas crianças pequenas desta vez não parecia tão terrível como na época de Honey e Hope. Com o tempo, os três se tornaram pais experientes. E ao contrário dos irmãos, Heaven e Sun eram bebês bem mais tranquilos, o que deixava os pais ainda mais seguros.

– Será que todo mundo já chegou? – perguntou Yoongi com o pequeno Heaven agitado em seus braços, batendo palminhas para o irmão que brincava consigo.

– Jin disse que todo mundo já chegou. Só nós estamos atrasados – Taehyung fechou a porta do carro e pegou o restante das malas com a ajuda da filha, enquanto os maridos levavam as crianças no colo.

Todos os anos os irmãos Jungkook, Jin e Taehyung mantinham uma tradição de família. Viajavam até a antiga casa no Japão, planejavam uma boa comida, músicas e bons momentos para recordar em família no quintal de sua casa, debaixo da árvore que foi plantada com as cinzas do pai. Era sob a proteção daquela árvore que todos tinham bons momentos juntos. Taehyung e os irmãos gostavam de pensar que de alguma forma, o pai ainda seguia com eles.

A Sra. Midori se aproximou de Suh-joon, pai de Namjoon, e se tornando bons amigos. Anos depois descobriram muito mais que uma bela amizade, descobriram que podiam dividir juntos seus últimos anos. Se casaram em uma cerimônia simples há um ano, mantendo suas famílias unidas.

– Fico feliz que vocês chegaram! – disse Midori com um sorriso nos lábios ao vê-los – Olha só como eles cresceram! – Se aproximou de Hoseok com a pequena Sun nos braços, mas logo o menino com os olhos do pai Taehyung a abraçou pela cintura com força, ganhando a atenção da senhora.

– Oi, vovó! – gritou o garoto animado assim que a viu.

– Oi, meu querido! – a mulher deu um beijo nos cabelos cheirosos dele – Estava com saudades de você, sabia? – E de você também, princesa. Não vai me dar um beijo? – Perguntou ela a Honey, que caminhou até ela com um sorriso no rosto para beijá-la.

Honey e Hope chamavam a Sra. Midori de avó desde muito pequenos. A mulher ficou muito feliz, mesmo não sendo de seu sangue, ela os considerava como se fossem.

Taehyung se aproximou da mulher e a abraçou forte.

– Como está, mamãe? – disse Taehyung logo atrás dos filhos e deixou um beijo no rosto da mulher.

– Muito bem, meu querido e você, como tem passado? – perguntou ela envolvendo Taehyung em um abraço caloroso – Vejo que está cada dia mais bonito e parecido com seu pai. – Sorriu ao tocar o rosto de Taehyung e o beijar com carinho.

Midori tinha se tornado a mãe que Taehyung nunca teve na vida. Desde que a conheceu, a mulher cuidava e se preocupava com ele como se fosse um de seus verdadeiros filhos. Taehyung, que nunca teve uma figura materna, hoje podia dizer sem sombra de dúvidas que tinha sido presenteado com uma.

Hoseok observava todas as pessoas naquela casa, se lembrando da promessa que fez a si mesmo quando mais jovem de ter uma família grande. Suspirava orgulhoso de ter conseguido. Quatro filhos que amava mais do que tudo no mundo, e duas pessoas extraordinárias para dividir seus dias até a eternidade. A cada descoberta dos filhos e a cada dia de companheirismo dos maridos, Hoseok descobria novos sinônimos, jeitos e formas de amar.

Estavam todos ali. Namjoon, Maria, a filha e agora o pequeno Hyunjin, filho mais novo do casal de amigos. Jin estava acompanhado da namorada Lalisa. Se casariam em breve. Jimin e Jungkook moravam juntos em um apartamento no centro de Seoul e, mesmo com a agenda cheia do modelo e os plantões no hospital, deram um jeito de comparecerem. Todas as pessoas importantes em suas vidas estavam ali reunidas como uma família, como Hoseok sempre sonhou.

Depois de comerem e as crianças parecerem cansadas de correr pelo extenso quintal, Yoongi observava os dois maridos sentados embaixo da árvore, rodeado pelos pequenos. Sempre ficou admirado como eles levavam jeito com as crianças. Se aproximou dele e de Hoseok naquela pequena rodinha, se sentando ao lado deles no gramado fofo.

– Tio Tae, por que a Honey e o Hope tem três pais, e eu só um? – perguntou Hyunjin com os olhos curiosos nele.

A pergunta inocente faz com que todos rissem, achando engraçado a cara de Taehyung ao pensar em como explicar àquelas crianças sobre sua relação um tanto complexa.

– É Tae, quero ver explicar isso aí! – gritou Jin com um sorriso sarcástico nos lábios, fazendo Taehyung desejar não estar rodeado de crianças para poder mostrar o dedo do meio para o irmão.

Taehyung olhou para o garoto e sorriu nervoso, elaborando a melhor resposta que conseguia.

– Porque temos muitos filhos, Hyunjin, querido. Se fosse apenas dois ou um, não dariam conta de cuidar de tantas crianças. Por isso o papai do céu fez com que eles tivessem três pais. – sorriu ao dizer, tentando ser breve e não estender demais aquele assunto.

A filha Honey levantou os braços magrinhos para pedir permissão para fazer uma pergunta ao pai.

– Diga, filha. – sorriu Taehyung para a garotinha.

– Papá, como você, papa Yoon e o papa Hoseok se conheceram? – perguntou Honey curiosa.

Taehyung encarou a filha surpreso com aquela pergunta, se dando conta de que nunca explicou muito como tudo aquilo aconteceu. Percebendo a surpresa do marido, Yoongi e Hoseok sabiam que precisavam ajudá-lo naquela situação. Yoongi pegou a pequena Sun dos braços de Taehyung, enquanto a bebê resmungava ao tentar puxar a grama com os dedos gordinhos.

– Vocês querem saber como nós três nos conhecemos? – enfatizou Yoongi olhando para as crianças que concordaram animadas.

Yoongi suspirou e olhou para elas enquanto segurava a pequena Sun nos braços. Sorriu ao se lembrar de cada detalhe daqueles dias mágicos em Roatán, onde aprendeu que dois amores sempre fazem mais história que apenas um, que uma dor não se sente sozinho e que um grande amor pode surgir quando menos se espera.

– Bom, isso foi há muito, muito tempo... Tudo começou quando viajamos para o outro lado do mundo, em uma ilha na América Central, chamada Roatán...

Fim.

🌴🌴🌴🌴

Estou muito feliz em mais uma vez concluir essa história, consegui enxergar o quanto progredi na escrita e como autora reescrevendo cada capítulo. Mas enfim eu consegui e logo essa história vai virar livro físico e eu estou tão, mais tão feliz!  Sigam os personagens nas redes sociais e acompanhem o trisal e seus filhos por lá. Obrigado quem me acompanhou até aqui, e espero vê-los nas minhas outras histórias! 

hoseokritmo l @taeritmo l @yoongiritmo