Capítulo Vinte Oito

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Porque diabos ela estava demorando tanto? – Ficava pensando, enquanto olhava para a porta por onde Melissa havia saído e não voltara até agora.

 – O que você acha, Sr. Altherr?

 – Como? – Merda. Sem ela ao meu lado, minha concentração ia para o espaço. Se bem que se ela estivesse ao meu lado, estaria completamente distraído também.

– Perguntei se o senhor está de acordo com a trilha sonora do comercial...

 – Estou totalmente de acordo. Confio em você! Agora se me der licença.

– Mas... – Lanço um olhar duro em sua direção. – Tudo bem, senhor. Obrigado pela confiança. – Diz, suspirando.

Aquilo já estava se tornando uma palhaçada. Não precisava fazer parte dos bastidores deste comercial. O que eu deveria fazer era cuidar da exibição e fazer com que aquilo cresça. Eu poderia ir embora, mas claro que estava ali pela Melissa. Sabia o quanto ela estava feliz com tudo aquilo.

Vou em direção a porta, mas paro no caminho quando meu celular começa a vibrar em meu bolso.

– Altherr. – Atendo.

 – Senhor. – Um de meus seguranças, Ramirez, responde, seu tom de voz nada tranquilo.

 – Houve alguma coisa, Ramirez?

 – Houve, senhor. Perdemos de vista o Sr. Miranda. Acho que ele conseguiu invadir nosso sistema, também.

 – COMO É?! – Grito, sentindo o sangue começar a esquentar em minhas veias. – Tente recuperar. – Desligo e corro para fora da casa, não me importando com os olhares assustados de todos.

Precisava achar a Melissa, sentia que alguma coisa poderia acontecer.

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 – O que você quer? – Não podia impedir das minhas lágrimas caírem. Elas não eram de tristeza e sim de ódio. Estava com ódio do homem que estava me lançando um sorriso debochado em minha direção. Do homem que me contou mentiras e quase fez com que eu e Jonathan nos separássemos.

 – Eu quero a senhorita fora do meu caminho. – Sua voz fria e quase inaudível está me causando enjoos. Uma vontade muito forte de vomitar se fez presente.

– Isso que eu quero também. Deixe-me ir embora. – Minha voz sai fraca, quase sussurra, enquanto tento abrir a porta. Estava trancada. URGH!

 – Só deixo-a ir se aceitar minha proposta, Srta. Cavicchioli. – Dá ênfase em meu sobrenome.

 – O que você quer?! – Pergunto em desespero, tentando engolir o choro.

– Eu quero que você se separe do Jonathan, suma da vida dele, se mude para outro lugar e se demita da empresa. – Diz, sua voz calma demais. – Você está atrapalhando meus planos. Sempre atrapalhou. Incrível como o destino quer colocar um Cavicchioli em meu caminho.

– Como?! – Estava confusa, como assim colocar um Cavicchioli no caminho dele?

 – Eu nunca vou me separar do Jonathan! – Digo, coragem correndo em minhas veias. – Eu não aceitarei nada de sua proposta!

 – Se você não fizer nada do que eu propor, menina insolente! – Ele agarra meus cabelos e aproxima meu rosto do seu. Fecho meus olhos e prendo a respiração, tentando aguentar a dor de seus dedos puxando meu cabelo. – Você terá o mesmo fim que a sua mãe vagabunda e seu irmão retardado. – E assim, me solta.

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