promessa

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Notas do Autor

***IMPORTANTE***
1) A história se mantém a mesma da obra original até o dia do aniversário da Bella. Ela começa na manhã seguinte ao evento.
2) Os capítulos são divididos pelos pontos de vista de Bella e de Jasper, intercalados. A ideia é que vocês consigam ter os dois lados dos acontecimentos e consigam visualizar ainda melhor a história.
3) Todo capítulo terá uma música ‘tema’ (com exceção desse), digamos assim, e ela sempre terá a ver com o assunto/momento da história. O link dela estará nas notas finais e é uma experiência interessante.
4) Gosto de usar exemplos reais. Então, se eu citar alguma foto ou coisa do tipo, o link da mesm

De resto, espero que gostem e que aproveitem. Eu me dediquei muito para escrever algo bom e que transmitisse uma possibilidade diferente para nossos amados personagens. Eu amo Jasper/Alice e Edward/Bella, mas gostaria que vocês percebessem pelos meus olhos que, talvez, tudo o que Jasper precisava eram de coisas que Bella seria a única capaz de dar.
Boa leitura. 😊

(Pov Bella)

    A claridade entrava pela janela do quarto, me obrigando a acordar. Me remexi de má vontade, tentando cobrir meus olhos com o travesseiro, mas algo me impediu. Xinguei baixo ao sentir uma dor aguda vindo do meu antebraço e percebi que meus pontos haviam agarrado nos fiapos do cobertor. Cuidadosamente fui desenganchando os nós e me estiquei, encarando minha enorme ferida ainda manchada de sangue. Levantei e fui até ao banheiro, me olhando no espelho, tentando evitar – inutilmente - lembrar da noite anterior.
“Eu peguei o pequeno pacote, rolando meus olhos pra Edward enquanto colocava meu dedo na boda do papel e o puxava por baixo da fita.
- Droga. - Eu murmurei quando o papel cortou meu dedo; eu o puxei para examinar o estrago. Uma pequena gota de sangue saia do pequeno corte. Depois disso tudo aconteceu muito rápido.
- Não! - Edward rugiu. Ele se jogou por cima de mim, me jogando por cima da mesa. Ela caiu, assim como eu, derrubando o bolo, os presentes, as flores e os pratos. Tudo caiu numa bagunça de cristais quebrados. Jasper se chocou contra Edward, e o som pareceu com o de um deslizamento de pedras. Houve outro barulho, um terrível rosnado que parecia ter saído de dentro do peito de Jasper. Jasper tentou passar por Edward, mostrando seus dentes a apenas alguns centímetros do rosto de Edward. Emmett pegou Jasper por trás no outro segundo, prendendo ele no seu volumoso aperto de aço, mas Jasper lutou com ele, seus olhos, selvagens, vazios, só se focavam em mim. Depois do choque só ficou a dor. Eu caí no chão ao lado do piano, com meus braços jogados para trás instintivamente para aparar a minha queda, jogando-os nos cacos de vidro quebrado. Só agora eu sentia a dor queimando, pulsante, que corria desde o meu pulso até a dobra do meu cotovelo. Confusa e desorientada, eu olhei para cima por causa do sangue pulsante que saía do meu braço - e olhei para os olhos de seis vampiros repentinamente vorazes.”
Sacudi a cabeça numa tentativa idiota de afastar a cena. O olhar de Jasper havia me causado pesadelos por toda a noite, mas não pude deixar de sentir pena dele. Ele odiava ser daquele jeito, tão diferente de seus irmãos, e sempre fora o mais solitário dos Cullen; a preocupação da família. Apesar disso tudo, ele era extremamente educado, charmoso e misterioso. Parecia o mais infeliz dos Cullen e aquela melancolia me atraia estranhamente.
    Cheguei ao estacionamento da Forks High School e me permiti ficar um pouco mais dentro do carro usufruindo do calor.
Edward reagiu muito friamente a noite anterior e aquilo estava me deixando desconfortável. Eu não queria que sua obsessão por minha segurança atrapalhasse o nosso namoro.
O relógio apontava uma hora além da que eu esperava e notei que a aula já começara. Olhei em volta e nenhum carro dos Cullen estavam por ali. Eu sabia que tinha pouco tempo antes de Alice descobrir, então acelerei minha idosa caminhonete ao máximo que pude e peguei a estrada em direção a casa deles.
   Antes de estacionar, pude ver Edward sentado na escadaria da frente da grande casa e isso inundou o meu coração em alívio. Caminhei até ele me controlando para não correr e para não tropeçar nos meus próprios pés. Me joguei em seus braços, que me acolheram instantaneamente.
- O que faz aqui? – Perguntou Edward. Sua voz era dura, diferente da voz aveludada que ele geralmente tem.
- Matando aula para namorar como qualquer adolescente. Experiências humanas, lembra? – Eu disse, tentando soar engraçada, mas sua expressão não relaxou. Levantei do seu colo, me sentando ao seu lado. – O que foi, Edward? – Ele relutou, mas virou-se para me olhar.
- Isso não é certo, Bella.
- É só um dia de aula, Edward. Eu nunca falto, não vai ter problema.
- Não! – Berrou ele, se levantando numa velocidade inumana e parando alguns metros distantes de mim. O seu não havia me feito estremecer; ele nunca havia gritado comigo antes.  – Eu não estou falando disso. Como pode ter coragem, ou melhor, tamanha insanidade para voltar aqui depois do que aconteceu ontem? Você não tem o mínimo de amor pela sua vida? – Edward andava furiosamente de um lado para o outro enquanto falava, gesticulando. Eu me encolhi no degrau da escada, abraçando os meus joelhos. – Acho que o melhor é irmos embora. Eu não posso ficar... não posso, você sempre acaba se machucando. – Ele continuou falando, sem olhar para mim. Meu coração batia aos solavancos em meu peito, eu sentia o ar passando com dificuldade em minha garganta e minha visão ficou turva.
- Vo-você está terminando comigo? – Murmurei, entre soluços. Ele me olhou e se aproximou, limpando as lágrimas que caiam.
- Eu acho que seria o melhor para você, Bella. Não posso abandonar minha família e não posso te privar de viver sadiamente. – Eu não conseguia acreditar nas palavras que estava ouvindo. A dor era tão ruim quanto cortar todo o braço em meio ao vidro.

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