A criação...

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A alguns anos atrás, no continente dos humanos um cientista estava a criar um pecado, um sacrilégio...

- Você vai precisar disso... - Dizia uma voz mais velha, soldando algo.

- Mestre... Preciso lembrá-lo de que é estritamente... - Dizia uma voz robotizada que ecoava em toda a sala.

- Criar ciborgue ou qualquer outra forma de estender ou mexer na vida humana... - Dizia a voz mais velha, parando de soldar e suspirando. - Eu sei que irei pagar um preço muito grande, mas... Eu não tenho filhos ou sucessores, essa é a única forma de manter ela protegida... - Dizia o emissor daquela voz, que estava de costas para o tal ciborgue e se apoiando na mesa para não cair. - Preciso terminar ele logo... Antes que cheguem aqui, eu preciso colocar a última peça... Que é a fonte de energia perpétua...

- Mestre... Eles... Eles chegarão... - Dizia a voz robótica, que estava com um tom mais grave expressando tristeza.

- Está tudo bem... - Dizia aquela voz mais velha, que estava muito calma e serena. - Eu terminei de montar ele... - Dizia a voz mais velha vagando pela sala, cobrindo uma criança e indo até o seu amigo com voz robótica. - Me desculpe, mas... Você pode acordar ele por mim...? - Dizia aquela voz, que estava sorrindo enquanto ouvia os guardas arrombando as portas do lugar. 

- Claro que sim, mestre... - Dizia a voz robótica, que chorava pelos seus circuitos. - Obrigado... Dominique... - Dizia vendo seu mestre sendo empalado e esquartejado, ficando irreconhecível.

- O que é isso? Uma criança? - Dizia um dos guardas que levantava sua espada para atacar a criança, mas, sua espada foi bloqueada. - O que é você!? - Dizia o guarda, se afastando daquele ser que aparentava ser um humano comum, mas, havia parado sua espada com o antebraço.

- Você não sabe o que eu sou...? - Dizia aquele ser que emanava um calor alto com o levantar de seus braços. - Eu sou um ciborgue... 

- Pecado maldito! Deve ser destruído! - Gritava o guarda que por segundo olhou para trás, percebendo que todos os seus companheiros estavam caídos no chão, agonizando de dor por conta do calor e quando olhou de novo para frente...
Viu a morte nos olhos.

- Quer dizer que eu sou um pecado? - Dizia o ciborgue, colocando umas das mãos na cabeça do guarda e a outra na criança. - Quer mesmo brincar disso? - Dizia defendendo uma espada que fora lançada contra a criança, que o mesmo rapidamente o envolto em suas vestimentas. - ..... Flame....

Após alguns minutos, ele se levanta dos escombros do lugar...
Estava devastado, não havia sobrado nada, além do ciborgue e aquela criança... 

- Hm... - Murmurava o ciborgue, que não parava de olhar para aquela criança. - Porque me trouxeram de volta? - Pensava consigo mesmo, olhando para o céu que estava cheio de estrelas. Que lindo... - O mesmo sente a criança morder o seu dedo e desvia seu olhar das estrelas, que vai diretamente nos olhos do criança. - Então é por isso... cumprirei o seu desejo e espero que não seja tão chato quanto você diz... Velho... - Pensava o ciborgue, de olhos fechados e sentido o vento passar.

O ciborgue se levanta, e começa a vagar para uma árvore e senta-se nos pés da mesma...

- Ele esqueceu de me dizer o seu nome... - Dizia olhando a criança. - Hm... Vou te chamar de...

O Mistério dos  GrandmasterWhere stories live. Discover now