A noite do Canlamai

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Sua vida dera uma grande reviravolta, não deu uma forma boa. Uma tarde você estava caçando comida com seu cunhado e amigo, Erin, para alimentar sua família, no outro estava matando um enorme lobo com aparência sobrenatural.
Veja só, você não o mataria, mas a fome deixou seus pensamentos turvos, você só queria chegar em casa com comida suficiente para se deitar e descansar perto da lareira, aquecer seus ossos do frio incansável. E aquele lobo era enorme.

Mas então uma fera o levará, acusando-a de matar um feérico, e cobrando sua parte do tratado. No fundo de sua mente lhe passará o pensamento sobre o grande lobo ser algo mais do que um simples lobo, mas feéricos não eram vizinhos amigáveis de qualquer forma, você não se arrependera.
Então foi arrastada para além da muralha, deixando para trás aqueles que amava.

Já faziam três dias que você fora levada, passava maior parte do tempo no quarto, observando pela janela as árvores verdes e o céu sempre azul.
A enorme mansão parecia vazia, embora jurasse que ouvia sussuros pelos corredores vazios. Sua única companhia era Alis, que ia embora quando se cansava de suas intermináveis perguntas com um simples " você fala demais menina, tenho que ir" , e Tamlin, que não era desagradável, mas tão pouco fácil de entender.

Não lhe passava na mente porque alguém se forçava a elogiar e ser tão amigável com alguém que ele obviamente não se importava tanto assim.

Mas então você conheceu Lucien, enquanto saia em disparada para a porta da frente após uma breve discussão que resultou com Tamlin ficando zangado com qualquer pequena coisa.

- Francamente, feérico dos infernos -voce resmungou abrindo as portas e se chocando contra um corpo duro.

- que boca adequada para uma humana - uma voz rouca e forte entrou em seus ouvidos.

Quando você olhou para cima sentiu o ar se prender no pulmão, o homem a sua frente era extremamente delicioso. O corpo alto e tonificado, vestindo roupas de caça, os cabelos reluzindo como chamas vermelhas,uma máscara de raposa adornando o rosto forte e bem marcado,mas seus os olhos de corsa, eram penetrantes... Okay, você soava como uma maldita adolescente.

Você não era uma donzela no quesito amor, mas acha que experimentou algo parecido no momento em que seus olhos se conectaram, ondas de calor irradiando daqueles olhos.
Você acha que ele também estava perdido no transe, esperava que sim, pois seria patético ver sua cara neste momento, perdida em algum lugar enquanto o observava. Ele engoliu em seco e estendeu a mão para lhe ajudar a levantar.

Tinha se esquecido que estava lá até então, mas quando suas mãos seguraram as deles, o deus...você está ferrada.

- eu sou...- ele sussuros, os olhos com um brilho enigmático, a sua voz aflorando cada poro de seu corpo, suas mãos ainda unidas por mais tempo que o necessário.

Uma tosse a tirou do mágico devaneio, era Tamlin - vejo que conheceu meu emissário, Lucien, Lucien essa é s/n, nossa convidada.

Após isso você se viu agindo como uma maldita adolescente, você não era assim. Absolutamente esse era o papel de sua irmã, rosas, charme e tudo mais. Você era prática, direta.
Mas agora se via achando tentadora a ideia de escorregar apenas para saber como aqueles braços tonificado e firmes se sentiriam ao seu redor, uma ideia realmente tentadora.

Então as breves conversas durante o jantar se tornaram mais longas, sempre debatendo sobre pequenas coisas e fazendo comentários sarcásticos sobre seus vestidos extremamentes frufru ou como seu cabelo parecia um ninho de pássaros. E quando Tamlin não estava por perto Lucien se oferecia para levá-la para passeios, com o pretexto de que a casa poderia lhe deixar entediada. Ele falava sobre as plantas e sobre algumas criaturas que passavam por nós, você ficava maravilhada enquanto o ouvia jorar informações sobre as pequenas flores .Então você se viu cada vez mais encantada naqueles homem misterioso, sarcástico e incrivelmente astuto.

A Noite Do Canlamai/ LucienOnde histórias criam vida. Descubra agora