Prólogo

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O lugar era um misto de arquitetura gótica e industrial, onde os céus permaneciam dia e noite escuros. O ar úmido e frio se misturava ao odor fétido que escapava de cada esquina, das ruas de paralelepípedos lamacentos, marcados pelos passos dos moribundos.

Em uma grande construção, com o topo marcado por duas gárgulas, Jason se encontrava. Sentado em um trono de pedra na cobertura, ele observava a estátua do cérbero de estimação; o animal ganhava vida ao chamado dele. O ex-reitor de Cazard, batucava um recipiente de vidro onde um globo ocular de íris castanha flutuava em um líquido viscoso.

— Senhor! — Gemini surgiu no topo na entrada da cobertura, usando um grampo manual para ajustar a pele sintética que despregava do corte que tinha no pescoço. O restante do corpo remontado, estava coberto pelo terno preto que usava. — Não sei se o tanque funcionará.

— Nasceu a porra de uma flor no meu olho! — gritou Jason, voltando a atenção para o outro e apontando para o tapa-olho preto que usava no olho esquerdo. — Maldito pólen de fada! Esse tanque precisa funcionar. Eu tenho que conseguir o que sempre busquei, o que é meu por direito!

 Eu tenho que conseguir o que sempre busquei, o que é meu por direito!

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A caravana dos condenadosWhere stories live. Discover now