A Safira Amaldiçoada •[Jikook]•

Único

1987, Museu da História Natural de Londres, 17:30 p.m

Apressado, ansioso e com medo. Era assim que um desconhecido estava naquele momento, andando em passos rápidos pela grande rua famosa de Londres, Exhibition Road. O homem estava segurando sete caixas, uma dentro da outra, e numa delas continha uma pedra que estava cercada de amuletos de proteção e acompanhada por uma carta, dizendo: "Quem quer que queira abri-la, deve primeiro ler este aviso e, em seguida, fazer o que quiser com a joia. Meu conselho para ele ou para ela é jogá-la ao mar. Esta joia está triplamente amaldiçoada e manchada de sangue e desonra de todos os que a têm tido na sua propriedade."

Subiu os degraus da escada de entrada do museu esquivando-se das pessoas que ali estavam em grupos conversando entre si que pareciam não perceber sua presença ali, o que era bom, pois assim, não iriam o reconhecer ou mexer nestas caixas. Então, ele entrou e deixou o objeto num canto escondido do museu, faltavam 15 minutos para a instituição fechar e as pessoas já estavam indo embora, satisfeitas ao terem vistos belas artes ali. E quando percebeu que agora estava livre, saiu do museu respirando fundo e aliviado por não ter acontecido nada consigo em seu trajeto. O motivo dele ter colocado num museu e não jogado ao mar como dizia na carta era de que ele queria manter a joia guardada num lugar onde que pessoas não iriam ser donas dela, e sim, apenas para apreciá-la, afinal, museus são para isso, buscar, conservar e expor objetos de interesse duradouro ou que tenha algum valor artístico ou histórico, e essa joia tinha sim, um brilho e muita história pra contar.

18:15 p.m

Carter, o conservador do museu estava pronto para ir embora depois de ter apagado algumas luzes, até que percebeu algo diferente entre algumas obras antigas, uma caixa de porte médio esquisita. Pensou que alguém pudesse ter esquecido e foi até lá ver. Avistou uma carta e tratou de ler, e claro, achou aquilo uma baboseira. Abriu as caixas ignorando os amuletos de proteção e enfim viu a belíssima joia e então, percebeu que era uma safira, e logo atirou dali.  Pensou em colocá-la como uma das centenas de obras que havia ali, pensou em colocar nos jornais sobre uma misteriosa joia encontrada no museu, porém poderia atrair algumas pessoas para roubá-la, então quis vendê-la, já que foi ele que a encontrou, sendo assim, era dele. E dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar.

Um mês depois, jantar da fundação Jeon

Jeon Jimin estava se aprontando com a ajuda de uma das empregadas que a família Jeon tinha, ele queria estar belíssimo para esta noite, pois era muito importante para a família Jeon (eles eram como uma gangue, mas que escondiam isso como sendo uma companhia de apostas em cavalos, mas quem se atrevesse a entrar em seu caminho, ficaria cego dos olhos, literalmente). Estava usando uma camisa branca do tecido mais caro e bonito que havia, um terno e usava sapatos de cano preto. Seus cabelos raspados nas laterais e atrás da cabeça, deixando um alto contraste com o estilo de seu cabelo liso no topo, assim como de todos os homens da família e companhia Jeon. Sentou-se em frente ao espelho, vendo a mulher colocar um lindo colar de safira em volta de seu pescoço. Sorriu ao ver como ficava bem em si o presente que Jungkook havia lhe dado no dia em que se casaram, ou seja, ontem, depois colocou sua gravata borboleta. Agradeceu à senhora que o ajudava e partiu para esperar seu marido no carro, não demorou muito e ele chegou, sentando-se ao lado de Jimin.

 — Você está perfeito, meu amor! Principalmente esta safira em você.  — Disse Jungkook depois que cumprimentou Jimin com um beijo ao segurar sua mão. Jungkook também usava terno preto, com uma camisa branca por dentro e uma gravata borboleta também.

 — Obrigado meu amor, você também está.  — Sorriu se aconchegando ao marido e depois Jungkook começou a dirigir indo ao local da festa.

Ao chegarem e adentrarem o local,  se separaram por um momento para falar com os convidados e a família deles. Jungkook foi conversar com seus três irmãos assim que os avistou, pegando um drink para começar a beber junto a eles.