capítulo único - lábios doces assim.

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Oi!! One fofinha pra pedir desculpa para quem lê Azeitona pelo atraso, meu notebook ainda está arrumando e eu não faço ideia de quando fica pronto :( 
Tive a ideia disso aqui vendo um reality de confeitaria francês, pensei que adrinette se encaixaria muito bem na dinâmica jurado e participante. Boa leitura, espero que gostem, votinhos e comentários são sempre aceitos, viu?

(...)

Marinette sempre soube lidar bem com pressão. Sendo a única filha de um padeiro e de uma confeiteira, crescer numa padaria recheada de clientes ― alguns mais educados do que outros ― era sinônimo de ter que ajudar com uma coisa ou outra, tal como ouvir uma gritinho, abafar uma confusão ou murmurar um pedido de desculpas quando ouvia um 'anda logo' aqui e acolá.

Viver vinte e um anos entrando e saindo do negócio da família fez com que Marinette, além de ter a calma e paciência de uma santa, também aprendesse a fazer doces como ninguém ― "quer um pãozinho? Chama a Marinette!" "Um bolinho? É com ela mesma!" "Macarons? Ninguém faz melhor do que ela!" ―. A habilidade era muito bem-vinda na hora de fazer uma encomenda ou outra e de vender bombons na faculdade para pagar seus materiais de costura, mas nada além disso.

Bom, isso até o dia em que um verdade ou desafio na casa de Luka, seu melhor amigo, rendeu uma inscrição no Sugar Rush, um reality show de confeitaria que há três anos absolutamente todo mundo tentava convencê-la a se inscrever. Com um suspiro, um gole de tequila e um 'eles nunca vão me chamar, vocês estão perdendo tempo', Marinette deu início à inscrição no programa.

Quatro meses depois, usando um dólmã cor de rosa e de frente para dois chefes confeiteiros que nunca em sua vida imaginou conhecer, dava início às gravações da terceira semana da temporada. Havia se saído bem nas últimas semanas, com uma torta de maçã vencedora na segunda e carolinas recheadas de chocolate elogiadas na primeira.

O reality era formado por três jurados: Pierre Hermé e Dominique Ansel, ambos chefes patisserie e chocolatiers que Marinette jamais pensou ver tão próximos ― o máximo que já tinha chegado perto de um deles era na chocolateria de Pierre, mas sequer tinha comprado algo porque, com todo respeito pela arte e trajetória do cara, ela tinha amor próprio e se recusava a pagar dezoito euros numa barra de chocolate ―, e um famoso que vinha semanalmente como jurado convidado. E ela realmente queria dizer famoso, não era nenhuma subcelebridade de quinta, porque os desgraçados da produção queriam ver todo mundo se desconcentrando e se ferrando. Os temas das tarefas normalmente tinham a ver com uma história que contavam, porque fazer um doce ruim baseado numa superação de vida de alguém idolatrado por todo o continente não era nada demais, não. Sem pressão.

E naquele momento, no momento em que ele entrou pela porta, Marinette desejou mais do que nunca não ter se inscrito naquela porcaria de programa. Em sua frente, havia ninguém mais, ninguém menos do que Adrien Agreste, Apolo em sua forma humana, com aqueles olhos verdes maravilhosos e fios de cabelo cor de luz do sol. E não era como se ela fosse uma tiete escandalosa ou algo do tipo, mas ela estudava em moda e ele era, tipo, uma referência do caramba ― e o homem mais lindo do mundo, mas aquilo era só um detalhe.

― Acho que pela cara de alguns, ― Dominique começou, dando risada. ― Vocês já conhecem ele. Mas, para o caso de alguém estar vivendo debaixo de uma rocha nos últimos vinte e quatro anos, Adrien, se apresente, por favor.

― Bom, meu nome é Adrien Agreste, e pelo contrário do que Dominique falou, não tem problema nenhum se vocês não me conhecerem. Eu sou modelo, alguém aí já deve ter visto meu rosto em um outdoor ou outro. E se não me conhecerem, talvez conheçam meus pais, Emilie e Gabriel Agreste, eles são famosos também.

sugarcube • adrinetteWhere stories live. Discover now