♡ Eda ♡

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Não há um segundo em que Eda não olhe para Serkan e pense:

Será que ele se lembrará de mim algum dia?

Será que nosso amor será maior do que as dificuldades que enfrentamos agora?

Será que eu serei forte o suficiente para continuar com isso até o fim?

Será? Será? Será?

As dúvidas a rondavam constantemente e a faziam ir do céu ao inferno com toda essa esperança tola que era massacrada pelo mesmo. Serkan já havia ficado perito nisso. Em usar suas palavras como uma adaga e crava-las bem fundo no seu coração, dilacerando-o cada vez que sua boca se abre.

Fora dessas portas nós somos apenas parcerias e nada mais.

Nunca. Eu me casarei com Selin em breve.

Selin, você quer se casar comigo?

Todas as vezes Eda sentiu sua alma morrer um pouquinho e o fio de esperança de que seu Serkan voltaria, se partia mais e mais. Ela estava cansada. Exausta na verdade. E o jogo que ela própria começou só fez com que tudo desse errado. Com que Serkan só a ataca-se cada vez mais. Era o suficiente para ela. Sua tia lhe disse para lutar pelo seu amor, mas Eda nem sabia se esse amor ainda existia ali ou se eram apenas os sentimentos das doces lembranças que abrigam sua mente que a faziam agir assim. Não deveria doer tanto. Amar não deveria fazer o coração sangrar tanto.

Os sons evento beneficente da empresa a trás de volta à realidade. Quando Aydan inventou essa ideia sem pé nem cabeça, Eda quase bateu o martelo junto com Serkan de que não havia necessidade. Ela entendia que era por uma boa causa, mas a empresa estava com pilhas de trabalhos que exigiam a atenção deles e um evento não estava nos planos. Mas quando ela jogou a cartada de que era para arrecadar fundos para jovens terem seus estudos terminados, Eda sabia que não conseguiria dizer não. Ou ela só queria se livrar da ex sogra para ter paz? Essa é uma pergunta que ela se faz até hoje.

- Dada? Você está bem, querida? Esta toda escondidinha aqui.

- Eu estou bem, Melo. Só queria um pouco de paz.

Eda responde a amiga que tenta convence-la a voltar ao centro de tudo. Não, obrigada. Selin e Serkan já fazem isso muito bem por todos. Só de lembrar que eles estão agora se gabando do seu relacionamento para as câmeras lhe dá ânsias. A presunção de Selin e o toque possessivo dela sobre ele a fazem querer gritar. Por que justo ela, Serkan? Por que justo a mulher que sempre foi o meu ponto fraco em relação a você?

Eda gostaria de perguntar a ele, mas seria em vão, ela já sabe da resposta.

Eu me lembro de Selin e somente dela.

Como dói ser apagada da vida de alguém. Como dói ser descartada assim e ter todos os seus sentimentos menosprezados por aquele que prometeu lhe amar sempre. É o que mais dói. A insensibilidade dele em relação a como tudo isso a afeta. Seu Serkan não faria isso. Ele veria a dor em seus olhos. As mentiras contadas pela sua língua. Ele a conhecia. Esse Serkan não possa de uma casca vazia.

- Está na hora de aceitar, Eda. Talvez.. talvez esteja na hora de deixar para lá.

Eda sussurra para si tais palavras que ficaram em sua mente por dias, mesmo ela as recusando sempre. Ela está dividida. Ainda guarda a esperança de que Serkan retornará, mas após o beijo daquela noite em que ele foi até ela, ele foi, a beijou e no final só fez isso para debochar ainda mais dela, foi o início do fim. Tudo tem um limite e o de Eda estava chegando.

Eda continua em seu canto escondida, rezando para que nenhum repórter a encontre. Ela não quer falar sobre sua carreira, nem sobre o seu noivado com Deniz. Principalmente o último. Na verdade, ela já estava sentindo que esse jogo deveria ser encerrado. Deniz está começando a deixa-la incomodada com suas ações. Com suas declarações exageradas e gestos muito íntimos. Já está ficando desconfortável.

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