(Cashton) Possessivo

Capítulo Único.

Ashton Irwin definitivamente não tinha nada contra boates. Gostava da animação e da luxúria que o ambiente carregava. O que acontecia era que naquela noite ele não estava com qualquer humor para aquilo. Queria ficar em casa, ver algum filme, ficar no calor de seu apartamento e poder descansar de uma semana exaustiva de trabalho. Mas ele, aparentemente, não poderia fazer aquilo. Não quando Calum Hood queria porque queria sair para uma boate.

Calum e Ashton namoravam há um pouco mais de dois anos e ambos dividiam um apartamento e tinham um relacionamento até mesmo estável. Bom, tirando as brigas do mais velho por ciúmes em relação ao moreno, ou sua proteção exagerada, tudo era realmente tranquilo. Ambos se entendiam, se amavam, e Ashton fazia tudo e qualquer coisa por Calum.

Era por isso que naquela noite ele estava num lugar infestado de pessoas, quando queria estar na calmaria de seu apartamento.

– Ah não, Ash, que cara feia. Vamos, se anime – O mais novo disse em tom alto por causa da música, num meio sorriso, abraçando o namorado por trás, deixando um singelo beijo na nuca do castanho.

– Você já me obrigou a estar aqui, Calum. Não me peça mais coisas impossíveis. – Disse num murmúrio também alto, ignorando o costumeiro arrepio que sentia com os toques do mais novo.

– Você é um chato, Ashton. Como me apaixonei por você? – Falou num suspiro, soltando-se do castanho para poder andar por entre as pessoas que dançavam e alcançar o bar. Sequer dera um passo e sentiu os braços fortes do mais velho contra sua cintura, puxando com certa violência sem dizer qualquer coisa que fosse – Possessivo. – Calum falou para si mesmo, escondendo um mínimo sorriso.

Não tardaram para alcançar o mini bar que havia no meio da boate. Era um imenso balcão em forma de circulo com vários barmans dentro, oferecendo os mais diversos tipos de bebida. O casal se acomodou sem qualquer problema nas cadeiras que haviam em volta do balcão, enquanto o mais novo pegava um cardápio plastificado, para assim, escolher a bebida de ambos.

– Calum – O mais velho chamou alto por causa do imenso barulho da música, esperando ganhar a atenção do moreno, logo obtida.

– Que é? – Respondeu no mesmo tom, tirando os olhos do cardápio e assim, dando sua total atenção ao namorado.

– Preste bem atenção... Eu vou ao banheiro e você vai ficar aqui, quietinho. Não vai falar com ninguém, olhar pra ninguém e se algum filho da puta insistir, quebre um copo na cabeça dele. Eu volto logo. – Murmurou tudo contra a audição do namorado que apenas riu dos ciúmes obsessivos do outro. – Toma cuidado Calum. – Disse por fim, depositando um leve selar sobre os lábios carnudos do mais novo, que sorriu em meio a um aceno.

Ashton realmente não demorou. Deve ter gasto no máximo uns dez minutos entre o percurso de ida e vinda. E era exatamente isso que ele tinha na cabeça ao ver seu namorado sorrindo pra um barman qualquer filho da puta, enquanto o mesmo segurava o pulso do seu moreno. Dez minutos. Dez míseros minutos.

O castanho chegou perto do bar, já puxando Calum pelo pulso, sem sequer deixar o mesmo falar qualquer coisa que fosse. O arrastava por entre o tumulto de pessoas, procurando um lugar mais isolado, podendo assim, empurrar o mais novo contra a parede do recinto.

– Eu te deixo dez minutos sozinho, Calum Hood. Dez minutos. E você já estava de papinho com outro? – Falava num tom completamente raivoso, apertando os dígitos contra a cintura fina do moreno.

– Argh! Ashton, para com isso e me larga. O Luke só quis ser simpático. – Disse bufando enquanto revirava os olhos. Tinha momentos que o ciúme do castanho era o cúmulo do absurdo.

– Luke? – Repetiu o nome completamente enojado, como se estivesse falando da coisa mais grotesca do mundo.

– Sim, o barman, Luke Hemmings. Ele só me viu um pouco pensativo e quis conversar. Então no meio disso eu acabei falando que trabalhava como professor de violão e ele se interessou em ter algumas aulas, e logo eu dei meu número, e ai... – Tivera sua frase interrompida por um gemido de dor vindo de si próprio ao sentir os dedos longos do mais velho fincando de maneira tão violenta contra sua tez morena.