Na broderagem, é claro - MINSUNG

Aposta Idiota

Tudo começou com aquele filme estranho que o Minho hyung estava assistindo. Eu tinha acabado de chegar no apartamento que dividimos, estava exausto por conta das aulas da faculdade e do estágio que eu estava fazendo, queria apenas me jogar no sofá por um momento e depois tomar um bom banho, se a coragem me permitisse.

— Hyung, faça uma massagem no meu pé, por favor...

Eu pedi, me jogando sobre o corpo dele e me arrastando no sofá até encontrar uma posição boa.

— Você deve estar com chulé. Vai tomar um banho que eu faço.

Bufei, estava com preguiça até para respirar, mas levando em consideração que ele disse que faria, levantei com toda a minha falta de vontade e corri para o banheiro.

Acho que mal levei cinco minutos no banho, mas juro que me limpei bem direitinho, com a água morninha me dando mais sono ainda. Vesti meu pijama e saí preguiçosamente, novamente me arrastando até o Minho, colocando meus pés no colo dele.

— O que você tá assistindo?

— É só um filme idiota. — Ele já estava massageando meus pés, apertando nas melhores partes. — Esse cara aí perdeu uma aposta e vai ter que ir para a escola de saia. Que imbecil aposta essas coisas?

A massagem estava uma delícia, quase me fazia dormir de tão relaxante que estava sendo.

— Existe idiota para tudo, hyung. Ai, ai... Bem aí... — Ele apertou mais um pouco o centro do meu pé. — Isso.

— Você já jantou, Hannie?

Neguei com a cabeça, voltando a fechar os olhos. Foi o suficiente para ele começar a fazer cócegas nos meus pobres e inocentes pezinhos.

— Então nada de dormir. Vem comer ao menos um ramén.

— To com preguiça, hyung. — Fiz biquinho. — Não quero cozinhar.

Eu pude sentir seu olhar afiado perfurando minha cabeça.

— Eu também não comi ainda. Faço um para mim e para você.

Meus olhos brilharam em sua direção, já pensou ter um amigo assim tão bom? Minho está comigo desde que me entendo por gente, quando éramos mais novos estávamos sempre aprontando por aí, desde brincadeiras bestas pela rua de nossas casas até momentos seríssimos nos quais teríamos que decidir o curso de nossas respectivas universidades.

Por conta de toda nossa parceria desde muito novos, decidimos que poderíamos vir para a capital dividindo um apartamento. Nossos pais ficaram meio desconfiados porque eu não era muito organizado, eu não sabia cozinhar além do necessário, Minho precisaria cuidar de si mesmo e do "bebezão" aqui como eles me chamavam.

Não preciso nem dizer que fiquei totalmente ofendido, né? Eu prometi para mim mesmo que iria fazê-los se surpreender e que seria mais responsável até que o Minho. Até agora vem funcionando, mesmo que às vezes eu não coma por pura preguiça e Minho tenha que bancar a mãe.

— Você vai querer uma cerveja?
Abri a geladeira em busca de uma bem geladinha. Era sexta-feira e eu poderia acordar mais tarde amanhã de qualquer forma.

— Claro, Hannie.

— Nosso estoque está quase acabando.