CAPÍTULO 61

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~ Arthur Barnatt ~

— Eu preciso de um banho. Vou subir. — Disse ele para o irmão e para Antônio. — Toni, até amanhã.

— Não sei se a gente vai se ver, mas até. — Respondeu ele.

Arthur os deixou sozinhos e foi para casa. Ele estava muito pensativo e quanto mais pensava ficava cada vez mais preocupado sobre sua situação com Antônio. Ele estava sentido seu coração errar a batida, não era segredo, mas a atitude dele mudou. Em seu quarto, Arthur pegou sua toalha e foi para o banheiro. Nu, sentindo a água descer pelo seu corpo e com as costas encostadas na parede, pensava em Antônio. Arthur adorava o jeito que ele sorria, o jeito que era cheio de si e confiante em relação a sua atitude o encantava, mas sentia medo de não ver mais aquilo.

Ele estava tenso demais, seus pensamentos se cruzavam várias vezes em nós tentando imaginar o que havia feito de errado para Antônio tentar fugir e evitar lhe ver. A água fria que caia do chuveiro o ajudava a refletir e aliviava parcialmente a tensão que se instalava por seu corpo. Antônio estava estranho e distante. Antes eles conversavam de forma agradável e Arthur gostava de estar perto de Antônio, isso lhe passava serenidade. Exceto quando ele se irrita, pensou Arthur sorrindo lembrando das vezes que ele ouviu Antônio jogar sete pedras em seu irmão.

Parecia que Antônio o queria longe, como se tivesse feito algo que não o agradou e acabou ferindo suas emoções. Também estava confuso por estar se importando com isso mais que deveria, ele chegou a estar triste por não falar um dia inteiro com Antônio, eles eram amigos, apenas amigos. Nunca havia notado algum sinal que as loucuras de Arthur estavam em algum teor de reciprocidade. Era louco a idéia de estar gostando de outro cara, mas ao pensar que esse cara era Antônio, noventa e nove de suas cem inseguranças desapareciam. Não era difícil de se imaginar em um domingo em família ao lado de Antônio na mesa. A ideia lhe agradava muito.

Algo estava acontecendo e Arthur precisava saber o que, não havia probabilidade de ele algum dia ultrapassar a friend-zone com Antônio, mas também não queira que se afastassem por algo que ele talvez tenha feito. Ele tentou perguntar, mas Antônio parecia não querer tocar no assunto. Não podia se afastar mais dele, Arthur daria o seu melhor para manter seu amigo sorrindo, nem que pra isso tivesse que sofrer.

Até a Próxima!

Um Último Minuto (+16) - Versão Nova em BreveWhere stories live. Discover now