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❝Mais uma vez, não vou desistir!❞
Era uma manhã de verão encantadora, onde os pássaros cantavam sua melodia por cima dos fios de postes enquanto os humanos faziam a festa no chão.
Alguns corvos audaciosos se aventuravam em voar sobre aquelas áreas restritas, embora a maioria fosse mais cautelosa havia um corvo que era mais inquieto. Seu nome é Shoyo Hinata.
— Vamos lá Kageyama! Levanta pra mim! — diz empolgado após mais um corte impecável.
— Óbvio que não idiota, já está tarde. Daqui a pouco o capitão vai nos expulsar!
— Ele saiu mais cedo com a namorada e o vice teve umas pendências em casa. Vamos lá, vamos lá! — insistiu.
— Quem disse que vou levantar pra você? Amanhã continuamos. — concluiu pegando sua bolsa e saindo da quadra.
A verdade é que Tobio estava louco para rever sua namorada que havia acabado de voltar do Brasil, ele jamais perderia seu tempo com aquela tangerina se podia estar nos braços dela, então o moreno não perdeu nem um segundo para correr de volta em sua casa e ir rumo ao aeroporto.
Hinata suspirou pesaroso, seria como no fundamental onde também foi difícil encontrar alguém que levantasse para ele. Porém, para sua surpresa a bola de vôlei voou em sua direção num alcance que ele poderia cortá-la maravilhosamente.
— Incrível! — ele comemorou saltitante. — Quem está aí?
Ao lado da entrada, no lado de fora, estava uma garota. Ela o observava desde que ele entrou no começo do ano no colégio Karasuno, mas não pôde esclarecer seus sentimentos porque ainda não sabia dizer se eram realmente verdadeiros.
Tinha que ser sincera consigo mesma primeiro e depois com a pessoa que sentia tal interesse, que nesse caso era o seu colega de classe.
— Hum... Sou eu. — disse se aproximando pela primeira vez, ela sentia seu rosto arder e seu corpo tremer a todo instante. — E-eu estava passando e vi a bola aqui fora.
— Ah, deve ter sido o Kageyama, aquele imbecil. — resmunga pegando a bola e se aproximando dela. — Você poderia levantar de novo?
— É que eu não sei levantar como vocês jogadores fazem! E-eu só fiz isso porque... porque... — gagueja, erguendo devagar o seu olhar cabisbaixo a tempo de ver o olhar dele fixado nela.
— Não precisa ser tão alto, também não é tão difícil... Eu só não faço isso porque é meio solitário e você está aqui agora! — falou esboçando um grande sorriso iluminador.
Tão iluminador quanto aquela manhã de verão, ela se sentia tentada a se aproximar daquele sol humano mesmo sabendo que se queimaria igual ao Ícaro.
— Tudo bem. — ela cedeu pegando de volta a bola e a jogando para cima do mesmo jeito que fez antes.
