Quando acordou, a única coisa que Aether sentiu foi mãos pequenas o balançando, ouvindo em seguida um grito."Aether! Acorde!!"
Sua visão finalmente focou no dono da voz e percebeu que era Paimon. Ele a encarou por alguns segundos antes de olhar nos arredores. Ele parecia estar em um beco e parecia ser por volta de meio dia.
A pequena criatura em sua frente colocou as mãos na cintura. "Você não estava acordando. Paimon ficou muito preocupada, sabe!" – Disse.
"Sinto muito..." – Respondeu Aether, esfregando a nuca e percebendo tardiamente que seu cabelo havia caído da trança. Foi quando ele sentiu dores por todo o corpo e percebeu que estava ferido.
"Não se mova! Vai piorar os ferimentos" – Exclamou a fada, com um olhar de preocupação. "Temos que conseguir ajuda de um curandeiro. Quão longe está a Farmácia Bubu?"
O loiro se apoiou na parede ao lado, se levantando. "Ei, o que você está fazendo!!" – Paimon gritou.
Aether apenas lhe deu um sorriso suave, fazendo-a abaixar a guarda um pouco. "Vai ficar tudo bem. Eu posso andar."
A garotinha resolveu não questioná-lo, sabendo que o viajante era teimoso demais para seu próprio bem. Ela apenas se contentou em flutuar ao seu lado, ficando um pouco atrás para o caso de que Aether caísse, mesmo que ela não pudesse fazer muito.
O loiro passou por multidões, com Paimon agarrada ao seu lenço branco, observando. Ele ignorou os olhares dirigidos a eles por causa de suas roupas e ferimentos. Eram todos muito... Diferentes. Algum possuíam escamas ou membros extras, uma aparência diferenciada dos humanos que ele estava acostumado a ver. Alguns deles estavam com pequenas caixas retangulares perto do ouvido, que Aether se lembra de ter visto em alguns dos mundos que visitou, mas não se lembra do nome do aparelho.
Tão profundamente em sua mente, ele não percebeu que estava indo direto para um cara vestido completamente de preto até que fosse tarde demais.
Aether esbarrou no homem e acabou caindo para trás, sibilando quando algumas de suas feridas começaram a arder e sangrar novamente. Parece que Paimon havia sido enviada para trás também, mas rapidamente flutuou ao seu lado.
Lágrimas se acumularam nos olhos da fada ao ver o líquido vermelho nos cortes. "Aether! Tome mais cuidado! Você continua se colocando em situações perigosas e vai acabar dando um ataque cardíaco a Paimon!" – Gritou, chamando atenção das pessoas por perto, incluindo do homem em sua frente, que estava levantando uma sombrancelha.
O loiro se levantou o mais rápido possível e, antes que o homem pudesse falar qualquer coisa, ele começou a falar. "Ei, a que distância estamos de Liyue?" – Perguntou.
O homem pareceu confuso. "Não há Liyue aqui. Estamos em Musutafu, no Japão."
"Uhhhh. E Mondstadt?"
"Não."
"Snezhnaya?"
"Nunca ouvi falar."
"Sequer estamos em Teyvat?"
"Eu sinto que você só está inventando palavras."
Aether ficou quieto por um momento. A realização veio de uma vez, como um trem de carga vindo direto em sua direção. De alguma forma, ele foi jogado nesse mundo. E ele estava mais longe ainda de sua irmã. 'Você é tão incompetente assim? Não consegue salvar sua irmã e ainda é levado para mais longe dela. Patético.' Sussurrou sua mente traidora.
Sua respiração começou a acelerar, o que não passou despercebido pelos outros dois que estavam perto dele.
Tudo o que o loiro queria fazer era se enrolar em um canto e puxar as raízes de seus cabelos até sangrar, chamando por Lumine apenas para ser respondido pelo nada.
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My Genshin Academia
FanfictionAether acorda ferido com Paimon em um beco de um local desconhecido para ele, sem lembrar de como acabou lá. De alguma forma, Xiao acabou no mesmo mundo. Nenhum dos três faz ideia de como voltar para Teyvat, mas, felizmente, há muitos heróis em trei...