Pelo trono e Glória

Prefácio: O início de tudo

𝕯𝖊𝖛𝖊𝖒𝖔𝖘 𝖗𝖊𝖈𝖔𝖗𝖉𝖆𝖗 𝖖𝖚𝖊 𝖘𝖊𝖒𝖕𝖗𝖊 𝖍á 𝖆𝖑𝖌𝖔 𝖒𝖆𝖎𝖘 𝖕𝖔𝖗 𝖘𝖊𝖗 𝖗𝖊𝖛𝖊𝖑𝖆𝖉𝖔...

-Majestade... Solicitaste minha presença? -Perguntou a linda e jovem mulher, o rei não tirava seus olhos dela. Seu corpo e rosto, sua beleza impecável, era apenas uma camponesa, mas ainda assim chamava sua atenção. Não a tirava da cabeça desde que a havia visto no dia que foi até seus suditos. A olhou com atenção e pôs um sorriso em seus lábios.
A garota, ao contrário do que pensava, já sabia de suas intenções, sabia o motivo de estar ali, ela sabia de tudo, por quê tudo estava exatamente de acordo com seu plano.
O Rei não sabia de suas intenções, tudo o que sabia era que ela seria sua próxima rainha. Com seu novo dever de o auxiliar na gerência do reino, além de, claro, proporcionar-lhe o prazer que ele almejava, como sua esposa. Sua beleza era como um imã, estava hipnotizado e nem sequer se dava conta.

-É um prazer revê-la...-disse com um sorriso, já imaginava tudo o que aquela jovem garota lhe proporcionaria e com somente pensá-lo, seu corpo estava em chamas.
-Eu quem deveria dizer isso como sua humilde sudita, majestade. É um grande prazer revê-lo. Em que lhe posso ser útil?- Perguntou após uma longa reverência, ocultando seu sorriso. Tudo de acordo com o plano... Finalmente colocaria um fim à sua miséria.
-Eu tenho grandes planos para você. Gostaria de falar sobre isso. De qualquer forma, gostaria de dizer primeiramente que mesmo que diga não, você não tem escolha. Vale lembrar que sou o rei-
-Eu nunca diria não a alguém como o senhor, sou toda ouvidos e estou a seus serviços, majestade.- Disse ainda de cabeça baixa, ainda em reverência.
-Levante-se e venha até mim, jovem camponesa...
-Sim, Rei Aldis? -Disse já a sua frente.
-Quero que você seja... a próxima rainha, mãe dos meus herdeiros. Você tem essa honra e dever agora. Lilith, não?
-Sim, Majestade. -Disse ajoelhando-se, um sorriso singelo em seus lábios, havia conseguido o que queria, e seu rei não suspeitava de nada. Acabaria com ele logo e tomaria o trono...
-A partir de hoje você não é mais apenas uma simples camponesa vendedora de doces... e pode chamar-me pelo nome apenas, já que será minha esposa. -Sorria observando a linda moça ajoelhada à sua frente.
Lilith era muito mais nova que Aldis, que tinha 44 anos e ainda não havia arrumado a "mulher perfeita" que tanto procurava para ser a mãe de seus herdeiros. Por isso sempre saia a procura da mesma e quando viu Lilith sentiu finalmente que a havia encontrado.
-Minha Rainha... Lilith. -Disse quando a mulher se retirou. Foi a preparar-se para começar a viver no castelo, pegou todas as suas coisas e foi em caminho.
Apesar de ser bonita estava levemente mal cuidada e por isso deram a ela novas roupas, joias caras, sapatos, precisou arrumar mais ainda sua postura e se acostumar com o peso da coroa, as roupas elegantes e extravagantes. Casou-se com Aldis e se tornou a nova rainha... Começava a acostumar-se com sua nova maneira de viver e com o rei. Dormir com o mesmo e compartilhar um quarto para ela era um mau necessário, afinal, precisaria aguentá-lo até que sentisse que poderia seguir para o próximo passo do que havia planejado.

                             [. . .]
              Três anos passaram...
A morte do rei foi anunciada, o povo não podia acreditar. Causas desconhecidas. Ninguém fazia ideia do que havia acontecido, mas os rumores que corriam eram que a própria rainha, Lilith, o havia envenenado.
Tentaram forçá-la a casar-se novamente, mas a mulher se recusou e seguiu governando sozinha. Qualquer que ousasse colocar-se em seu caminho era, na melhor da hipóteses, ameaçado de tortura e das mortes mais cruéis possíveis. A mulher passou a fazer quase o mesmo que seu falecido marido, não queria um rei, não precisava de um. Mas, arranjou vários cocunbinos, tanto homens quanto mulheres.

Se fosse para morrer, seria como rainha e tendo aproveitado tudo o que tinha vontade. Ao menos... o que podia. Sem herdeiros, não permitiria de forma alguma que tomassem dela o trono que tanto lutou para conseguir.
Sorriu em seus pensamentos. Seria mais um dia com ela no poder, como deveria ser. Desfrutaria... desfrutaria de tudo, cada detalhe, mesmo que o trabalho de governar todo um reino fosse complicado. Ainda mais sozinha... mas, não cederia. Aquele era seu lugar e sabia disso. Era algo que, sem dúvidas, não abriria mão...