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Izuna agarrava o cobertor que lhe cobria fortemente entre seus dedos. Sua respiração estava levemente alterada, e seu coração, batia um pouco mais rápido do que o de costume. Ele juntou as pernas e fechou os olhos com força, tentando se distrair de um certo desconforto.

O braço de Tobirama em sua cintura era pesado; Izuna tentou não pensar nisso enquanto se mexia na cama, tentando inutilmente se livrar do insuportável calor que estava seu corpo. Seus olhos se grudaram na parede branca; se concentrou nela, em busca de se distrair dos pensamentos nada castos que dançavam em sua mente.

Tobirama estava acordado; ele fazia um leve e genuíno carinho em sua cintura, arrastando os dedos para cima e para baixo, fazendo seu corpo esquentar ainda mais. Izuna engoliu seco quando ele aninhou mais perto, o joelho dele agora estava entre suas coxas.

Izuna mordeu os lábios com força, seu último resquício de autocontrole se esvaiu ao sentir a ponta do nariz dele deslizar pela parte de trás de seu pescoço. Por um breve momento, ele imaginou Tobirama tocando sua cintura de uma forma mais íntima; adentrando sua camisa, arranhando seu torso, tocando seus mamilos...

A perna dele roçava entre as suas levemente. Em um contato mais íntimo, Izuna imaginou o joelho de Tobirama se erguendo, lhe provocando...

– Uhn... – Um resmungo manhoso escapou seus lábios quando sentiu uma fisgada no meio das pernas. Izuna enterrou o rosto quente no travesseiro e grunhiu em pura frustração.

Não devia estar tendo pensamentos tão impuros àquela hora da manhã. Não quando os carinhos de Tobirama eram tão genuínos e inocentes; não quando seu irmão estava no mesmo quarto, dormindo na cama ao lado.

– O que foi? – Notando seu desconforto, Tobirama perguntou. Ele sussurrou a pergunta em seu ouvido, lhe causando arrepios.

Izuna então se virou de frente para o namorado, que lhe observava com seus belos e confusos olhos avermelhados. Apesar dos traços marcantes, os cabelos albinos bagunçados lhe deixavam injustamente fofo.

– Não é nada... – Izuna sussurrou de volta, com receio de acabar acordando Madara. Sua mão tocou os cabelos dele de um modo carinhoso. O albino fechou os olhos com o contato, quase como um gatinho.

Tobirama fitou seu rosto mais de perto, não acreditando em sua óbvia mentira. A mão dele voltou para sua cintura, Izuna queria que ela descesse um pouco mais...

Outro grunhido lhe escapou quando sentiu mais uma fisgada em sua dolorosa ereção. Não devia estar tendo pensamentos tão obscenos, não quando o motivo de Tobirama estar deitado ali consigo era tão genuíno. " – Eu quero dormir abraçado com você. ".

Izuna e Tobirama estavam juntos há quase dois anos. Apesar do extenso tempo do relacionamento, os dois nunca passaram dos beijos e dos abraços. Não era por falta de querer, porém, o Uchiha possuía certos receios.

Tobirama era deveras quieto e - apesar de seus vinte anos - curiosamente inocente. Ele sempre desviava o olhar quando uma cena mais picante passava em algum filme que assistiam; quase nunca entendia as piadas sugestivas que seus irmãos faziam...

Tal comportamento foi o que lhe atraiu nele a princípio. Mas após tanto tempo, Izuna desejava por mais. E agora que ambas suas famílias estavam viajando juntas no feriado, queria dar o segundo passo.

Ainda assim, estava receoso. Não queria pressionar Tobirama.

– Você está suando muito... – A voz do albino lhe arrancou de seus devaneios; ele lhe olhava de perto. – Tira esse cobertor.

Ele começou a puxar o edredom para baixo, mas Izuna segurou suas mãos fortemente.

– Não! – Exclamou em um leve desespero. Percebendo que sua voz se alterou, o moreno se inclinou um pouco e olhou para a cama ao lado. Felizmente, Madara não acordou.

TouchWhere stories live. Discover now