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Izuna mordeu o canto de seu lábio com força, enquanto observava o aparelho espatifado e quebrado no chão à sua frente. Aquilo seria... complicado, de se explicar.

Com seu pé levemente ferido, rumou em passos calmos até o cômodo de seu colega de quarto. Estava desejando do fundo de sua alma que Tobirama não ficasse muito bravo com o pequeno - e inofensivo - acidente.

Considerando que já moravam juntos há três anos, Izuna esperava que ele já estivesse acostumado às suas presepadas.

– Ei, Tobii... – Sussurrou ao ver a porta entreaberta. Empurrou a madeira levemente para frente e adentrou o quarto, vendo Tobirama deitado na cama e com os olhos fechados.

Assim que o albino escutou sua voz, seus belos olhos vermelhos se abriram lentamente. Ele bocejou, coçou os olhos, e passou a mão por seus cabelos desajeitados.

– O que foi? – Sua voz sonolenta perguntou.

Izuna caminhou até a mobília e se jogou ao lado dele no colchão. Tobirama se aninhou para perto de seu corpo e fechou os olhos novamente.

Sorrindo, Izuna alisou os cabelos dele gentilmente. Ele e Tobirama sempre foram bastante próximos; e desde que começaram a viver juntos, aquela proximidade entre eles apenas crescia.

Olhando para a janela e vendo as gotas da suave chuva molhar o vidro, Izuna se lembrou de algo que seu irmão uma vez lhe disse. Segundo ele, os dois viviam uma vida de casados, pois faziam quase tudo juntos.

Muitas vezes, Tobirama e Izuna dormiam juntos na cama um do outro; ou então, colocavam seus colchões juntos na sala para assistir filmes a noite inteira. Gostavam de cozinhar e estudar juntos; e uma vez, por estarem atrasados, até mesmo tomaram banho juntos.

Mas realmente, aquilo não significava nada, os dois apenas eram bons amigos. Certo?

– Já são quatro da tarde, vai dormir o dia todo? – Perguntou em um leve tom provocativo.

Tobirama resmungou algo incompreensível e afundou o rosto em seu peito.

– Eu já tinha acordado mais cedo, apenas dormi de novo. – Respondeu meio abafado. – É um domingo chuvoso; o que mais eu faria além de dormir?

Izuna revirou os olhos e se afastou um pouco do albino, logo sentindo falta daquele confortável calor entre eles. Pegou o edredom que cobria o outro e o puxou para baixo.

– Conversar comigo, porque estou entediado. – Respondeu simples. – E eu tenho uma... coisinha, para te contar.

Sentindo um pouco de frio, Tobirama tentou pegar o cobertor novamente, mas Izuna não deixou. Estava levemente preocupado, pois quando o Uchiha dizia coisas no diminutivo e de uma forma fofa, era porque aprontou.

– Me deixa... – Vendo que não teria mais saída, Tobirama pegou seu celular embaixo do travesseiro e checou suas notificações. – Hm? Por que estamos sem internet?

Izuna deu uma breve risadinha e olhou para o lado.

– Então... É meio sobre isso que eu queria te contar... – Ele se sentou na cama e passou a mão por seus longos cabelos. – Eu estava treinando minhas estrelinhas e... acabei dando uma voadora no roteador do Wi-Fi...

No fim das contas, não foi tão difícil de se explicar.

Levou longos segundos para Tobirama finalmente processar a informação que lhe foi dada. Se sentou na cama abruptamente, sentindo uma leve tontura por levantar tão rápido.

– Você O QUÊ!?

– Desculpa, foi um acidente!

– Qual o seu problema!?

Verdade ou Desafio Donde viven las historias. Descúbrelo ahora