página 027# ---Larvas

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--Bem já faz um tempo  que eu não escrevo em meu Diário, desde a última vez que eu fiz aquilo.....
Mas e passado era isso que eu pensava....

Depois que sai do reformatório eu trabalhei em uma floricultura.
Mas uma coisa que me fascinava era as bebês larvas que as moscas deixavam era incrível elas se mechendo debaixo de plantas mortas e podres era incrível esmagar elas com os dedos.

Sexta-feira às 3:05 da AM
Estou em meu quarto lendo um livro sobre larvas e moscas, mas eu estava ficando com sono. O meu erro foi acabar pegando sono, se eu estivesse acordada eu ainda estaria em meu quarto com a companhia de livros sobres larvas e não as próprias larvas ....

Acabo pegando em um sono profundo. E sou acorda por um cheiro infernal de podre, não sei explicar mas era uma mistura de sangue e terra molhada. tento sentir o cheiro com o meu nariz para saber onde de esta vindo, mas oq não esperava era que que o odor horrível estava vindo das paredes, minhas paredes que já foram brancas, que começam a vazar sangue podre de cada fresta e rachaduras um sangue vermelho e viscoso.

Mãos sujas de terra preta saindo de minhas cobertas me segurando com apertos fortes para eu não tentar me mover, mãos sujas tapando minha boca impedindo de pedir ajuda, mas a minha punição estava longe de acabar.

Um monstruoso cão saindo de baixo de minha cama.
Um animal gigante com pelos escuros como a noite que assassinei ela. De sua boca   dentes amarelos e afiados que vão quebrar meus osso um por um, olhos tão vermelhos quanto sangue mais puro. Olhos que expressão nojo desgosto e miséria pelo meu ser. E o mesmo olhar dela quando eu a matei....

O cão de pelos negros e brilhantes como noites estreladas, pula em minha direção ficando de frente a frente comigo encarando meus olhos, através deles vendo os meus pecados e arrependimentos. Tento gritar mas e em vão, não a como gritar quando sua boca está sendo tampada por  mãos, não a como correr se elas estão segurando sua perna tão forte ao ponto de sentir seus ossos se partindo.

O grande cão começa a rasgar a minha blusa dando acesso a minha barriga.
Com suas garras tão grandes e afiadas rasgando minha pele da clavícula ao abdômen, dentes que estão moendo minhas costelas dando acesso ao meus órgãos expostos para sua refeição, comendo primeiro meu fígado, rins e meu estômago e por fim meus  intestinos sendo puxados de minha barriga, para que eu veja ele comendo-os na minha frente, cada um deles sendo mastigados pelo lindo cão negro, meu sangue espirrando para todos os lados sujando seu majestoso pelo de sangue impuro.

Cansado de se deliciar com meus órgãos, ele parte para minha face a mastigando-a, me desfigurado o meu rosto, quanto mais ele comida meu nariz, lábios eu ficava cada vez mais desfigurada, assim como ela, assim como eu fiz com ela,comendo a minha traquéia me impedindo de dar grunhidos ou gritar por ajuda, mas depois de tudo isso contenuo acordada e vendo a punição que me aguardava.

As mãos desaparecendo deixando de me segurar, parando de quebrar meus ossos com seu aperto forte e doloroso.
Meu sangue espalhando pela cama e paredes, manchando ainda mais as paredes vermelhas de sangue pútrido.

Pegando meu corpo destroçado deixando poça de sangue e restos de órgão dilacerados, mastigados pelo chão. Pulando a janela que um dia já vi muitas fases da lua. Espalhando cacos de vidro por toda a parte.

Correndo por ruas desertas com meu corpo vivo, entrando em um caminho conhecido, uma estrada que leva a uma floresta.
Uma floresta densa e escura com estradas de pedras e galhos secos árvores tortas e grilos catando ao fundo. O mesmo caminho que fiz quando estava levando o seu corpo gélido e pálido ao poço do esquecimento.

Deixando rastros de sangue pelo chão da floresta densa, sou levada e jogada ao fundo do poço, que nao vou lá  faz tempo...
Caindo e quebrando minhas pernas impedindo de tentar e escalar o poço assim como ela. Logo sinto o cheiro de algo em decomposição como um corpo, olho pro lado e vejo o cadáver dela cheio de larvas comendo os restos que já foram músculos e pele.

Na ponta do poço posso ver por uma última vez aquele cão me olha com os olhos vermelhos, e eu tenho a certeza de que ele está sorrindo com seus dentes amarelos sujos de sangue que já foi meu...
Ele some na escuridão da floresta me deixando com o corpo de minha amiga e as larvas.

Eu quero dormir mas não posso,quero piscar meus olhos estão em chamas, ele comeu minha pálpebras.
Me sinto sozinha.... Sem ninguém assim como ela.

Eu li em um saite que larvas e moscas gostam de coisas podres e decompostas.

Não importa o quão ruim vc seja você nunca acaba morrendo sozinho.

As larvas sempre vao estar lá com você, assim você não se sente tão só.
As moscas então começam a aparecer se enterram em nós, em nossa pele e põem seus ovos, para que seus filhos possam participar do baquete em nossa pele, quando as larvas aparecem, elas engordam e a ajudam a retornar a terra.
Elas fazem casas em nossas veias e refeições em nossa pele podre.
As larvas sempre estarão lá.
Mesmo se não tivermos um funeral, elas estará lá se formos esquecidos na floresta.

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⏰ Last updated: Jul 02, 2022 ⏰

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