Capítulo 12

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Entrei na biblioteca correndo, não imaginava estar tão atrasada, mas quando me dei conta já era tarde demais. Doroteia me recebe na entrada da biblioteca super calorosa como sempre

- Você não aprende nunca garota?

- Eu até poderia chegar mais cedo, mas as presenças mais ilustres são sempre as últimas a aparecer.

- Isso é trabalho e não uma festa. Espero que saiba disso.

Ela me lança o olhar de ódio mais amedrontador e ao mesmo tempo hilário que já vi em toda a vida.

- Ei a senhora sabe se o Dimitri já chegou ? - pergunto seguindo ela que caminhava pelos corredores.

- Ele está nos fundos fazendo inventário dos novos livros. Vá ajudá-lo e se possível não me chame. Estarei no balcão, caso precise. Mas prefiro que não.- Ela sai andando, como sempre um exemplo de delicadeza e simpatia.

- Tá fazendo o que ? - pergunto em aproximando de Dimitri que estava sentado em uma mesa cheio de papéis a sua volta.

Obviamente já sabia a resposta mas estava tentando puxar assunto.

- Estou planejando um assalto a banco, gostaria de participar? - respondeu irônico

- Ah ... Você sabe que estou sempre disposta em si tratando da vida do crime - digo me sentando ao lado dele em cima da mesa.

- Iríamos formar uma ótima dupla de assaltantes - diz levantando um pouco a cabeça pra me olhar no rosto.

- Não sei se assalto é pra mim, tava pensando que vender metanfetamina em um beco escuro, é mais minha vibe - dou um sorriso ao ver que o fiz rir.

- Com toda a certeza - ele concorda e abaixa sua cabeça para olhar os papéis na mesa, quando faz isso seus cabelos lentamente caem ficando um pouco a frente de seus olhos mas não pareceu afetar sua visão.

-  Então Dimi, como você está ?

- Não me lembro de ter estado mal por esses dias.

- E a coisa com seus pais ?

- Ainda péssima na verdade - falou dando um suspiro.

- Espero não estar me intrometendo.

- Você se preocupa e isso é... Legal. - ele sorri e depois volta a falar - Como eu já te disse eu tô acostumado com essas cenas deles, e com os olhares maldosos das pessoas, não é nada que eu não aguente.

- Que bom - fico sem saber o que falar por alguns segundos - Bom se você precisar de algo...

- Posso procurar você. - ele prevê o fim da minha frase.

- É.

- Obrigado Tali, você é uma ótima amiga.

Com o passar dos dias o trabalho na biblioteca ficou mais pesado e eu e Dimitri começamos a passar muito tempo juntos, o  que acabou nos aproximando e fazendo com que virassemos melhores amigos como antigamente.

No dia 27 de abril Dimitri faltou na escola, não sabia ao certo se ele estaria na biblioteca quando eu chegasse lá, mas para a minha surpresa, assim que cheguei dei de cara com ele e Doroteia, curiosamente tendo um diálogo.

Meu Clichê Romântico I (Concluída)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu