1- Realeza.

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O Uchiha retirou o elmo ao encarar o edifício rústico e chique, de dois andares.
O cheiro de álcool, juntamente com o barulho dos clientes e a música alta, faziam o cenário do bordel mais famoso da aldeia que cercava metade do castelo do reino Senju.
A lua iluminava as ruas pouco movimentadas da região, se misturando com a iluminação do local.
O edifício era enorme, e ficava no lado Leste da vila. Era frequentado por cavaleiros do reino e estrangeiros, que acompanham seus superiores ou estavam de passagem, grandes comerciantes e outras pessoas que tinham cargos importantes por todos os reinos.

No bar, que ficava ao centro do bordel, o proprietário, Jirayia, ajeitava as bebidas em seus devidos lugares, enquanto mantinha os olhos no pouco movimento, estavam quase fechando o estabelecimento, estava tarde da madrugada.
Avistou o jovem Uchiha caminhar para uma mesa ao canto do salão. Um sorriso malicioso brotou em seus lábios, levando o olhar até seu neto, que estava distraído lavando os copos.

— Kakashi. — falou na direção do mais novo, que o encarou esperando o restante da frase. — Acho que você tem trabalho a fazer. Se manda. — o empurrou para fora do bar, recebendo um falso olhar irritado, que arrancou uma risada sua.

O Hatake jogou o pano branco por cima de seu ombro, e olhou em volta, analisando o local para descobrir para quê seu avô o expulsou do bar.
Abriu um sorriso de canto, se aproximando da mesa em que o jovem de cabelos pretos estava sentado. Apoiou uma das mãos sobre a madeira lisa e seus olhos negros se encontraram.

— Não sabia que estava por aqui. — O platinado falou, com seu sorriso sumindo aos poucos.

— Você não respondeu minhas cartas. — Obito murmurou com uma leve expressão de irritação, misturada com a chateação em sua fala. — Achei que não quisesse me ver.

Com uma sobrancelha arqueada, Kakashi mexeu os ombros, desviando seu olhar. Obviamente tinha seus motivos.

— Eu...  — Obito o encarou com o cenho franzido e logo o cortou.

— Não me importa agora. — Disse, querendo mudar o assunto. Preferia não ter essa conversa agora. — Será que seu chefe se importaria se eu te roubasse por alguns minutos?

— Já estamos fechando, e eu fui expulso do bar... — O Hatake sorriu.

[...]

Já conhecendo bem o local, Obito empurrava Kakashi ao seu quarto. Seu foco estava na saudade – que sabia que sentia - dos lábios do mais novo.
Sua língua explorava cada canto da boca alheia, assim como as mãos alheias exploravam seu corpo. Cada toque faziam suas peles queimar, sempre era como a primeira vez em que se encontraram nesse cenário, incrível e que deixava com vontade de mais.

O platinado teve seu corpo jogado na cama e, em menos de 5 segundos, o de cabelos pretos estava sobre si, atacando seus lábios novamente, como se necessitasse disso para viver - e talvez fosse assim mesmo.

O ósculo foi interrompido por causa de seus pulmões, que imploravam pelo ar. Com um sorrisinho estampado no rosto, Obito encarou Kakashi abaixo dele. As bochechas gordinhas estavam bem vermelhas, seus lábios, que tinham um desenho único, estavam inchados e rosados, e, por causa do suor, os cachinhos acinzentados estavam colados em sua testa, e o Uchiha amava ser o causador daquela linda bagunça.
Obito levantou seu corpo, para retirar a blusa, ganhando o olhar atento do Hatake, que passeou os olhos pelo peito alheio.
O peitoral bem definido, juntamente com as cicatrizes — que Obito carregava na metade do corpo, desde pequeno — formavam o convite perfeito para o paraíso, na visão de Kakashi, que logo teve sua própria roupa arrancada, sentindo as bochechas queimarem em vergonha, com o peso do olhar faminto do moreno em seu corpo.
As coxas fartas, a pele branquinha e as bochechas coradas, juntando todo o restante da beleza de Kakashi, eram uma perdição total da sanidade do mais velho, e a necessidade de toca-lo e senti-lo, o fez parar de o admirar para colar seus lábios nos dele novamente.

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