O Grande Deus Nórdico

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Os Deuses presentes na sala observavam com certa curiosidade e surpresa a figura do homem que acabará de voltar do mundo dos humanos. As divindades menores estavam incrédulas com oque o Deus Nórdico havia dito, mas obviamente não seriam eles que iriam se pôr contra aquele ser. Até mesmo para o velho Zeus aquela situação era um tanto... inusitada. Ninguém esperaria que um Deus que foi mandado a terra dos homens... fosse voltar de lá com uma criança humana. Exato! Neste exato momento Odin estava de volta a sala de reunião dos Deuses, e em seus braços carregava um pequeno bebê humano envolto por cobertas brancas. Cruzando o salão como se nada estivesse acontecendo ele se senta em seu trono aninhando a figura adormecida em suas pernas. Ares tinha os olhos arregalados para Hermes, esse que apenas ria sutilmente com a ocasião divertida. Zeus então limpa a garganta chamando a atenção das divindades e cendo o primeiro a se pronunciar.

Zeus: Então... Odin... oque fará com essa criança?- apontando para o ser que ainda dormia pacificamente entre os braços do Deus.

Odin: Serei claro e breve.- com um suspiro descontente o olhar dele se volta para o mais velho.-- Essa criança estará sobre o cuidado do meu reino.- o cochicho dos deuses era evidente e se Loki não estivesse parado atrás do Deus tão surpreso quanto os outros, cogitariam a dizer que ele havia se transformado no pai. Mais isso não veio ao caso já que era o próprio Odin.

Shiva: Hunph! Então criará essa criança como seu filho?- não tinha nada contra a ideia apenas queria deixar aquela situação mais divertida, mesmo que na mente dele aquela criança seria apenas um serviçal.

Odin: Sim.- com uma resposta direta como uma flecha até mesmo os corvos no ombro do Deus se calam.

Zeus: He-heheh.- paro velho Zeus aquilo era deveras interessante e também não tinha nada contra. Odin também não ligava para as opiniões alheias já que, ninguém seria idiota ao ponto de confronta-lo diretamente e mesmo que o fizessem ele já estava decidido.-- Bom... o assunto da guerra já foi tratado e.. como não temos mais nenhum outro assunto. Eu dou essa reunião como encerrada.- com o bater do martelo aquela reunião é terminada e o assunto da criança humana também. De volta ao Palácio de Asgard, Odin caminhava pelos corredores sendo seguidos pelos seus dois filhos, Thor e Loki. Loki flutuava despreocupadamente mais constantemente olhava por cima do ombro do mais velho tentando ver a criança. Thor só pensava em uma coisa, " No que ele estava pensando quando trouxe um ser tão frágil quanto uma criança humana para a morada dos Deuses". Mais no fundo também estava curioso para ver a tal criança.

Loki: Qual o nome do nosso novo irmão?- o esverdeado pergunta irônico para o pai que apenas o ignorou.

Thor: Sem querer contrariar uma decisão sua.- o ruivo se pronuncia sério.-- Qual o motivo de trazer uma criatura frágil como essa para Asgard?

Odin: Não tenho um motivo concreto.- entregando a criança para uma das servas ele se volta aos seus filhos.-- Naquela cena infernal... essa criatura foi o único sobrevivente.- o ruivo não entendia o motivo, se fosse um adulto até daria um crédito por sobreviver a uma guerra. Mas era apenas um bebê, incapaz de se defender. Sua sobrevivência foi apenas uma mera sorte.

Loki: Isso pode ser divertido.- o rosto do Deus da Trapaça se forma em um sorriso.

Thor: Não tenho mais nada a dizer.- se encaminharam para o escritório de Odin esperando até que a serva trouxesse a criança de volta.

Serva: Odin-Sama.- a moça adentra a sala se curvando para os deuses. Retomando a postura ela ajeita a criança que estava trocada com roupas novas. Odin toma a criança de seus braços vendo o pequeno embrulho se mexer fazendo a coberta deslizar de seu rosto. Thor e Loki se curvam sobre os ombros do Deus observando o rosto do ser. A pele daquela criança era tão branca quanto seus cabelos, suas bochechas pintavam um pequeno tom de vermelho e seus cílios brancos se abriam vagarosamente dando a visão de suas íris douradas.

Loki: É bonitinho.- o esverdeado diz rodando o indicador sobre o rosto da criança que tentava pegá-lo.

Thor: É tão branco que até o sol vai machucá-lo.- ele vira o rosto assim que o ser estica os bracinhos em sua direção.-- Não terá força para se tornar um berserker digno de Argard.

Serva: E-então. A criança na verdade é uma menina.- agora que o berserker do trovão tinha ainda mais certeza da fragilidade dela.

Loki: Então... essa é a nossa nova irmãzinha.- seu sorriso se alarga.-- Vou ser uma inspiração para ela.-- ele estufa o peito orgulhoso recebendo uma careta da criança.

Odin: Deixarei ela o mais longe possível de você.- Loki bufa indignado.-- Ela será criada para ser uma princesa de Asgard. Você seria um péssimo exemplo.

Thor: E os outros deuses aceitariam?

Odin: Serão tolos se si opuserem a mim.

Thor: Eu digo que... se tentarem atacá-la quando ela estiver só. Um humano não resistiria.- o ruivo diz sério encarando a criança de pele alva nos braços do pai.

Odin: Isso seria uma rebelião contra mim. Se isso acontecer deve matá-los imediatamente.- Thor não tinha oque dizer então apenas saiu para ir treinar em algum lugar. Loki ficou alguns minutos tentando sorrateiramente retirar a pequena criatura de seu pai, oque foi falho fazendo o Deus sair carrancudo da sala e ir aprontar algumas brincadeiras pelo reino. Entregando a de volta a serva o Deus se volta para o seu escritório.

....

Já era noite enquanto a divindade caminhava até o seu quarto até o choro alto de uma criança ser escutado e os passos apressados da serva que passava correndo pelo corredor pararem em frente a ele em uma reverência. Antes que ela voltasse a correr com a criança que se debatia em seus braços o Deus lhe chama.

Odin: Oque aconteceu?- os olhos dourados caem sobre o bebê que tinha os olhos marejados.

Serva: Eu não sei senhor. Já está trocada e alimentada. Mas não para de chorar a algum tempo.- os olhos da criança se abrem e ela estende os braços em direção ao Deus que relutante a segurou, assim cessando o choro da mais nova.-- Me desculpe senhor! Eu não fiz o meu trabalho direito.- o Deus suspira empurrando a porta do quarto levando a criança junto.-- Senhor?

Odin: Ela ficará aqui hoje.- fechando a porta ele se encaminha até a extensa cama se sentando na beirada colocando a criança sobre o colchão em meio os lençóis de tons escuros.-- Já tem uma personalidade forte.- Odin encara a figura humana que logo adormeceu com suas pequenas mãozinhas agarradas ao seu manto. Na cabeça dele a criança estava chorando porque não estava com ele, e não pararia até que conseguisse oque queria.

Morada de AsgardWhere stories live. Discover now