Engraçado como você quer ver minha dor...

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︻┻┳═一

"Eu já me sacrifiquei demais pra entregar tudo no seu colo"
"Eu não consigo evitar"
"Eu preciso te ter mais uma vez"

Itadori
Na tarde de sábado, eu sabia que algo estranho tava acontecendo, Nobara sempre saída de casa de tarde, quase como uma rotina. Era estranho demais, está incomodando, olhava firme pra mesa de jantar na nossa casa aonde morávamos. Éramos amigos, mas depois de anos, viramos namorados, já faz realmente alguns anos. Poxa, de tarde em um sábado, antigamente era diferente ficávamos juntos e assistíamos um filme de comédia romântica, mas isso mudou por causa da tal amiga da Nobara. Essa amiga sempre chamava Nobara nas horas mais importunas, como um chiclete.
Fora que nunca nem vi essa amiga dela, eu queria confrontar, mas não queria parecer um fraco ou possessivo com ela, nunca a deixaria desconfortável, não era o que eu queria.
Nobara estava saindo do quarto com os cabelos amarrados, já não eram tão curtos e seu corpo permanecia o mesmo, ela estava com um batom rosa e arrumada, pronta para sair de casa novamente indo dormir na casa da amiga. Assim ela me fixou com o olhar e depois saiu, era exatamente 10 horas da noite, eu deveria deixar ela nessa casa, mas ela sempre negou minha ajuda.
Era estranho e chato, isso parece que afasta nós, ela não percebeu? Eu vou dormir pra esquecer isso.

 "Temos chance de dar certo?"
"Ou foi tudo em vão?"
"Talvez se o céu desabar agora"
"Não precisarei saber"

Nobara
Andava em linha reta pra casa, até que sentir um carro atrás de mim, não era conhecido, mas era estranho que naquela hora o carro desconhecido estava indo na mesma rua que eu, como se tivesse acompanhando. Merda,  isso vai me custar os pés! Esses sapatos não são confortáveis pra correr, merda! Eu tentava correr mais rápido, mas o carro estava prestes a me alcançar com facilidade, até que entrei em um atalho no qual eu já sabia a existência, e achei que me daria bem nisso, mas estava enganada quando de repente sinto um braço me puxando pro lado logo me segurando fortemente e sinto uma lâmina na minha garganta, eu já sabia o que iria acontecer a partir disso.
A pessoa logo pegou minha bolsa e me jogou pro lado, pensei em piores coisas que poderia acontecer, mas foi somente um assalto. Levou tudo de mim e me machucou, e estava armada, não consegui ver o rosto dele ou dela, sinceramente, chorei logo em seguida pelo susto, mas nada de grave aconteceu, apenas pensei em Yuji e logo corri do local para buscar sua companhia calorosa.
Entrei em casa devagar, ele poderia estar dormindo, apenas entrei devagar no quarto e iria tomar banho logo, os machucados não foram graves, mas os objetos que tinham lá, alguns era valiosos e caros, mas pensei positivo já que eu poderia recuperar...
Fui pro quarto e logo vi o corpo de Yuji na cama, ele realmente dormia feito pedra, ainda estou assustada e não sei se conseguiria dormir...apenas deitei ao lado dele e tentei fechar os olhos, até ele acordar e perceber eu incomodada, ele realmente acordou?

"Olhe nos meus olhos"
"Me ame como se fosse me perder"
"Me segure perto"

Itadori
Algo tava acontecendo, ouvir alguns sons de noite, mas achei que era gato ou algum bicho, mas depois de um movimento que sentir bem perto de mim, era Nobara machucada e nervosa, ela fechava os olhos tremendo, até eu tocar em seu rosto ela abriu aqueles olhos que tanto me encantava. 
– O que aconteceu? Nobara? – disse preocupado. Muitas perguntas vieram na minha cabeça, ela não tinha ido na casa da amiga? 
– Fui assaltada. Me levaram tudo... Yuji. – a fúria me dominou naquela hora, Nobara foi assaltada e ainda foi machucada, mas precisaria manter a calma. 
– Por favor, tenta descansar, amanhã vemos isso, vamos denunciar, tá? – ela concordou com a cabeça e logo deitava sua cabeça na nossa cama. Aquilo me deixou surpreso, peguei meu celular e tentei vê se o ladrão havia visto o WhatsApp de Nobara, o ladrão vasculhou o celular dela sim, pelo visto. Estava tão focado que não percebi quando Nobara chegou me abraçando e logo me dando um beijo na bochecha, sendo algo simples me deixou animado.
– O que está fazendo? 
– Não se preocupe, nada que vai prejudicar, eu vou tentar...– Tive a ideia de mandar mensagem pro ladrão, será que eu teria uma resposta? Provavelmente não, Nobara deitava e logo dormia rapidamente. Ela já estaria mais tranquila? 
No mesmo momento que iria guardar o meu celular, uma mensagem chegou, era exatamente o contato de Nobara, e pensei logo que podia ser o ladrão safado. Com raiva, fui vê a mensagem do sacana.

(Aqui é o cara que roubou o celular dela)

(Mano, devolve)

(Deixa de ser trouxa, ela está te traindo com um tal de Senno, todo o sábado)
(Ela me disse que ia dormir na casa de uma amiga...)

(Corno)

Aquilo foi um tiro, essa história não podia ser real, mas pensando melhor, por que um assaltante mentiria assim? Não faz sentido, teria que checar as provas pra isso...
(Cara, vamos fazer assim...você ficar com o celular dela, bora dar um rolê?)
(Interessante, vamos)
A conversa foi muito rápida, aquilo realmente era sério? Nobara seria infiel? Aquilo não podia está acontecendo, mas queria ver as provas pra isso, se ele não me mostrar, é mentira provavelmente, mas ele topou de sair comigo...deve ser burrice tentar sair com um assaltante, mas vou armado pra isso.
Logo fitei Nobara cabisbaixa, e me deitei ao seu lado. Aquilo perturbou minha mente de uma forma esmagadora e só conseguir dormir mais tarde.
Um sofrimento sem fim, ter que observar Nobara com outros olhos ainda mais julgadores pela manhã. Estava pensativo, eu era um ótimo namorado, pensava "no que eu errei?" Não era tudo perfeito, mas eu fazia as vontades dela, eu respeitei ela como pessoa, apoiava suas opiniões e crenças, esse era seu caráter? Nobara percebeu o meu incômodo e logo foi pra mais perto.
– Você está estranho, pode me contar agora! 
– Nobara, você me ama? – perguntei, no fundo dos olhos dela e sua expressão mudou. 
– Que pergunta é essa? É claro que te amo! 
Tentei ter uma conversar franca com ela mas no fim não deu em nada realmente, eu estava confuso, por que confiar em uma pessoa aleatória do que na própria namorada? Eu teria que vê com meus próprios olhos, e seria hoje. 
Apenas sair de casa hoje, e caminhei pra uma lanchonete, verifiquei meu celular e observei novamente o contato de Nobara, iria marcar o encontro hoje com o ladrão, nesse ritmo uma mensagem veio na hora.
(Considerando o que sua namorada passou, você anda tranquilo com o celular na mão,né?)
(Maldito, está me vigiando? Vem aqui comigo cara a cara!)
(Só quando eu quiser, seu insignificante)

"Mas ele não queria perder aquela oportunidade, mas o ladrão revelou-se de longe, com marcas no rosto, olhos carmesim, e tinha mais tatto pelo seu corpo, já que usava apenas um casaco sem nenhuma blusa, deixou seu peito nu logo chamando atenção de Itadori. Ele chegou perto demais das cadeiras logo fixando seus olhos nos de Itadori, Itadori sentiu um arrepio e paralisou em um instante, o homem apenas sentou-se de frente para Itadori, observando o local aonde estava, o que incomodava ele era a poeira que estava lá, enquanto Itadori tava nem aí pra isso."

– Ei, qual é seu nome? – sem medo, perguntou, aquele homem havia lhe chamado atenção, aquele era o ladrão? Tinha jeito mesmo...
– Ryomen Sukuna – disse sem hesitar, apenas abrindo um sorriso sarcástico para lado de Itadori.
"Que cara estranho"
– A acusação que fez ontem foi muito séria! Será que você podia me provar aquilo? – sem hesitação, ele me mostrou o celular dela, abrindo o PV do WhatsApp com um tal de Senno.
– Aí moleque, conhece? – ele apontou pro perfil de Senno.
– Nunca nem vi. – Fiquei em choque, as conversas eram variadas, ela realmente me traia, não tinha como ser fake, as datas não batiam, além de não ser um print.
– Ele vai rodar. – eu realmente não entendia o que aquele cara tava me dizendo, como assim "rodar"? Bom, aquele era o fim, realmente Nobara era infiel e eu fui trouxa de não perceber.
– Ei, você é hétero? – uma pergunta íntima dessa do nada? – O gato comeu sua língua? – Vacilei, demorei pra responder ele...logo sentir meu rosto arder e apenas me levantei e sair correndo.
Só dava pra observar o rosto de Sukuna com cara de tacho, com certeza se perguntando do que diabos havia acontecido. Sem querer, fiquei com o celular da Nobara, vou usar como prova para confrontar ela, será que ele ainda vai querer o celular dela?

"Sukuna apenas seguiu Itadori sem ele perceber, as janela da casa dele não tinha cortinas e seria fácil observar de longe, iria rolar uma briga feia e era tudo que Sukuna queria."

Madness (Sukuita)Onde histórias criam vida. Descubra agora