I

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BRUNA

Eu não vou me casar com alguém que eu acabei de conhecer. Passei anos tentando convencer meus pais de que eu não precisava de um marido para me tornar rainha, e não vai ser bom ter o reino das trevas com algum tipo de poder sobre nós."

Ninguém tinha me dito que o casamento já estava planejado desde que eu tinha os meus 13 anos de idade; são 7 anos de espera. Isso chega a ser doentio, e se eu tivesse arranjado um namorado? Ou decidido me casar com alguém diferente? Provavelmente eu seria forçada a me casar com o príncipe das trevas e o meu "namorado" seria levado para as masmorras ou seria guilhotinado.

"Mas o poder vale a pena, Bruna", dizia mamãe quando eu reclamava que isso não era justo. "Sempre vale."

A palavra "sempre" meio que soava como mentira; não precisávamos de poder. Já tinha passado da minha hora de dormir, mas eu queria terminar de escrever meu livro. Aprendi algumas técnicas enquanto lia na biblioteca do palácio. Enquanto eu escrevia o último capítulo, a minha caneta estourou nas minhas mãos, manchando todo o meu trabalho.

— Argh! - Reclamei, saindo para o banheiro para tentar tirar a tinta das mãos antes que tudo secasse.
Quando voltei para o quarto, lá estava o meu caderno todo manchado. O trabalho que eu tive para escrever foi todo para o lixo; não serve mais para nada.

— Caneta idiota. Livro idiota.

Peguei minha jarra de água, que estava vazia, e desci para a cozinha para enchê-la de novo. Quando passo pelo corredor, lá estavam meus pais conversando com um homem que eu nunca tinha visto antes. Ele era alto, moreno, tinha olhos e cabelos pretos, possuía muitas tatuagens em seu corpo e algumas cicatrizes.

Coloquei os ouvidos perto da porta para ouvir melhor a conversa.

— O casamento será em dois dias, dizia o homem furioso. — Caso contrário, podem esquecer a nossa aliança de reinos, e vocês ficarão sozinhos em caso de guerra, continuou ele.
— Você está exagerando, diz meu pai com desdém. — Você não gostaria de conhecê-la antes?
— Não tenho interesse.
— Eu acho que seria bom manter os velhos costumes dos rapazes cortejarem as damas antes de se casarem, falava minha mãe enquanto degustava um vinho.
— Os velhos costumes morreram junto com o século passado. Se ainda quiserem a ajuda do reino das trevas, levem a sua filha ao meu castelo em dois dias", diz o homem, saindo sem ouvir a resposta de meu pai.

Voltei correndo para o meu quarto, atordoada com o que acabei de ouvir. Eu não quero me casar. Guerra? O que ele quis dizer com isso? Não estamos em Guerra.

 Guerra? O que ele quis dizer com isso? Não estamos em Guerra

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Estávamos a caminho do Reino das Trevas. Eu tentei resistir, mas eles me renderam e me levaram à força. Quando chegamos, fomos recebidos por um escudeiro que nos levou até nossos aposentos. No meu quarto, havia uma mulher me esperando.

— Quem é você?—  Pergunto.
— Sou sua futura dama de honra, princesa, ela respondeu após fazer uma reverência.
— O que? Perguntei confusa.
— Uma dama de honra é quem cuida da princesa e da rainha consorte. Em breve, você se casará com o Príncipe Gabriel, ela explicou.
— Ah, entendi — respondi

Eu estava vestida com um vestido azul escuro de manga curta. Ele era aberto dos lados e possuía algumas borboletas como detalhe.

O jantar estava pronto, e todos nos sentamos à mesa. Eu estava na frente do príncipe, e ele me olhava de um jeito estranho. Estava me sentindo desconfortável e só queria sair da mesa e me esconder em algum lugar. A comida chegou junto com as bebidas, e começamos a comer.

O jantar ocorreu sem problemas, e pedi licença para me retirar da mesa e ir aos meus aposentos. No corredor, havia alguns quadros com pinturas, e parei para observá-los.

— Em breve, terá um quadro seu nessas paredes, minha princesa — disse o príncipe enquanto se aproximava com cuidado.

— Não sei se quero — respondi.
— O quadro? — Ele perguntou confuso.
— Me casar com você —  eu disse agora olhando para ele.
— Hh, meu amor — ele tocou meu rosto, — Por que não?
Ele segurou minha cintura, e eu tentei me desvencilhar, mas ele me prendeu contra a parede.
— Eu não conheço você e não tenho interesse em me casar agora — tentei me soltar novamente.
— Se o problema é esse, podemos nos conhecer melhor — insistiu o príncipe.

Depois de algumas tentativas de me soltar, consegui correr até o quarto e trancar a porta. Me deitei na cama e comecei a chorar compulsivamente. Chorei até pegar no sono.

Fim do primeiro capítulo 😁  Para quem já leu, deve ter notado algumas mudanças, eu revisei o capítulo e arrumei umas coisinhas, vou fazer com todos em breve 🩷

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Fim do primeiro capítulo 😁
  Para quem já leu, deve ter notado algumas mudanças, eu revisei o capítulo e arrumei umas coisinhas, vou fazer com todos em breve 🩷

Aos novos leitores, o que acharam?



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