Give me a chance? | Jenlisa (G!P)

PRÓLOGO

Acabara de amanhecer na Coreia, o nascer do sol era lindo mas não o bastante para chamar a atenção de Lisa já que a garota estava morta de sono, consequência de não ter pregado os olhos esta noite, tudo por causa de um enjoo insuportável incapaz de deixá-la dormir. Isso não era normal, Lisa raramente ficava doente, se cuidava muito bem e sempre foi muito saudável, mas não se preocupou muito afinal era apenas um enjoo então um remédio resolveria.

Assim que notou que lá fora já estava claro, ela se esforçou para levantar da cama, calçou os chinelos e mesmo resmungando caminhou para fora do quarto tentando se manter concentrada para que nada voltasse de sua garganta. Assim que chegou na cozinha, afim de encontrar a caixinha com os vários remédios que tinham em casa, deu de cara com sua mãe preparando o café já que em poucos minutos ela sairia para trabalhar junto com o marido.

— bom dia, mãe. — Lisa disse se arrastando e bocejando pela cozinha.

— oi, querida, bom dia. — Chitthip, sua mãe, respondeu mesmo que intrigada.

Ainda era muito cedo e como Lisa já tinha terminado a escola, normalmente acordava um pouco mais tarde, fora que sua aparência estava péssima então sua mãe percebeu que havia algo errado.

Depois de olhar no relógio da parede da cozinha e se certificar que realmente ainda era cedo, Chitthip lhe questionou o porque de estar de pé tão cedo.

— o que faz acordada a essa hora? — perguntou terminando de fazer a sopa para o café da manhã, vendo-a pegar a caixinha de remédios no armário.

— não consegui dormir essa noite, estou muito enjoada — balbuciou revirando os remédios — sabe se tem alguma coisa aqui pra enjoo?

— acho que a caixinha com detalhes amarelos aí no canto — respondeu esticando o pescoço tentando ver melhor o conteúdo da caixa — quer que eu prepare um chá pra você?

— achei. — Lisa sussurrou para si mesma e virou-se para sua mãe — não precisa, mãezinha, isso deve resolver. — ela sorriu lhe mostrando a cartela de remédio nos dedos.

Chitthip retribuiu o sorriso e continuou a preparar o café da manhã enquanto Lisa se dirigia para a geladeira, despejou em um copo de vidro um pouco de água e sem demora o virou na boca junto com o remédio.

— será que foi algo que comeu? — sua mãe indagou levando o preparo para a mesa.

Lisa nem teve tempo de responder, aquele cheiro de sopa entrando em suas narinas fez seu estômago embrulhar e dessa vez nem a melhor das concentrações conseguiria ajudá-la.

Ela correu depressa para fora da cozinha esbarrando com seu pai no caminho, antes que chegasse a um lavabo próximo a cozinha. Nem mesmo fechou a porta e já estava jogada em frente ao vaso sanitário colocando tudo, ou melhor, nada para fora já que não havia comido nada nas últimas horas.

— o que houve? — Marco, seu pai, perguntou desnorteado à esposa que largou tudo na cozinha para ver a filha.

— ela está passando um pouco mal — respondeu no caminho, sendo seguida pelo marido.

Quando finalmente chegaram ao lavabo, encontraram-na escorada na parede encostando também a cabeça, seus olhos estavam fechados para facilitar seu esforço em regular sua respiração e não deixar mais nada passar por sua garganta.

— não acha melhor ir ao médico? — a voz de sua mãe fez com que ela abrisse os olhos — pode ser alguma virose, vai saber.

— eu concordo com a sua mãe, é melhor checar — seu pai reforçou.

— não acho que seja necessário — Lisa resmungou tentando se levantar — mas é melhor do que ficar vomitando.

(...)