Enquanto uma vontade de abraçar Deus me arrebata, como um sopro de alívio e uma felicidade que extasia e abraça, percebo:
Não quero abraçar deus. Quero abraçar a vida: no seu mais primitivo instinto do qual os livros e os filmes falam. Quero abraçar a infidelidade da vida, sua caminhada cansativa de aprendizados fatigantes, amargos. Quero abraçar e não descansar nunca mais.
Não porquê não busco a paz. Pelo contrário, me encontro cansado e desolado. Mas após repetidas vezes, aprendemos como as crianças. O erro de querer o que não se deve querer.
Quero a simplicidade, a calma dos meus amigos e a minha calma, a da minha alma. Venho me gostando mais, me esperando mais.
Quero me embriagar na bebida amarga que é a vida.