Apaixonado pela Babá

Capítulo 5

 – Eu tenho uma oferta para você!

Minhas sobrancelhas franzem. – Que tipo de oferta?

– Preciso que você seja a babá do Liam – , ele diz sério. Meu queixo cai e eu olho para ele procurando por qualquer sinal de mentira. Mas não há nenhum.

– O quê? – , eu suspiro. Olho para Liam e depois para seu pai.

– Você está falando sério? – , exijo, incrédula. Parece que ele me odeia e então está me pedindo para ser babá de seu bebê. Que diabos!

– Eu não te perguntaria se não estivesse falando sério – , ele diz calmamente pela primeira vez.

– Mas por que eu? – , pergunto e acrescento: – Quero dizer, você deveria contratar um profissional. Não eu.

Posso pensar em mil razões pelas quais não posso fazer isso. Mas o principal é que nunca cuidei de um bebê e ainda sou estudante.

– Olha – , ele afirma. – Não consigo encontrar outra pessoa em tão pouco tempo e Liam parece gostar de você.

Ele para, olha para mim e continua: – Além disso, você precisa de um emprego.

– Como você sabe disso? – , exijo com cautela. – Você está me perseguindo?!

– Não! – , ele retruca.

– Então como você sabe disso?!

Parece que ele está controlando sua raiva, mas não vou recuar. Tento olhar com raiva para ele também.

Lindas esferas azuis a marrons opacas!

– Fui ao restaurante mais cedo e o gerente me disse que demitiu você.

– Bem, isso é perseguição – , declaro. – Porque você literalmente foi lá perguntar por mim.

– Não é perseguição – , ele sibila, enfatizando cada palavra lentamente. – Chama – se perguntar sobre uma determinada pessoa.

– Oh meu Deus! – , eu digo e sorrio. – Posso usar esse novo termo 'perguntar sobre uma determinada pessoa' sempre que quiser perseguir alguém na internet agora.

– E ela tem a audácia de me chamar de perseguidor! – , ouço – o murmurar baixinho ao desviar o olhar com raiva.

– Com licença! – , levanto minha sobrancelha esquerda interrogativamente. – Se você tem algo a dizer, diga na minha cara.

– Lamento não poder aceitar a oferta ,
digo depois de alguns segundos.

– O quê? – , ele pergunta. – Por quê? Você claramente precisa do emprego.

– Sim, mas acho que não consigo. – , digo com sinceridade. – Nunca cuidei de um bebê. E ainda sou estudante. Acho que não consigo fazer isso.

Olho para Liam em meus braços e suspiro. Por mais que eu queira fazer isso. Eu não acho que posso. Primeiro, não sei trocar fraldas e, segundo, não suporto esse maldito demônio diante de mim.

– Escute, eu sei que você ainda é um estudante... – ele começa, mas eu o interrompo abruptamente.

– Como você sabe disso?!

Ele parece surpreso e me encara. Ele parece perdido, mas posso sentir que sua mente está procurando por um retorno.

– Então você me perseguiu! – , declaro, balançando a cabeça para mim mesmo.

– Eu não fiz isso! – , ele retruca com raiva e depois acrescenta lentamente. – Você acabou de dizer isso sozinho.

Ele olha para todos os lados, menos para mim. Há uma adorável carranca em seu rosto, como se ele tivesse sido pego fazendo algo errado.