Único

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bom, eu achei essa aqui nos rascunhos dos meus docs e como eu sumi por tipo, um mês? (minha faculdade voltou fml), resolvi postar pra dizer um "oooooi, eu não morri"

então, espero que vcs façam ao menos um "haha"

é isso, boa leitura, não esquece de deixar um votinho e comentar (seu feedback é importante e eu sinto que não to falando com uma parede

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Aviso: Há citação a sutura (costura da pele humana enquanto procedimento médico) e sangue. Se não é confortável para você, não indico a leitura.

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Nos dormitórios da quadra B, há um boato sobre um invasor noturno, que entra no quarto dos alunos e rouba algumas coisas durante a madrugada. Graças a esse boato, Song Mingi acha eficiente pegar uma vassoura para se proteger quando escuta um barulho de passos vindos da sacada. 

Mingi é um homem adulto, crescido o suficiente para não temer banalidades assim, porém, aparências enganam, e a vassoura que achou no corredor vem a calhar quando ele se sente ameaçado. 

Os barulhos de passos dentro do pequeno apartamento progridem para a cozinha pouco a pouco. Mingi sabe disso porque vem acompanhando de longe seu invasor, o único momento que perdeu foi há alguns minutos atrás, quando ele passou pela porta de entrada. Isso o faz pensar que teria sido melhor ter agido antes ao invés de apenas se fazer de surdo para todos os indícios que diziam haver alguém tentando silenciosamente abrir sua porta. Agora, tudo o que ele tem para se proteger é uma vassoura e a sua força descomunalmente desregulada.

O invasor decidiu roubar copos, Mingi conclui assim que vê uma figura parada em frente ao armário. Ele usa capuz, e no escuro que o apartamento está, Mingi considera que todas as suas roupas são pretas. Tendo seu invasor finalmente parado, Mingi considera que este é o exato momento de agir. 

Ele se aproxima meticulosamente, nas pontas dos pés, e quando está perto suficiente — ao menos um metro de distância —, ergue a vassoura no ar, e antes que o invasor tenha tempo para reagir, ele é acertado duas vezes bem na nuca. 

O cabo da vassoura quebra na segunda batida e Mingi começa a pensar que pôs muita força. 

— AAAAAAAAAAAH, PORRA!

É um grito de dor por parte da vítima. 

— AAAAAAAAAH, HONGJOONG?! 

É um grito de desespero por parte de alguém que sabe que fez uma merda das grandes.  

A voz conhecida faz Mingi amaldiçoar todas as suas gerações anteriores, presentes e futuras. 

Não é um invasor, é Kim Hongjoong, seu colega de quarto, e ele não parece nada feliz. 

— Tu tá doido?! Tu tá doido?! 

Hongjoong basicamente ruge, colocando a mão na nuca para ver o estrago. Ele fazia aquilo tentando ignorar cada explosão de dor que sentia. 

— Eu que pergunto! Que porra tu fazia no escuro?!  

Mingi está preocupadíssimo, e a esse ponto, já cruzou a cozinha para ligar o interruptor de luz. 

𝙂𝙤𝙡𝙥𝙚 𝘿𝙚 𝙎𝙤𝙧𝙩𝙚 | 𝘴𝘦𝘰𝘯𝘨𝘫𝘰𝘰𝘯𝘨Where stories live. Discover now