Cathenys foi criada em uma espécie de harém em Pointsville junto de sua mãe, uma mera concubina. Apesar das circunstâncias, recebia várias visitas de seu pai, o rei Jordensy IV, junto de presentes, joias e roupas. Infelizmente enquanto possuía dez p...
A história se passa em um tempo indeterminado, onde a humanidade supostamente teria encontrado um novo território e simplesmente o abandonado no meio de sua colonização.
Caídos – Uma forma grosseira de chamar a plebe, neste universo verão bastante esse nome, assim como derrubados, para nomear nobres que perderam suas posses.
Pointsville – Vem da palavra Points em latim significando ponte (ao longo da trama será melhor de entender).
Os nomes eu me esforçarei para que fiquem originais, mudando letras em nomes comuns ou criando da minha cabeça.
Rules – São os “lords” do universo da história, são pessoas responsáveis pela ordem do reino (por exemplo: um rule, responsável por finanças).
Novum Salon – Vem do latim com a tradução de “novo salão/salão novo”. Ele é um salão dos homens ou mulheres. Basicamente, onde ficam os concubinos(a), maridos(a) do rei ou rainha.
Domine – Mais uma palavra vinda do latim, combinando com Sir da língua inglesa.
Só queria deixar tudo explicadinho pra vocês mesmo 😉.
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*Pov: Cathenys*
Jamais imaginei que subiria ao palco da morte. Todos ao meu redor imaginavam a beleza de estar no topo do mundo, observar todos tão minúsculos quanto pulgas, na verdade, só via a imundícia disfarçada de ouro, lobos em pele de cordeiro, prontos para o banquete, e eu, era prato principal.
Por cima de toda a hipocrisia, de pé, segurando um enorme cetro, estava um velho magro, que mal podia mover os dedos ou formular uma única palavra na língua mãe. Sua mitra, adornada com um maldito rubi no centro, a luz do sol refletia em meus olhos, em um tom vermelho incandescente, me obrigando a piscar freneticamente para que meus olhos se adaptassem. A única cor que rivalizava com a da pedra preciosa, era o rubor de minhas bochechas, sob o olhar implacável da multidão, que observava cada passo, cada piscada, cada gole de saliva. Homens, mulheres, crianças e caídos intrusos, todos presentes para testemunhar minha queda.
Enquanto tentava desgrudar a redonda hóstia do céu da minha boca, com auxílio da ponta da língua, meus pensamentos voltaram ao porquê de eu estar ali. No fundo eu sabia a resposta: sorte.
Não posso dizer que algum dia cai de amores por meu irmão Pater, mas também não direi que o detestava, apenas éramos indiferentes um para o outro como animais vivendo no mesmo habitat, sem nenhuma competição. Não me surpreendeu a criação de seu grupo rebelde contra meu reinado, os Blue Birds, com um enorme pássaro azul sobrevoando uma imponente torre de pedra como símbolo. Para falar a verdade, a única coisa a qual me surpreendeu, foi aquele símbolo patético.
