Capítulo 1

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A cinta liga ficou exatamente como eu queria que ela ficasse.

Me olhei no espelho uma última vez, eu estava escaldante. Era a minha noite, eu seria anunciada a solo, sem mais ninguém. Os homens adoravam a forma como eu me mexia, bem como eles sabem do prazer que eu tenho em me exibir.

Algumas pessoas dizem que isso é uma parafilia, mas se ela me faz bem eu não tenho do que reclamar. A sensação de estar lá, na frente de todos eles girando, descendo, subindo, rebolando, me abrindo, tocando...e olhar as suas expressões de súplica e desejo explícitos.

Não é pelo dinheiro, embora se fosse, eu meio que seria bem rica e não teria necessidade de continuar, pois todos eles sempre querem uma dança particular, sempre querem ter a oportunidade de me tocar, nem que seja por um mísero segundo.

E eu adoro isso, a aflição deles.

Não estava usando o espartilho vermelho, estava usando o rosa, que não era menos atraente, eu só não queria fazer com que os caras ficassem com as bolas azuis, embora...não...seria bom sim.

— (A sedução nunca foi tão doce)...- Ouvi o homem da casa, já começando a fazer a abertura e de seguida uma enorme salva de palmas e assobios masculinos.. — ( A casa de debutantes os recebe com as nossas melhores meninas, será que deu para aquecer vocês?) - Ele perguntou e mais assobios se ouviu quando eu saí do camarim e me apressei em andar até onde eu deveria. — Ainda bem que sim, porque agora, agora vocês estão prontos para embarcar nessa enorme viagem de sedução e luxúria). - Ele falou quando eu eu cheguei até onde eu deveria me posicionar por trás das cortinas. — É com imensa honra e entusiasmo que eu tenho o prazer de chamar a diva da casa, a mais esperada por vocês, a única e inesquecível, Holly Queen.

Não foi preciso pensar demais, esperar demais, era natural. A melodia começou, as luzes se apagaram, o gelo seco começou, as cortinas se abriram e lá estava eu.

Desfilando em passos lentos pelo palco até a barra de pole dance que já conhecia muito bem o meu corpo.

As pessoas estavam em silêncio, eles sabiam, todos sabiam que aquele era o meu momento, o momento em que eles deveriam simplesmente calar e olhar, olhar e sentir.

Quem diria
Que era possível fazer amor
Por telepatia
A Lua está cheia, minha cama está vazia

Quando finalmente alcancei a barra, as minhas costas se prenderam nela e sem pressa, eu fui me agachando até apoiar todo o meu peso nas minhas pernas.

Eu faria tantas coisas com você
Se você estivesse na minha frente
Eu te faria perder a cabeça
De noite e de dia, de noite e de dia

Rapidamente me virei e me esfreguei na barra, uma das minhas pernas entrelaçou a barra e com facilidade eu girei, inclinei o meu corpo para trás e deixei a minha cabeça cair, deixando o meu cabelo solto tocar a minha bunda.

Você sabe que estou apenas a um voo de distância
Se você quiser, pode pegar um avião particular
Estamos nos conectando a quilômetros
E você me deixa acesa, embora não esteja me tocando

Enquanto girava, eu sentia, sentia na pele aqueles olhares, aqueles olhares lascivos e famintos, aquela sensação que passava pelo meu corpo, só o fazia se avivar ainda mais.

Eu me afastei da barra e toquei o meu corpo, dei uma meia volta e voltei a apoiar o meu corpo nas minhas pernas, Quando alcancei o chão, eu dei uma espargata e me deitei nele que já estava coberto de dinheiro.

Você sabe que eu tenho muito a dizer
Todas essas vozes no fundo do meu cérebro
Me dizem tudo o que você está pensando
Eu imagino o que você já está tramando

Mais Uma DançaWhere stories live. Discover now