Instintos ou desejos?

Existe em mim um instinto de onça
Porém essa onça, se encontra
Ferida, sem companhia, machucada
Mas sempre atenta à próxima caça.

Desejo água da fonte,
Desejo as trilhas de Belo Horizonte.

Desejo cultivar flores,
Desejo sentir os mais belos aromas,
Desejo correr de alma nua pelos biomas.

Desejo ver e viver amores,
Desejo sentir os espinhos da rosa
E também expressar minhas dores.

Espero que em um dia, e,
Em determinados momentos
Você ouça mais,
E fale menos.
Sei que você gosta quando eu falo sobre sentimentos

Desejo de ter minhas artes espalhadas e compartilhadas ao longo das trilhas, pedreiras, matas, edifícios, escolas e estradas.

Já desejei muito por status, fama
Mas que drama!
Quando ela veio, tal onça correu pelas montanhas.

Desejo beijos, desejo cheiros,
Mas o meu grande amor
Ainda não conheço.
Uma coisa te digo,
Em meus melhores sonhos, eu te vejo.

Nesse poema e nessa escrita
Há um pouco dos meus desejos, um pouco sobre mim;
Talvez, um único conselho e muitos devaneios.

Meu desejo é de arte, sou regido por Marte
Sim, regido pelo fogo
Você pode ser água, ar ou terra

Meu espírito é de guerra
Mas minha alma quer paz.

Meus desejos me incendeiam
Doma-me
Se for
Capaz.

João Vinícius 19/06/23