Promise

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Nota da singela aspirante a autora: escrevi essa durante um desvaneio espero que minhas queridas antorene shippers gostem
Xoxo Sammy.

"Me ofende muito te ver desse jeito Antônio"

"Me da licença preciso ficar sozinha"

Antônio sabia que precisava ir atrás dela precisava explicar o porquê havia ficado tão abalado com a notícia que recebeu de Caio.

Mas por hora não conseguia raciocinar, sua primeira esposa que até então supostamente estava morta poderia estar viva, aquela mulher que ele enterrou, viveu o luto por todos esses anos, e agora isso de repente ela poderia estar viva

Antônio não sabia porquê de fato isso mexia tanto com ele, na verdade nunca soube, a Agatha era como uma paixão roubada, supostamente interrompida pela morte precoce. 

E apesar dele não demonstrar sabia que seu amor pela Irene a mulher que passou todos esses anos do lado dele, a mulher que deu a ele dois filhos (por mais que um não fosse seu de sangue) a mulher que esteve ao seu  lado até nos piores momentos, durante as piores crises e apoiando até as piores decisões que ele tomava.

A mulher que havia movido tudo para tirá-lo da enrascada que esteve dois dias atrás, a mesma mulher que um dia atrás ouviu de sua boca a promessa que seria um marido melhor, mais presente, mais carinhoso…E hoje a magoou, novamente, Antônio sabia que precisava ir até o quarto dos dois e tentar se abrir com ela, devia explicações, devia ao mínimo desculpas por a magoar dessa forma, por ainda demonstrar incerteza em seu olhar ao lembrar de Agatha.

Não conseguiu criar coragem para ir até o quarto, queria mas só a ideia de ver sua esposa chorando por sua causa lhe causava uma culpa terrível, afinal Irene La Selva não era de chorar tão fácil. Decidiu ficar em seu escritório, queria pensar melhor no que havia escutado, no que havia dito.

A transparência de sentimentos nunca fora seu forte, muito menos sabia como entender esses sentimentos, fora ensinado que sentimentos eram sinônimo de fraqueza e não combinava nada nada com os La Selva demonstrar fraqueza.

Inerte em  pensamentos, se viu  encarando o porta retrato em sua mesa, na foto apenas ele e Irene, abraçados e sorrindo, tentou se lembrar do dia em questão, e riu ao lembrar que nesse dia Irene estava furiosa com ele por ter se atrasado para as fotos que ela tanto gostava de fazer todos os anos antes do aniversário de casamento deles, havia tentado de tudo para fazer a mulher dar um sorriso sincero para a foto, o que era para ser a apreciação de uma foto avulsa se tornou uma leve volta ao passado quando ele começou a olhar ao redor de seu escritório, viu que estava cercado por lembranças, cada foto tinha uma história

muitas delas uma história engraçada principalmente as que envolviam a família inteira, ele se viu percebendo quantos detalhes havia naquelas fotos, Irene sempre impecável, Petra quase sempre no meio Daniel ao lado da mãe e Caio ao seu lado. 

Se lembrou de quantas vezes havia chego atrasado para tirar essas fotos, quantas vezes precisou se desdobrar para que Irene perdoasse os atrasos, e ali preso nas lembranças nem percebeu o tempo passar, quando viu já era quase 2 da manhã e ele ainda estava dentro do escritório.

Sabia que era um bruto com todos, que escondia muito bem seus sentimentos mas naquele instante diante das lembranças de uma vida inteira, ele finalmente se deu conta, de que não importava se a Agatha estava viva ou não, seu casamento com Irene foi e é real, a vida que os dois construíram, todas as alegrias e tristezas eram dos dois, só deles, de mais ninguém, o amor deles não havia sido instantâneo fora um amor construído, tijolo por tijolo e Irene poderia não saber mas Antônio não estava disposto a deixar isso ruir, não por causa de Agatha.

 Quando o relógio marcou 2 da manhã  finalmente tomou coragem para ir até seu quarto, entrou devagar mas notou a cama vazia, bagunçada porém vazia, sabia que Irene havia tentado dormir mas falhará Procurou por ela pelo quarto  e a encontrou observando a noite na varanda do quarto foi se aproximando devagar para não assustar lá, se colocando ao lado de uma Irene inerte em seus pensamentos

_ Não conseguiu dormir? Quando ela ouviu a pergunta finalmente percebeu que não estava sozinha ali 

_ Não consigo dormir sozinha você sabe 

Ela disse com um ar magoado na voz

_ Eu sei, quer tentar dormir agora? 

_ E admitir que só consigo dormir do lado de alguém que não me ama? Não obrigado uma hora eu consigo 

_ Ei olha pra mim, Irene olha pra mim, você ouviu o que eu disse lá embaixo nosso casamento é o nosso casamento, eu sei que sou do jeito que sou, que não pareço prestar atenção nos detalhes, que pareço não te amar 

Mas eu te amo Irene, eu te amo em cada detalhe seu, eu prometi pra você ontem não foi? Prometi que iríamos ficar bem, e nós vamos, não importa o que aconteça, mesmo que a Agatha esteja viva, minha mulher é você Irene, minha Irene.

Disse isso olhando nos olhos da morena que o olhava agora não com mágoa mas com ternura 

_ Você promete Antônio? Promete que nada que aconteça vai fazer você se afastar de mim? 

_ Prometo, eu prometo o que é nosso nada nem ninguém vai roubar, eu te amo minha Irene eu te amo 

Os dois não sabiam o que o futuro os reservava mas naquela noite os dois esqueceram todos os problemas que os rondava, todas as incertezas e inseguranças, naquela noite apenas se amaram, como um casal em lua de mel e eles tinham a certeza de que nada nem ninguém poderia destruir o que eles construíram.




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⏰ Last updated: Aug 06, 2023 ⏰

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