Na ContЯamão - o Amor Te Fará Livre © RETIRADA 29/06

Cap. 4 Saudade

É uma droga, não é?
O momento em
que vocêpercebe que
não sabe nada.
🥀🥀

Apartamento Marcelo

Henrique entrou na casa e Cecília veio ao seu encontro, ambos se dirigindo para a sala.

— Henrique, o Marcelo me falou que aquela assassina voltou, é verdade? Como vão ser as coisas?

— Como sempre foram, cadê o Marcelo? Depois eu converso com você.

— Essa mulher não pode continuar aqui, Henrique. Não pode mesmo. Se você não der um jeito nela, eu darei! Ela não vai tirar o meu marido de mim.

— Parece que está mais preocupada com o seu casamento do que com qualquer outra coisa. - a fitou.

— O resto não me importa. Só o meu casamento, a minha família. Você e eu precisamos nos unir contra a Sofia. - Insistiu ela.

— Eu não tenho controle sobre a Sofia. Não posso ditar o que ela deve ou não fazer. Ela faz o que quiser, desde que não atravesse nosso caminho como está fazendo.

Ele olhou ao redor da sala, buscando algo para beber.

— Onde está o Marcelo? - Perguntou, servindo-se de um drink.

Escritório

Henrique entrou sozinho, e Marcelo, que estava concentrado, o olhou com interesse. Ele presumiu que Henrique tinha ido ver Sofia, como havia mencionado anteriormente. Sabia o quanto Sofia era obstinada e curiosa para saber como tinha sido o encontro.

— Não adiantou, não é? Como foi? Ela está bem? - Perguntou Marcelo, preocupado com o estado de Sofia.

Henrique resumiu o encontro com Sofia, suas palavras sendo cortadas por breves pausas enquanto ele tentava processar o que tinha acontecido. Não tinha sido como ele imaginava, e Sofia não estava como ele esperava encontrá-la.

— Ela está diferente. Nos acusando de sermos culpados por tudo o que aconteceu, inventando coisas. Ela sabe como plantar a dúvida. Ela sabe como te envolver... - Disse Henrique, sua voz cheia de confusão.

— Envolver? Como assim, Henrique?

— Ela sabe como te envolver na conversa, no olhar, no jeito. Às vezes parece uma leoa... outras vezes, uma menina dengosa. Frágil e você não sabe se deve se defender ou atacar.

— Você chegou a essa conclusão depois de apenas uma conversa?

Marcelo perguntou, ainda tentando entender a dinâmica entre eles.

— Eu a adverti para ficar longe da minha filha, que as acusações dela não têm fundamento algum. Adverti á parar de mandar essas porcarias principalmente pra mim, e se ela se atrever a mandar alguma coisa pra Laura, ela vai ter motivos para me chamar de assassino. Quase perdi as estribeiras!

Um sorriso melodramático contornou os lábios de Marcelo. Uma pontada agridoce chamada Saudade.

— Você se lembra quando escolhemos o anel que eu daria a ela no casamento? Passamos horas procurando o melhor. Você estava ao meu lado, meu amigo. Você me dava conselhos pra casar logo com ela, nos apoiou.

Henrique assentiu. Marcelo encostou na cadeira, pesaroso.

— Eu amava a Sofia da mesma forma que você amava a Patrícia. Não posso simplesmente apagar o passado, Henrique. - Concluiu Marcelo.