Na ContЯamão - o Amor Te Fará Livre © RETIRADA 25/07

Cap. 6 - Ironias

A vida é cheia de ironias: às vezes, o que esperamos acontecer não acontece, e o que menos esperamos se torna realidade.

Sofia saiu para o jardim do coquetel, buscando um pouco de ar fresco. As palavras de Cecília, era consumida pela angústia e pela raiva, vendo seus planos se tornarem apenas um sonho impossível após ser presa.

Ela caminhou pelo jardim, onde havia poucas pessoas. O ar noturno era fresco, e as luzes suaves das lanternas de jardim criavam um ambiente sereno. Olhou para as rosas brancas e as tocou levemente, sentindo a textura das pétalas frias contra seus dedos.

Uma voz jovem interrompeu seus pensamentos. Embora não entendesse as palavras, seguiu o som.

Era Laura, ao lado de um jovem rapaz que usava jeans e uma camisa social branca.

— Vamos, Laura, vamos? — insistia o rapaz, impaciente.

— Para, Doug, não quero — Laura estava zonza, parecendo bêbada ou dopada.

— Vamos, depois seu pai te busca lá em casa. Só tem gente careta aí.

Laura tentava soltar a mão dele, mas Doug não a deixava.

— Você não ouviu a garota? — Sofia se aproximou, sua voz firme e autoritária. — Solte-a imediatamente!

— Qual é, tia — Doug a olhou de cima a baixo, um sorriso lascivo no rosto. — Mulherão, hein.

Sem hesitar, Sofia deu uma bofetada no garoto.

— Saia daqui imediatamente! Você deu alguma coisa para ela estar assim?

Ela envolveu o braço ao redor de Laura, que parecia prestes a desmaiar.

— Laura, vamos, fique comigo.

Laura perdeu as forças e desmaiou, e Doug, assustado, saiu correndo.

Sofia tocou o rosto de Laura, tentando acordá-la.

— Laura, filha, fique comigo.

Julian saiu do coquetel, procurando por Sofia.

— Julian! — ela o chamou, sua voz carregada de urgência.

Ele correu até elas, a preocupação estampada em seu rosto.

— Laura desmaiou — disse Sofia, tentando sentir o pulso da menina.

Julian pegou Laura no colo, seus movimentos cuidadosos mas apressados.

Nesse momento, Henrique saiu para fora, seus olhos percorrendo o vasto jardim até ver Laura desacordada. Ele correu até eles, o pânico evidente em seu rosto.

— O que está fazendo com a minha filha? — gritou, a raiva e o medo misturados em sua voz.

Sofia, com o telefone na mão, chamava uma ambulância.

— Ela desmaiou — disse Julian, entregando Laura nos braços do pai.

— A ambulância já está a caminho — informou Sofia, tentando manter a calma. — Tinha um garoto com ela, tentando levá-la à força.