Capítulo 1: Auradon

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Pedro narrando.

O dia estava lindo, o céu azul parecia irradiar alegria a todos que o vissem e o sol brilhava na medida certa. Estava tudo perfeito dentro do possível. Mais um dia comum em Auradon.

Enquanto alguns estudantes estavam na biblioteca estudando, no ginásio treinando esgrima ou em outro lugar fazendo qualquer coisa do tipo, eu estava no meu quarto, com um costureiro real que tirava as medidas do meu corpo para fazer um terno para a minha coroação.

Olá, eu sou a Vossa Alteza Príncipe Real Pedro Tofani. Minha mãe é a Bela e o meu pai é o Príncipe Adam, mais conhecido pela forma física dele no passado, Fera.
Daqui a algum tempo a coroa será passada para eu. Logo meu pai anunciará publicamente a minha posse ao trono, eu tenho que fazer um anúncio oficial e real. No caso, a minha proclamação.

— Não acredito que ele se tornará rei no mês que vem! É muito jovem para ter um cargo tão grande e pesado! — escuto o meu pai falando enquanto entra no meu quarto com a minha mãe.

— Ele já vai fazer 18 anos, meu bem — fala minha mãe entrando nos meus aposentos logo atrás do meu pai.

— Mas ainda é muito novo para ser rei! Acha que ele conseguiria ter boas ideias com 18 anos? — ele ri. — Eu, por exemplo, só comecei a ter boas ideias depois dos, 46 — fala rindo e piscando para mim após perceber o olhar de indignação da minha mãe.

— Mas você decidiu se casar comigo com 28 — fala o olhando.

— Foi só para me livrar de um bule... — solta uma risada junto comigo após a minha mãe dar um tapa de leve na barriga dele — Brincadeira!

— Bom, mãe, pai, já escolhi a minha primeira proclamação — tento sair da posição que eu estava, mas o costureiro não deixou, já que estava tirando as medidas do meu tornozelo para os ajustes finais da calça.

— Manda — meu pai fala.

— Eu decidi que as crianças da ilha dos perdidos devem ter a chance de — fico quieto por um segundo, tomando coragem para falar — viver em Auradon — quando falo, todos parecem levar um susto. O costureiro me fura sem querer enquanto a minha mãe acaba por "cair" no colo do meu pai, que me olha boquiaberto.

— Os — ele para um pouco para pensar no que falar —, os filhos dos nossos maiores inimigos vivendo aqui?

Em um minuto, minha mãe se recupera e o costureiro levantou, pegando a prancheta em que anotava o resultado das medidas.

— Começaremos por alguns, aqueles que tiveram os pais mais cruéis e possivelmente a infância mais difícil — volto a falar, respirando fundo e passo a olhá-los nos olhos. — E eu já os escolhi.

— Escolheu?! — meu pai pergunta. — Assim, sem mais nem menos?

— Eu te dei uma segunda chance — minha mãe fala o segurando pelo braço.  — Quem são os pais? — ela me pergunta, tentando manter a positividade.

— Bom — respiro fundo antes de falar: — Cruella De Vil — vejo eles acenarem com calma —, Capitão Gancho — minha mãe faz uma careta —, a Rainha Má e — paro um pouco antes de falar, respirando fundo várias vezes até tomar coragem — a Malévola.

Todos ficaram boquiabertos quando terminei de falar. O costureiro real acabou soltando um grito; a minha mãe ficou pálida, parecendo que ia desmaiar; o meu pai, bom, eu pensei que ele ia literalmente virar uma fera, mas uma coisa igualmente estranha saiu dele, um literal rugido.

— Malévola? — ele esbraveja enquanto minha mãe se senta na minha cama e o costureiro vai embora. — Ela é a pior vilã desta terra! — grita.

— Pai, me escuta até o fim — peço com calma, mas não adianta cobrar calma de uma pessoa com o temperamento de uma fera.

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⏰ Last updated: Sep 07, 2023 ⏰

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