10. Minha Audácia Quase Custou A Minha Vida (Quase Me Fodi)

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As coisas são completamente diferentes agora desde que minhas fantasias não fazem mais sentido, pois a realidade venceu elas, mostrando-me a verdade.

À noite vem caindo como um véu, silencioso, na medida que começo à me arrumar. Procuro no closet por uma roupa ideal para se ir à um bar e o problema aparece assim que a indecisão surge para me controlar. De um lado, há uma camisa vermelho vinho, uma jaqueta preta - da mesma cor da calça jeans - e um par de tênis branco com duas faixas azul cobalto em cada. Do outro, uma camisa abotoada verde musgo xadrez, jeans clássico e sapatilhas cinzentas. Minha dúvida só acaba assim que a porta do meu quarto é aberta.

- Pronto? - pergunta León, olhando para mim ao entrar.

- Não. Eu ainda estou decidindo - aponto para a dupla de vestes estiradas sobre a cama.

Ele avalia as condições de cada um por alguns segundos, dividindo o olhar entre as roupas e eu, provavelmente absorvido pela própria imaginação.

- Aquele vermelho vai te deixar sexy - comenta ele com as mãos na cintura.

Meu Deus. Eu ainda não me acostumei com isso. Aparentemente é como se ele fosse meu namorado, ou amante, ou marido. Ele pode ser qualquer um, desde que ele não saia de perto de mim.

Observo o traje dele. Ah! Como eu não reparei nisso? É praticamente uma cópia - só que melhorada - da minha segunda opção de look. Ao invés de sapatilhas, ele está calçando botas Troy Fossil marrom, acrescentado um estilo cowboy.

- Vou botar o carro pra esquentar. Te espero lá em baixo - ele se vira e sai, fechando a porta.

Empolgado, visto a roupa, espirro-me um pouco de perfume adocicado e digo à mim mesmo que essa noite vai ser perfeita.

Pegar a estrada à noite com meu padrasto não é uma das coisas que costumamos muito fazer, até eu me dar por conta de que devemos sair dirigindo mais vezes sob o céu estrelado. A atmosfera é mais que encantadora. É mágica. O vento que entra pela janela da cabine, o brilho dourado do relógio de pulso dele, o desejo obscurecendo os olhos dele sobre mim. Nossa viagem poderia ser infinita, sem rumo, destinados à viverem esse segredo.

Chegando no tal bar, que fica em uma área pouco afastada do centro da cidade, ele acomoda a caminhonete em uma vaga no estacionamento não muito lotado. O nome do letreiro em neon vermelho de LED é Hurricane. Adorei. Descemos do veículo e atravessamos até a entrada, onde somos recebidos por uma dupla de homens calvos, robustos e barbudos jogando baralho e fumando tabaco. Eles vão dizer seus nomes e é obvio que depois de alguns minutos eu não vá confundi-los. Os caras são gêmeos e as tatuagens deles são à única forma de distinguir quem é quem.

- Fala, León - cumprimenta o gêmeo 1, baixando o leque de cartas na mesa. - Veio afogar as mágoas?

- Engraçadinho - responde León, rindo da piada. - Vim trazer o meu enteado pra beber umas comigo.

- Olha o homem levando um anjo inocente pro mau caminho - acusa o gêmeo 2, seguindo o tom da brincadeira. - Cuidado, meu jovem. Esse aí já aprontou muito com suas vítimas. Fique esperto.

- Vão assustar o garoto, seus fofoqueiros - León da um leve tapa na careca de cada um e aperta a mão deles, cumprimentando os - Homens, esse Anthony. Anthony, esses são Saulo - ele aponta para o gêmeo 1, que assenti a cabeça. - E Call - o gêmeo 2 sorri.

Aperto as mãos deles também.

- Garanto que sou eu quem vou sair carregando ele depois da bebedeira - digo, impressionando os.

- Não, não. Quando ele cair, avisa a gente. Vamos trazer o guincho, pendurar ele pela calça e leva-lo de volta pra casa de vocês - sugere Call.

Já amo esses dois.

Meu Padrasto Irresistível (Romance Gay) - Agora No KINDLEOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz