Cap. 14 - Amargura Adormecida

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Ela andou pela sala com as mãos na cintura, Julian se sentou, ouvia toda conversa que Henrique e ela tiveram. E todo confronto com Cecília.

— Ela me acusou de jogar charme pro Henrique, e até pra você, enfiei a mão na cara dela. - Andava dum lado á outro.

— Ela está perdendo o controle, isso é insegurança, coisa de quem já sabe que perdeu. 

—  Cada dia eu tenho mais certeza que é ela! - O fitou convicta - Só Henrique não vê ou não quer enxergar!

— Você não o considera culpado não é? Acredita nele. - disse em reprovação.

Sofia lembrou dos confrontos entre ela e Henrique. Quando a explosão de raiva e acusações aconteciam.

— A gente pode fingir amor. Pode fingir que ama alguém. Mas não consegue fingir ódio, dor. Fúria. - o olhou - O olhar dele quando nos reencontramos dizia isso. Quando foi me ver na cadeia ele sentia isso por mim. Ódio, dor e fúria.

— Por você ter assassinado a esposa dele? Por você ter voltado e estragado plano dele? - levantou Julian.

Ela não respondeu, desviou assunto

— Hoje fui até o bar - pegou celular na bolsa — Olha o que eu achei no mural de fotos.

Ela mostrou uma foto de um homem mais velho, ranzinza e com a cara da maldade

— Rubião - Disse Julan

— Acho que além da Cecília, quem mais me queria longe era ele.

— Se Patrícia não tinha inimigos, alguém a usou pra destruir você. - ele olhava foto

Julian sabia todos os detalhes do que Sofia passou com Rubião. Durante e após o relacionamento dela com Marcelo.

Sofia estava pensando insistentemente no que Henrique falou sobre ela perder tempo, não conseguir provas

— Eu não vou esperar mais vinte anos pra provar a minha inocência. Enquanto eu espero, fico atrás de indícios, eu não consigo nada! Tem nove anos que eu sai da cadeia e até agora a gente não conseguiu nada.

Julian opinou sobre quem estava por trás de tudo aquilo

— Quem fez o que fez escondeu muito bem, tem conhecimento de lei, alguma coisa!

Sofia estava cansada de tantos embates, conflitos, de ter que ficar provando a verdade todo o tempo pra todo mundo.

— O que eu sei é que não vou ficar esperando. Eu vou agir. Vou confrontar todos os eles, Cecília, Rubião e Marcelo. Da mesma forma que fiz com Henrique, e não o isento da culpa até que se prove o contrário, mas eu não vou ser injusta com a única pessoa do passado que olhou nos meus olhos e me ouviu.

Ela pegou uma bebida, pensativa, confiante.

— Eu não voltei pra ficar parada. Pra correr atrás do amor do passado. Eu sei que eu perdi um pouco o foco por causa do Marcelo. O amo, mas eu disse Adeus. Agora o que me importa é a minha reputaçãp.

Ela lhe deu a bebida e bebeu a dela

— Eu sei o ponto fraco de cada um agora. - Disse ela — A Cecília treme de medo da minha presença, é isnegura. O Henrique é impulsivo, não acredita muito no Marcelo... Já o Marcelo... ele se sente inferior ao Henrique, não parece feliz no casamento. Tá na hora de jogarmos uns contra os outros!

— Boa garota - Disse ele - o que vai fazer agora?

Ela serviu mais uma bebida a eles, disse com ar vingativa. Ela sabia que ninguém lhe confessaria absolutamente nenhuma culpa, mas ela usaria aquele confronto para expor o ponto fraco de cada um, para provar que eles tinham as razões necessárias.

Na ContЯamão - o Amor Te Fará Livre © RETIRADA 25/07Where stories live. Discover now