Capítulo 1

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Lavínia - 19 anos

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Lavínia - 19 anos


Me encontrava dentro do ônibus da viação 1001, aguardando ele sair da rodoviária de além paraiba, já fazia algumas horas que estava aqui é muito provavelmente ainda passaria um tempo ate chegar na famosa cidade maravilhosa.

Eu não imagino como seja minha vida daqui pra frente, em tão pouco tempo já perdi muitas coisas, a vida não tinha sido boa comigo até agora.

Minha história de vida não é uma coisa fácil de falar, não vim da famosa família dos comerciais de margarina, aonde se tem pai, mãe e geralmente irmão...

Pedia a Deus, mesmo sem esperança nenhuma que lá eu conseguisse melhorar, conseguisse trabalhar, e talvez tocar a minha vida pra frente, mesmo que eu tenha deixado mais da metade de mim pra trás.

Minha avó achava melhor tentar por la, porque por aqui eu só conseguia pensar nele, e em como poderia ser se ele estivesse aqui.

Talvez ela tenha razão, já faz quase dois anos des de todo ocorrido, é como se fosse ontem, não consigo me envolver com ninguém, não consigo me sentir bem em lugar nenhum.

Mais e tão engraçado, pra eu precisar começar uma nova vida em um novo lugar eu precisava deixar tudo que vivi pra trás, deixar oque eu chamava de família, que na verdade só tinha minha avó por mim, porque de resto, não podia esperar nada de ninguém.

Algumas horas depois desembarco na rodoviária, tinha deixado boa parte das minhas coisas pra trás, alguma coisa dentro de mim falava que eu não conseguiria viver aqui sem ele, mais aonde eu acharia ele?

Porque nessa vida ele não se encontrava mais...

Me aproximei do ponto de táxi com uma mochila nas costa e uma mala bem grande de rodinhas.

Lavínia: Oi boa tarde - o motorista do taxi resmunga um boa tarde e eu dou continuidade no que estava falando - você sabe aonde fica o cpx da penha? - ele me olha de rabo de olho antes de falar.

Xxx: sei sim moça, mais é ali no começo ou mais lá pra cima na barreira ? - ele pergunta já abrindo o porta mala do carro.

Lavínia: mais pra cima, minha prima pediu pra parar na barreira. - ele só confirma com a cabeça e fala pra entrarmos no carro.

Vejo ele dando partida passando por uma boa parte do rio, e tudo muito novo, muito barulhento, miracema e pequeno, no máximo que rolava era umas resenhas, privadinhas, eu estava na maioria delas, mais aparentemente nada de compara com a cidade grande.

No máximo que eu saia da cidade era pra ir em show em cidade vizinha, como Pádua, itaperuna, Muriae e afins.

Quando eu comecei a namorar eu saia menos, praticamente nos morávamos juntos, eu ficava na casa dela quando a família dele não estava, é ele na minha.

Afasto os pensamentos quando vejo o motorista parando de frente e uma barra de ferro enorme, sinalizando que carro não passa por ali, nas laterais tinham uns 5 meninos, todos com armas grandes atravessadas.

Agradeço o motorista e já desço, tirando minha mala do porta malas.

Xxx: koe? - um menino pretinho de cabelo platinado sai da lateral dessa barra de ferro e vem pro meu lado. - tu tá no local errado polly - estreito meus olhos na direção dele escutando ele falando com um sotaque bem forte.

Lavínia: minha prima pediu pra avisar quando chegasse aqui, nome dela é Nicolle. - ele olha pra uns meninos atrás dele e se vira me perguntando.

Xxx: a filha da dona neide, que faleceu na invasão ano passado? - confirmo com a cabeça e ele puxa o radio da cintura falando alguma coisa que não consigo entender nitidamente - ela já deixou avisado que tu ia brotar por aqui - só balanço a cabeça em confirmação enquanto sinto o sol 50x mais forte que da minha cidade - koe RD leva a polly lá na Nick.

Lavínia: eu tenho nome, é por sinal não é polly - respiro fundo já sem paciência  alguma, agora só falta me falar que pareço a polly, vejo ele solta uma risadinha e tira o negócio de ferro pra mim passar com a mala grande de rodinhas.

Subo na moto com o tal rd enquanto um outro diz que vai mandar levar minha mala, será que esse pessoal não tem 99 aqui não? Uber sla taxi ? Porra e só moto.

E assim que começamos subir a ladeira eu começo entender o motivo de carro praticamente não subir aqui, se tem rua que passa um carro só e muito, passamos por uma pracinha e vejo bastante criança correndo, escuto o tal rd buzinar pra um carrão todo preto passando raspando do nosso lado.

Santos meus cachos loiros voando cada vez que o menino acelera mais essa moto,eu tô sem capacete é  tô igual as suja da minha cidade virando mochilinha dos 244.

Depois de uns dez minutos entrando e saindo de vielas ele para de frente a uma casa branca, com portão menor que eu.

Desço da moto agradeço o menino e ele avisa que vão deixar minha mala jaja, me aproximo do portão e começo a gritar a sem juízo da minha prima.

Lavínia: Nicolleeeeee - grito ela é vejo um reflexo na porra de vidro dela se aproximando, ela abre e sai ofegante descendo uns 4 degraus de escada pra chegar até o portão - muda nada neh? - ela sorrir e abre o portão me puxando pra um abraço.

Eu e ela era muito amigas quando mais nova, mais minha tia veio embora e ela veio junto, sempre tivemos uma conexão muito boa, pique irmã mesmo sabe?

Des do acontecido na minha cidade, e ela que me coloca nós trilhos quando eu penso em fazer uma besteira e largar tudo e ir me encontrar com ele, e oque eu mais tenho pensado nos últimos meses..

Nick: tava com saudades irmazinha - eu sorrio ja com lagrimas nos olhos - sem chororo pode para  - ela me puxa pra dentro e vai me apresentando a casa, aonde eu passei um tempo.. 

O Melhor Está Por Vim [ DEGUSTAÇÃO ]Where stories live. Discover now