Prólogo

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— Não, Alice, você não vai a essa festa, esse é o veredito final. - Catarina falou furiosa enquanto entrava em casa.

— Mas, Catarina, - Alice foi interrompida.

— Não. - A morena caminhou em direção a cozinha pois tinha acabado de chegar do trabalho e estava com fome.

— Eu não tenho 16 anos inferno! Eu tenho 21 anos e eu sei muito bem o que eu faço ou deixo de fazer! Você não manda em mim, não é a minha mãe. - Alice falou enquanto seguia a irmã e a Sabrina que estava lá em silêncio foi atrás da amiga.

— É, mas você está vendo a minha mãe aqui em algum lugar? ou o meu pai? - A maior perguntou e a irmã engoliu seco.

— A Sabrina vai! - Alice pontuou.

— Isso era para me convencer a te deixar ir? Porque está apenas me convencendo do contrário. - Catarina abriu a geladeira e pegou um macarrão ao molho branco do dia anterior para esquentar.

— Ei, para de ser uma chata, sua irmã já é maior de idade e pode ir a uma festa se quiser, você não manda em todo mundo e nem pode controlar sua irmã. Por que você não vai fazer os seus remédios ou sei la o que você faz e deixa a sua irmã viver. Não é porque você não viveu que você pode privá-la disso! - Sabrina praticamente gritou porque não era a primeira vez que elas batiam de frente e porque estava se sentindo desrespeitada pela maior.

— Você não é ninguém para me dizer o que eu devo deixar ou não deixar a minha irmã que eu criei fazer. Você tem 24 anos, Alice tem 21. Mas tudo bem, vai, Alice. Ela está certa, você ja é maior de idade, pode fazer o que quiser, só não venha encher a minha paciência quando sua vida começar a desmoronar.

— Posso mesmo ir? - A ruiva perguntou esperançosa com os olhos verdes brilhando.

— Pode. Vai. Boa festa, segure o seu copo o tampando, não exagere na bebida e qualquer coisa me liga. Qualquer coisa mesmo. - Catarina falou enquanto mexia a comida na panela e a sua irmã a abraçou por trás.

— Eu te amo muito! - A mais nova falou eufórica.

— Eu também te amo. Essa não é a primeira festa que você vai, que drama é esse? - A maior falou enquanto ainda mexia a comida.

— É porque eu queria muito ir a essa festa, vai ter karaokê. - Alice falou na porta da cozinha e Sabrina ainda estava parada encostada no balcão.

— Eu aposto que não é só por isso. Mas tudo bem, vá em frente, só não volte cantando putaria igual a sua amiguinha. - Catarina virou para a irmã e deu uma piscada.

— Eu te odeio muito, só para avisar, não sei como pode ter uma irmã tão boa e a outra... - Sabrina fez uma pausa. — Assim.

— Não comecem vocês duas, parem de brigar, meu Deus! - Alice exclamou.

— Manda sua amiga parar de falar coisas se ela não tem capacidade de ouvir de volta já que ela sempre termina saindo pisando fundo e batendo a portinha.

— Manda a sua irmã me deixar em paz uma vez na vida dela! Argh. - Sabrina gritou e saiu da cozinha pisando fundo e deixou Catarina rindo enquanto cozinhava.

— Como pode caber tanta raiva em um corpo tão pequeno. - A maior falou e negou com a cabeça.

— Não me chama de pequena! - A loira gritou da sala. — Não é minha culpa você ser anormalmente alta!

Estava tudo correndo bem, Catarina estava sentada na sala comendo pipoca e assistindo Harry Potter e a câmara secreta porque decidiu maratonar os filmes quando a porta foi aberta abruptamente pela Sabrina com Alice bebada e nem conseguindo ficar em pé.

Catarina mudou o seu semblante para ódio e preocupação e correu para pegar a irmã no colo.

— Que porra aconteceu, Sabrina? - A maior perguntou furiosa com a irmã deitada no seu colo.

— Ela bebeu demais. Eu sinto muito, Cat.

— "Cat" é o cacete, você viu se colocaram algo na bebida dela? - Sabrina negou com a cabeça e catarina respirou fundo. — Some da minha casa, eu to falando sério, eu não quero nem ouvir falar de você. Porra vai embora. Uma vez, eu peço para ela não beber muito para o bem dela uma única vez, e você, como amiga, deixa ela ficar nesse estado?

— Por que você tem que ser tão dura e perversa? Meu Deus! - Sabrina saiu batendo a porta da sala, como sempre.

Catarina finalizou a noite cuidando da sua irmã bêbada e quase inconsciente e só conseguiu dormir às 5:37 da manhã, mesmo tendo que acordar às 8:00 da manhã.

Vicious - Sabrina Carpenterحيث تعيش القصص. اكتشف الآن