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|Clarissa|

Quando eu ouvi o Martini falar aquilo tudo e eu descobrir que aquele velho maconheiro não é meu pai, foi um alívio pra mim sabe, ele sempre agiu como tivesse sido obrigado a estar perto de mim, como se eu fosse uma sonbra que percebia ele, tudo de ruim que possa ter acontecido ele jogou tudo pra mim, e eu cresci assim, eu só sou quem eu sou hoje pela minha mãe e mais ninguém, ela que me  fazia se sentir amada quando meu próprio "pai" chamava a filha de piranha, isso mesmo,uma criança, cri-an-ça ele chamava de piranha, e queria que eu crescesse bem?
Graças a minha mãe estou aqui bem e forte, contruindo meu mundo, meu Império, sem precisar de ninguém me sustentar e nem nada, sempre fiz questão de nunca pedir um real se quer ao meu pai, e ouvir que ele me acusou e mandou o Martini me cobrar por B.O dele eu juro que meu ódio todo por ele que eu tinha guardado e escondido dentro de mim pelo fato dele ser meu pai, voltou com tudo de volta, e se brincar voltou três vezes pior, mas no momento nem lembrei desse homem que se dizia meu pai apenas quando era algo de seu interesse, caso contrário era sempre o mesmo " não conheço essa piranha não" e eu sempre passando vergonha nos lugares, só queria saber porque minha mãe se submeteu a tudo isso.

Perguntei mil vezes pra ela quem era o meu pai, mas ela só fala que é bandido perigoso e só, sei que martini vai me ajudar nisso tudo e a encontrá-lo, ele veio me dizer toda a verdade sem medo algum, me fez olhar para o homem que ele é.

...

Chegamos numa espécie de galpão abandonado, tava cheio de cara armados, e por algum motivo eu nunca tive medo disso sabe, sempre olhei impressionada mais nunca me aproximei de nenhum traficante e agora olha só, fico com um dono de morro e sou filha de um bandidão de uma das maiores facçoes do RJ, é foda me imaginar ali pegando uma armona dessas, mas sei tbm os riscos então me afasto.

Entramos em uma sala que fedia muito, tava lá o Roberto cheio de sangue e ele gritava pelo Martini e várias coisas, minha mãe chorava enquanto eu olhava cada soco que davam nele e eu não conseguia não gostar daquilo entende ,eu sentia uma parada que eu não sabia se era gostando de ver a minha "vingança" ou se era um prazer de ver aquilo tudo.

Martini: foi boa a estadia aqui, sogrinho?- meu coração até errou as batidas por ele ter chamado o meu "pai" de sobrinho, caralho será que ele me considera algo além dos fica? Puta que pariu. Acho melhor para com esses pensamentos de emocionada né?

Roberto: me mata logo seu desgraçado-ele suplicava pra morre logo eu só encarando sem piscar o olho nenhum minuto.

Martini:primeiro tu vai contar tudinho sobre não ser pai da Clarissa, quem sabe eu penso se te torturo mais ou se te mato rápido.

Roberto:não vou contar porra nenhuma.-ele grita

Martini: não te pedi, eu mandei, bora porra abre o bico-ele dá um soco no estômago do meu "pai" que se contrai de dor no chão.

Roberto:hum-resmunga-foi em um baile muito tempo atrás, eu conheci a Rosa e ela já estava grávida, ela me disse que precisava fugir do ND o dono da facção CV, o motivo eu não sei só sei que a ajudei e depois disso ou nós fugimos ou éramos mortos pelo CV, a Rosa tava grávida dele e fugiu comigo sem nem me conhecer, daí ela criou vc mermo eu não querendo uma piranha de filha, ela continuou com vc.- ele falou me olhando e só me dava nojo de tudo que ele falava.

-Em algum momento eu te pedi pra ser meu pai? Só me responde isso.- falei me aproximando dele com um olhar frio, como se eu tivesse mostrando um lado guardado meu sabe.

Roberto:vc não pediu, mais a vadia da sua mãe pediu, implorou pra eu ser seu pai, enquanto teu pai verdadeiro te procura eu tenho que me esconder em outra facção POR TUA CULPA- ele grita no final me dando uma raiva imensa, olho pra uma mesinha que tinha ali e vejo uma pistola, o Martini só me olha atento vendo cada passo meu sem falar nada e minha mãe parece assustada, pego a pistola e aponto pra ele que me olha e sorri irônico pra mim

Roberto:Se você tivesse coragem, já teria atirado " Clacla" - ele falou meu apelido em um super tom de deboche, me subiu um ódio sem igual.

Segurei firme a arma na minha mão, apontei pra aquele desgraçado e apertei o gatilho acertando em cheio na sua outra perna.

-olha, agora as duas pernas estão baleadas, anda pra mim ver papai- sorri debochada pra ele que me olha com ódio no olhar.

Roberto:eu sabia que vc ia se virar contra mim sua piranha filhinha e mulher de bandido.
Você vai terminar na cadeia igual eles sua vadia.

-Ah é, mas sabia que vc nem pra prisão vai? Que bom né, vc vai logo pro inferno seu desgraçado.

Pego a arma e dou uma batida forte na cabeça dele com a arma o fazendo desmaiar e escorrer sangue em sua cabeça logo em seguida.

Levanto indo até a mesinha novamente e coloco a arma lá em cima do mesmo jeito que estava.

-bom, acho que acabou a conversa né, vamo embora?- falei como se nada tivesse acontecido.

Rosa: filha oque foi isso? Você virou outra pessoa.

Martini: foi foda ver você toda bandidona morena.

-era apenas uma versão minha que ainda não conheciam, nem eu mesmo conhecia mas enfim, vamos embora por favor.

Falei saindo daquela sala e logo após sair de lá soltei o ar que nem sabia estar segurando, lá foi tão tenso mais eu estava em outra versão minha que tinha deboche de sobra e apenas fiz meu papel, véi eu dei um tiro em alguém? Cujo nome Roberto, oq eu acreditei ser meu pai esse tempo todo, minha vida está uma loucura, mas tenho pessoas na minha vida que irão me ajudar a entender tudo isso na minha vida.

Martini falou que gostou do que viu e eu super amei ouvir isso, não queria que minha mae tivesse visto, eu estava em um momento comigo mesma, de uma versão que eu não conhecia, mais amei conhecer, uma mulher fodona tá ligada? Que não tá nem aí no que tá fazendo, eu nunca atirei em alguém é fiz isso hoje, e não me arrependo, talvez isso seja preocupante, ou está apenas no meu sangue o que eu realmente sou.
Meu foco agora é meu pai biológico, o famoso ND o comando vermelho,  e eu vou achar ele com ajuda do Martini.

...

Martini nos deixou em casa e disse que amanhã iria vim me ver, queria mesmo um tempo só nosso, ao mesmo tempo que eu gostei de hoje eu tô confusa pra caralho, uma mistura de sentimentos que eu tô sentindo, deitei minha cabeça no travesseiro e fui dormir pois amanhã é um grande dia!!

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